Logo Luciana tirou de entrou da caixa, bisturi, luvas, antisséptico, gaze, pinça, e outros materiais necessários.
Impossível dizer que ela não estava com medo de errar e prejudicar o policial em vez de ajudar, mas tentou se lembrar de todo o conhecimento dos livros do seu tio e como aplicar na prática.
Calçou as lutas, mesmo sendo enormes tinha que usá-las para prevenir qualquer infeção, pegou o bisturi e cortou.
O dia já escurecia, ela pegou uma lanterna que estava na caixa colocou nas mãos da policial e ordenou, "ilumine aqui para mim."
Logo a primeira bala foi retirada e jogada ao lado, com o ferimento limpo ela preencheu-o com gaze umedecida, para estancar sangramento.
O segundo local e o terceiro forem tratados da mesma forma, ela pegou uma bolsa de soro e aplicou, enquanto aguardava a ambulância.
Verificando a sua pulsação dele, ela deu um suspiro de alívio.
Olhando para as duas pessoas a sua frente que estavam chocados, ela disse lentamente.
"Não o movam até a chegada dos médicos, o tiroteio ainda não acabou e há muitos feridos, fiquem aqui e proteja esses dois ok. Vou dar uma olhada por aí."
Os dois policiais só conseguiram assentir com a cabeça, enquanto a pequena figura saia, carregando a caixa de primeiros socorros.
A menina olhou ao redor, muitos criminosos além daqueles suspeitos estavam escondidos na multidão, houve baixas dos dois lados, mas o lado que mais sofreu, foram os dos cidadãos comuns, muitos foram pegos no fogo cruzado, desde o início da confusão até agora horas já se passaram e já era noite.
Embora faminta, com dor e sede, ela sabia que a situação ainda iria se arrastar até que as ambulâncias chegassem.
Ela caminhou em direção ao carro principal designado para o Delegado.
"O senhor tem água?"
O Delegado estava ao telefone com os superiores relatando sobre a situação, quando ouviu uma voz rouca.
Sem expressão, ele abriu a porta malas do carro e pegou uma garrafa de água mineral e deu a criança.
Ela agradeceu pela gentileza, abriu a garrafa e deu alguns goles, depois virou para ele e pediu outra garrafa.
Ele encarou a garotinha e fez sinal para que ela mesma pegasse, também havia alguns lanches. Luciana não fez cerimónia e pegou um sanduíche, ela comeu muito rapidamente.
Após isso vendo que ele ainda estava ocupado, ela pegou a caixa, passando pelas outras viaturas ela pediu a outro policial que a ajudasse a recolher todas as caixas de primeiros socorros disponibeis, e as colocasse no Centro próximo ao carro do Chefe.
"Você e também você, venham comigo." Ela chamou algumas pessoas.
Saindo sem nem olhar para trás, ela caminhou em direção aos feridos, e começou a tratar as pessoas.
(O que vocês dois estão a fazendo parados aí, venham me ajudar, vamos, vamos."
A criança estava exasperada com essas pessoas, onde já se viu, homens e mulheres grandes.
"Eles precisam ficar tão chocados com esse pequeno problema? Será que eles estão tão assustados com o tiroteio, e com o sangue das pessoas que ficaram bobos?"
Luciana olhava para eles estranhamente nesse momento.
"A nossa que coraçãozinho fraco os adultos têm."
"Bom deixa pra lá, ah, eu nessa vida só posso contar comigo mesma."
Ela olhou para os lados, e viu o Tio Delegado parado sem fazer nada.
"Tio, tio, eu, aqui, olha aqui," ela estava gritando e acenando com os seus braços finos e curtos, chamando a sua atenção.
Quando ele chegou nem teve a oportunidade de falar, quando a pequena criatura já dava ordens como se fosse a Chefe absoluta da situação.
"Vocês três sigam-me de perto, tragam essas caixas, nós vamos salvar vidas."
"Eu sei que devem estar muito chocados com toda essa situação confusa, mas não precisam ter medo de nada, afinal somos uma equipe agora. Enquanto os médicos não chegam, tentaremos o nosso melhor para manter os nossos companheiros vivos, isso é o que devemos fazer ok."
"Vamos lá!"
Os três companheiros atrás sentiram a sua boca se contorcer, sem palavras, eles seguiram-na.
Todos sabiam que por falta de recursos, era muito difícil mover muitas ambulâncias e médicos para o local.
Ainda ia demorar cerca de dez minutos até o helicóptero chegar com os médicos, e cerca de quinze minutos para a chegada das ambulâncias e as equipes de resgate.
Luciana era muito rápida, e logo verificou e classificou os feridos conforme a gravidade do ferimento de cada um.
Graças aos céus a maioria tinha ferimentos leves, como tiros se raspão e escoriações causadas pelas quedas durante a fuga.
Três policiais em estado grave, um cidadão esfaqueado no abdômen, causando danos aos órgãos internos.
O caso dele e o do seu salvador era os mais graves, o cidadão estava com sangramento interno e com dificuldade para respirar.
"Um de vocês me abra a caixa e traga aqui, tire as roupas dele, o senhor aí vá buscar um canudo para mim, veja se tem água quente e o esterilize e traga álcool."
"Pressa gente."
Ela ordenou sem parar os seus movimentos.
Enquanto isso, ela verificou a condição das outras três pessoas, não era otimista.
Ela estava cansada, com medo, na verdade, ela estava apavorada. Afinal essas pessoas eram amigas do seu salvador, ela tinha que pelo menos tentar manter as suas vidas até a chegada dos especialistas.
Ela acalmou-se e com determinação deu um passo a frente. Ela tinha que ser rápida, por isso primeiro fez o seu melhor para estancar o sangramento, dos três, e foi operar o cidadão. Tudo isso foi feito em menos de dois minutos.
Sem luvas ela pegou o álcool e limpou-se, fez um pequeno corte na garganta, colocou o canudo e fixou com gaze e fila cirúrgica. Após se certificar que ele estava respirando, ela chamou o homem que lhe trouxe o canudo e álcool, e pediu que ficasse com as mãos sob o ferimento do cidadão.
Com camada de gaze, cada vez que ficasse úmido, ele colocaria mais por cima daquele. Sem retirar a debaixo. Ela ensinou como fazer e saiu andando na direção do seu salvador. Quando chegou foi verificar sua situação, ela suspirou e relaxou, ele estava bem.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Maria Nely Ferreira
tadinha com tanto sofrimento ainda tem amor dentro dela
2024-04-29
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Izaura Pessi
Pra falar a verdade não estou entendendo nada, como uma menina de 7 anos faz isso tudo , muito exagerado AF
2024-04-05
0
Roselane Maria Lima Souza
um pouco de exagero mesmo sendo uma estória cara a garota tem 7anos com corpo de 5 e fazer todo esse procedimento estou chocada como enfermeira surreal kkkkkk
2023-08-24
1