Logo depois que Dylan forçou o tio dele a ir, solto um grande suspiro. Havia visto ele, percebi que sua atenção estava em mim o que me atrapalhou chorar. Fiquei triste, pois Sara estava de panelinha e me excluindo com Fabíola. Não podia falar nada que achava que era drama, nas eu percebia que aos poucos minha amizade com ela ia perdendo importância. Isso me magoava muito, me dedico, e nunca obtenha o resultado que desejo.
Dylan, só pensa em garotas. Absolutamente tudo que ele se dedica são a meninas que não acrescentam nada na vida dele. Sinto medo de me abrir com ele e parecer que estou com ciúmes, e ele se afastar. Anjo mundo de escola. Tiquin mudou de sala, não estamos no mesmo nível de proximidade. Milo é mais próximo de Sara e Dylan.
Sinto que, mesmo com tantas pessoas dizendo que são meus amigos, estou sozinha. Não vou ficar me remoendo, não é como se fosse a primeira vez ou última. As pessoas sempre agem por conveniência, independente da era.
- Laila! - Sara me grita e logo ao seu lado vem Fabíola.
Elas são as típicas adolescentes padrões, mesmo que Fabíola seja gordinha como eu, as duas possuem atitudes de patricinhas. Gostam de coisas delicadas, eu acabo ficando de lado. Por que ninguém me pergunta se eu estou bem, para eles eu sempre sou assim. Uma garota ríspida e fútil, bruta. Sendo que eu apenas cansei de tentar me expressar e continuar no mesmo lugar. Sempre espero e sou abandonada.
Quando isso vai acabar? A sua menina está tão cansada, Deus. Tudo que ela gostaria era que tivesse alguém para abraça-la e ama-la como ela realmente é.
Sem porém, apenas me tomar nos braços e dizer que está ao meu lado. Ignorar o fato de eu ser quebrada dos pés a cabeça, psicológico ferrado, rotina miserável. Um lugar para descansar, chorar sem segurar, uma mão para me puxar da beira do abismo.
Eu não estou suportando mais. Eu não queria descontar neles, mas, eu não sei o que fazer. Ninguém pode me ajudar ou pensa em fazer. Só querem-me quando precisam de algo. Eu também tenho sentimentos, eu também amo, eu também tenho desejos infantis. O problema é que eu não posso me permitir ser quem eu sou. Meu eu verdadeiro é fraco demais para esse mundo cruel, e se eu não cuidar para que a minha menininha interior deixe se sofrer, que o fará?
A voz de Sara está distante. Tudo que eu queria agora era uma abraço. A verdade é que eu não sou ignorante, eu sou mimada, é diferente. Não sei como expressar.
Minhas mãos treme, minha respiração se limita, meu corpo desfalece. Escuto as vozes desesperadas, estou tendo uma crise de ansiedade...
Enfermaria
- Ela está melhor. - ouço a enfermeira falar e as meninas aliviarem. - Já pensou em voltar os remédios? - eu nego.
Não desejo voltar ao mundo de ficar dopada o tempo todo, perdi 2 anos de memórias por causa de remédios anti-depressivos. Está quase na hora de ir embora, eu tenho treino e o almoço com o tio de Dylan.
Levanto da maca. E logo sou interrompida.
- Repouso gatinha. - a enfermeira diz.
- Mas... Eu tenho compromissos.
- Eles vêem até você. Já avisei seu amigo.
O que será que ela quis dizer que vêem até mim?
Vejo o garoto que brigou com Dylan entrar com o nariz sangrando e logo atrás Dylan com as mãos feridas. Meu chão desaba ali, e me levanto bruscamente indo aos loiro e avaliando seu estado.
- Está parecendo minha mãe. - ele diz sorrindo e meu olhos lacrimejam.
- Cara, olha o que tu tá fazendo da tua vida por mina piranha, mano! - digo passando a mão na minha cabeça tentando não chorar. Esse garoto ainda vai me matar de preocupação. - Porra, Dylan! - ele abaixa a cabeça arrependido.
- Tem namorada e fica mexendo com a dos outros? Eu sei que ela é feia-
Dylan o interrompe com um soco. Sobe em cima do garoto e a enfermeira entra em desespero e vai chamar os professores, eu só sabia gritar Dylan mandando-o sair de cima do moleque.
Sinto meu corpo abraçado, é meu olhos são tampados. E escuto uma voz rouca e máscula gritar Dylan. Enquanto uma doce voz feminina, ecoa em meu ouvindo me pedindo calma.
- Ficou louco? - reconheço a voz. É o tio de Dylan, parece estar muito bravo.
A voz que primeiro soou em meu ouvindo está manhã, ela calma e calorosa, o tom frívolo e furioso fez com que meus ossos gelarem.
- Ele veio falar merda da Laila, feia é a prostituta que ele come. Não fala da minha menina! - escuto um grunhido parece que ele golpeou o menino novamente. - Está vendo aquela ali!? Ela vale bem mais que a puta da tua marmita, ter um rosto bonito não vale de nada se não tem caráter. Fora que a garota mais bonita dessa escola aos meus olhos, a única que não tenho dignidade o suficiente para poder comer.
- Dylan, entendo sua intenção. Mesmo assim, menos. - escuto a mulher. A voz carregada de asco, pelas palavras de meu amigo.
- Só assim para ele entender, tia. - diz convencido de sua linguagem nada legal.
Solto-me e olho para mulher, que me dá um sorriso tão belo e carinhoso.
- Está bem, princesa? - assenti com vergonha. Ela é linda. - Coisa gostosa! - ela me aperta em um abraço.
Como eu estava precisando disso... Ué? Vou perder a consciência de novo?
Não posso, tenho que saber mais sobre a moça bonita. Desfrutar de seu abraço, ver como estar o garoto e Dylan. Convencer o senhor Alexandre chamar o pai de Dylan.
São tantas coisas... Não posso me dar o luxo de colapsar novamente.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
brenda🍒
tadinha da menina, vai ser muito esmagada pela frente
2023-05-14
1
brenda🍒
feio é tu vagabundo
2023-05-14
0