"Pague um bolinho para mim!"
Todos olharam na sua direção.
Ela estava na frente do Delegado, com a cabeça erguida olhando para ele, com a sua mão direita aberta a sua frente.
Foi uma visão engraçada, mas triste.
O homem acenou com a mão para seu subordinado e mandou que fosse com a criança até a barraca de bolinhos.
Luciana como uma criança obediente seguiu o jovem policial em direção a barraca, ela puxou as suas mangas e o chamou para ir até à barraca de suco primeiro, pois estava com sede.
Eles viraram e distanciaram-se um pouco da multidão, que ainda discutia alto.
A criança pediu um suco de Caju bem doce, pois sabia que sangrava muito e podia desmaiar a qualquer momento, e assim as coisas dariam errado.
O policial ficou ao lado, observando a criança sentar numa mesinha mais escondida, da barraca e de todos.
Ele sentoi-se em frente à ela.
"Tio preste atenção no que vou dizer, aquela mulher não deve ser a mãe do garotinho, eu vi medo nas ações da criança, assim como a tia da barraca de bolinhos que viu tudo e não se mover para falar."
"Pelo contrário, ela estava-me analisando como uma mercadoria, e aqueles dois jovens também são suspeitos pois, dava para ver que parecia uma peça encenada somente para me levar."
Já aquele tio policial, tadinho dele, tão cego que se deixou levar pelas más intenções dos outros. Acredito que ele é inocente, mas o seu parceiro que permaneceu invisível todo esse tempo, deve estar em conluio com os outros. Ele deve ter pego a inocência e o temperamento do tio policial, para usar como escudo para evitar suspeitas."
O policial sentiu a sua cabeça zumbir, enquanto olhava para a criança a sua frente que analisava a situação como um especialista, sem acreditar.
"Tio acredite em mim, eu nunca minto."
Ele acreditou, sim ele acreditava nela.
"Vamos voltar," ele disse.
Com sua muleta improvisada, ela andou atrás do policial com passos lentos, como se não tivesse mais forças.
Chegando ao local onde todos ainda discutiam, ela caminhou até a mulher e chamou o garotinho.
"Oi bebê, eu trouxe um suco para você, como agradecimento por me dar um bolinho."
Ela bateu nos pézinho criança e o chamou, a mulher teve vontade de xingar, mas não ousou, pois, estava com medo de demonstrar as suas verdadeiras intenções.
O garotinho virou-se e torceu o seu corpinho para que a mãe o colocasse no chão. Estendendo as suas pequenas mãos, ele segurou o copo.
Olhando para o menino, Luciana segurou o seu braço de repente, e o puxou em direção com força, e bateu com a sua muleta na mão da mulher.
"Ahhh" A mulher gritou!
Se tem uma coisa que Luciana sempre teve certeza, que não perdia para muita gente era sua força.
Desde tenra idade ela demonstrou ter uma força hercúlea. A paulada foi forte e assustou a todos.
O jovem policial havia saído com ela estava ao seu lado, e rapidamente protegeu as duas crianças com o próprio corpo.
Um barulho alto foi ouvido, e quando olharam de volta, o jovem estava de joelhos, sangue escorrendo dos seus lábios, seus olhos injetados.
Três tiros o acertaram precisamente, o seu colete não foi o suficiente para evitar tais balas, ele sangrava muito.
Mesmo sabendo que poderia morrer ali, o policial ainda as protegia.
O local estava um caos, o pânico espalhou-se, o Delegado já havia retaliado, com a sua equipe subjugou o atirador e a (mãe) da criança.
Luciana saiu do abraço forte do Jovem policial, e o deitou no chão com cuidado.
Agarrou a mão do tio policial temperamental do início, e disse-lhe para correr até a viatura e pegar um ‘kit’ de primeiros socorros, também passou-lhe informações sobre os outros suspeitos.
"Rápido, vai, corre, não temos muito tempo ou ele vai morrer."
Ele saiu a correr sem sequer se dar conta que obedecia às ordens de uma criança, que parecia ter cerca de cinco anos.
O garotinho devia ter passado por muita coisa, pois os seus olhos estavam tão calmos, e a sua atitude atual era anormal para uma criança.
Luciana não se lembrava que também era uma criança, não muito mais velha que ele.
Enquanto todos corriam, ela virou-se para o menino e perguntou.
"Está com medo?"
"Não se preocupe eu vou tirar você daqui, e levá-lo para sua verdadeira família ok?"
O tio policial bobo e temperamental voltou rápido, trazendo uma caixa grande nas mãos.
"Tio policial ajude-me a cuidar do menino, não saia de perto e não deixe ninguém me atrapalhar. Pegue o seu telefone e ligue para uma ambulância rapidamente, lembre-se de dizer que a vítima vai precisar de uma transfusão, assim que for socorrido."
Enquanto dava instruções ela não ficou parada, suportando a sua própria dor e fraqueza no corpo, já havia retirado o colete do seu salvador
Cortando as roupas dele com uma tesoura, incluindo as suas calças.
Ela olhou para cima e viu uma policial feminina não muito longe e gritou, para que ela se aproximasse.
"Ajude-me, sente-se aqui, e coloque a cabeça dele no seu colo, tomando o cuidado para que não o sufoque." A policial ficou em transe.
"Rápido!"
"Pressa garota, ou ele vai morrer."
Depois disso, ela rapidamente começou a trabalhar.
Dois tiros nas costas e um, na perna. Parece não ter atingido nenhum veia fatal, mas pode ter perfurado algum órgão. Um dos tiros acertou próximo ao ombro direito e o outro do lado esquerdo deve ter atingido os seus pulmões, se ele não estivesse lá seria nas nossas cabeças, com certeza o atirador é bom e experiente. O da perna atingiu a coxa direita e não seria fatal.
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Atualizado até capítulo 83
Comments
Patricia Antonia Barbosa de Jesus
Capítulo confuso, tráfico humano?
2023-08-13
2
Erlete Rodrigues
amando ❤️❤️😍❤️
2023-06-21
0
Marcia Ramalho Mecias
que menina esperta
2023-06-18
1