Isabella - 28 anos 🍷
Inglaterra
Paro em frente ao prédio do meu namorado/ noivo, com o celular no ouvido.
— Eu pedi que as gravações estivesse editadas no final do dia — Coloco a mão na cintura quando escuto a desculpa do responsável pelas edições da minha empresa.
Com 28 anos eu já tenho minha própria empresa de eventos, trabalho com aquilo que sempre me ajudou a ganhar meu próprio dinheiro — mesmo que tenha sido o motivo por arruinar uma parte da minha vida — O amor que eu tenho pelas câmeras foi além do que eu esperava para minha vida, e não mudaria nada do processo que eu tive que enfrentar para estar onde eu estou.
Se fosse para mudar alguma coisa, seria na area pessoal. Mudaria meu destino de quando eu tinha 18 anos, mudaria a minha decisão de entrar naquele carro, mudaria a forma que tratei meus pais quando era mais nova.
Mas eu acredito que tudo nessa vida é uma forma de aprendizagem e que tudo que você planta, você colhe. E como colhe.
— As gravações será entregue ainda hoje — Termino de dizer que as quero no meu email e desligo.
Sábado passado tive que viajar para Maldivas junto com um casal super apaixonados, eles contrataram o serviço de minha empresa para fazer um clip sobre o relacionamento deles. Gravei o pedido de casamento surpresa, que cheguei até chorar enquanto eu e minha equipe filmava. E quando eu pensava que não tinha mais nada para ser registrado, a noiva diz que estava grávida logo depois do pedido de casamento, foi uma emoção sem fim.
Gosto de acompanhar algumas vezes a minha equipe de filmagens, e sempre que Isso acontece, eu presencio uma história de amor especial para ser contada ou registrada.
Começo a andar pelo prédio luxuoso do meu namorado, recebendo alguns olhares de quem mora por ali. Só respiro com calma quando entro dentro do elevador, as vezes eu não ligo muito para os olhares, não sei o motivo por eu ainda ligar e ficar nervosa.
Saio do elevador no andar do Caio. Pego as chaves de dentro da minha bolsa e destranco a porta.
Conheci o caio por conta do meu trabalho. Seus pais contrataram minha empresa para gravar um vídeo sobre a história da família e como eles conseguiram entrar no top 20 da família mais rica do estado. Era tipo uma biografia ou documentário - como quiser chamar. Caio pediu meu número assim que terminamos com as gravações e eu já esperava essa atitude, por ele não parar de me olhar. Então nos conhecemos, ficamos e começamos a namorar. Recusei todos seus convites para morarmos juntos, não achei o correto por ainda está cedo com o namorado.
Por ele ser mais novo do que eu, provocou uma certa insegurança enorme por ter a idade que eu tenho e pelos problemas que possuo. Suas colegas da faculdade são de sua idade e mil vezes mais bonitas.
O apartamento do meu namorado é muito espaçoso, lembro dele dizer que exirgiu do pai dele o melhor prédio para ele morar. Quando ouvi ele dizer isso, achei que fosse brincadeira, mas com o tempo eu percebi o quanto materialista ele é.
Sento no chão perto da porta para tirar meu sapato, depois de tirar eles, eu me levanto. Deixo minha bolsa no sofá e vou para o seu quarto, só querendo deitar em seu peito e desafabar o dia exaustivo que tive hoje.
Caio disse que não iria para faculdade hoje porque estava se sentindo péssimo, então resolvi vim mais cedo para cuidar dele. Sei que ele é cheio de manhas quando está doente.
Abro a porta devagar para não acordar ele, mas assim que eu entro, eu vejo caio e sua empregada em uma posição 69. Olho chocada para a cena que ainda não estou acreditando está vendo.
— Como sua buceta é gostosa, Amor — Amor? Eu não acredito que esse filha da mãe está fazendo isso comigo.
Saio do quarto antes de que eles me notem — acho bem dificil de acontecer já que, ele está chupando a buceta da empregada.
Penso na minha lista de colheta assim que entro no elevador:
Ser traída — 🆗
Tudo que tinha para pagar nesse mundo, já paguei.
— Mas essa doeu — Sussurro, ainda pensando que eles podem me ouvir.
Todos os meus vacilos só acontece por eu nunca ouvir a opinião dos outros. Minha melhor amiga disse que namorar um cara mais novo não daria certo, que eu ia me lascar — dito e feito.
Caio só tem 22 anos e conseguiu me enganar muito bem, pensava mesmo que ele me amava.
Saio do elevador procurando pelo meu celular, mas não o acho com uma mão. Então deixo o meu sapato no chão e seguro minha bolsa pegando meu celular com a outra. Ligo para minha melhor amiga e saio do prédio.
— Ele tá tão insuportável, que você teve que sair do apartamento dele mais cedo? — Assim que atende, sou recebida com seu sarcasmo.
— Oi, para você também — Entro dentro do meu carro e coloco o celular no viva voz — Ele estava ocupado.
— Ele não tava doente? — Quando eu ia responder ela volta a falar — Vai me dizer que ele tava ocupado com as milhões de pílulas fora de ordem que só ele entende.
Ela nunca vai esquecer do dia que ele me fez organizar junto com ele os seus remédios, que era arrumados por ordem alfabética.
— Não, ele tava chupando a empregada, enquanto era chupado — Minha amiga se engasga.
— Bateu neles? Pegou a faca da cozinha e ameaçou aquele leite azedo — Diz furiosa — Aquele cara nem saiu da fralda. O que você fez?
— Sai antes que fosse notada.
— Você ainda não surtou?
— Ainda Não, acho que nem vou — Respiro fundo — Você sabe que eu mereci, eu ja fiz isso quando tinha idade dele.
— Não não não, você de novo com essa paranoia, não — Escuto barulho de panela — Você tinha 17 anos na época, nessa idade nós só fazia merda. E se duvidar, o cara nem mais lembra de você.
— Eu tinha 18 anos — Ela bufa
— Isso faz dez anos!
— Eu estou em paz ta legal? Eu fiz isso uma vez e aprendi, o Caio esta fazendo a mesma coisa que um dia eu fiz com a pessoa que me amava, não posso ser hipócrita.
— As vezes eu não te entendo, Isabela — nem eu — vem aqui em casa conversar, estou fazendo chocolate quente.
Era para lá que eu estava indo.
/_
Na casa aconchegante da minha melhor amiga, Brenda, que conheci através do irmão dela, Brad. Sou recebida por um cachorro pequeno e uma criança alegre querendo vir para os meus braços, tento pegar ele, mas acabo caindo no chão.
— Brad, ja disse que não pode pular em cima de sua Dinda— Sorrio para o meu afilhado, que faz um beicinho.
— Não tem problema, você está só mostrando o quanto me ama — Brad que só tem 6 anos me abraça mais forte.
Seu cabelo ruivo é de seu pai, mas se eu tiver com ele na rua, muitas pessoas pensam que é meu filho. Brenda fica furiosa quando não passa pela cabeça de ninguém que ela é a mãe.
Brad Infelizmente, não tem nada que se apareça com minha amiga.
— Dinda, meu pai vai me levar para o bar hoje. Ele disse que sou homem agora — Brad estufa o peito para provar que é macho.
Issac aparece na sala e logo me cumprimenta. Ele parece um urso de tão grande e forte, lembro que Brenda se apaixonou por ele por causa dos músculos.
— É bom ver você, Isabela. Sua amiga aqui não para de dizer o quanto você ficou ingrata, por não vim vê-lá — Brenda cruza os braços.
— Você é uma ingrata mesmo — Olho para essa família linda, não sabendo como viveria sem eles por perto. Qualquer problema que eu tiver, eu sei que posso contar com eles.
Quando eu decide mudar de vida, eu disse para eles que mudaria para Inglaterra. Eles logo arrumaram as malas e vieram junto comigo, nunca chorei tanto por ter uma amizade que eu sei que não me abandonaria.
— A empresa tá crescendo internacionalmente, não consigo vir aqui por conta dos atrasos que estão ocorrendo com os editores.
— Brenda sabe muito bem disso, você sabe que minha monstrinha te ama muito — Ele segura sua cintura e beija o topo de sua cabeça — Mas agora eu tenho que ir.
— Eu também — Brad pega sua mochila e as põe nas costas.
— Não quero ele no meio dos bêbados e nem das assanhadas que tem pelo bar — Isaac concorda e beija sua boca.
Issac tem seu próprio bar, em um local muito frequentado, a família toda trabalha no estabelecimento.
Eles vão embora assim que se despede de nós.
— Pensava que Brad só ia ao bar quando você tinha horário por lá — Sento no sofá, ela traz duas xícaras com chocolate quente para nós duas.
— Brad está vigiando o pai, sei como o bar é nesse horário — Bebe um pouco — Confio muito no meu marido, só não confio nessas piranhas que dão em cima dele.
— É tão bom quando eles crescem — Sorrio cúmplice.
— Chorou até chegar aqui? — Brenda muda de assunto.
— Não me permite chorar, não quero me fazer de vítima. Aconteceu por obra das minhas escolhas, e com ela veio as consequências — Brenda revira os olhos.
— Você se ouviu? — Deixa sua xícara na mesinha de centro.
— Eu te disse que um dia iria acontecer a mesma coisa que eu fiz com o Carlos.
— Carlos, Carlos. Esquece esse cara, ele deve está casado e com uma carreira brilhante, enquanto voce tá aí se preocupando com suas escolhas do passado! — Ela olha para o teto — Será que é tão difícil de esquecer uma coisa que aconteceu 10 anos atrás?
—Ele me odeia. A pessoa que mais me amou, me odeia. E pela primeira vez eu deixei meu coração gostar de alguém, mas o destino quis que eu pagasse.
— Para você se sentir em paz, você tem que se perdoar primeiro. Algum dia você irá encontrar com ele, e pedir perdão — Brenda não sabe que o meu pecado é difícil de ser perdoado.
— Você perdoaria o Issac se ele te traísse? — Ela fica muda e pensante.
— Amiga... Seu caso é diferente — ela chega mais perto.
— Não tem como passar pano pra mim, Brenda.
— porque você não se livra desse peso? — A encaro — Manda mensagem para ele, pede desculpa. Pergunta se pode se encontrar com ele, para vocês se acertarem e seguir com a vida sem mágoas e rancor.
— Eu não. Posso acabar causando uma briga com sua esposa, não quero estragar relacionamento de ninguém.
A verdade que eu não sei nada da vida do Carlos, há não ser que ele foi para Alemanha fazer faculdade de Medicina. Minha Família não fala dele quando vou visitar eles, então eu não faço a mínima idéia de como anda sua vida. Não sigo ele no insta, e mesmo que eu quisesse, estou bloqueada e a conta dele é privada. Sei disso porque Brenda ja tentou acessar.
Eu nunca terei o perdão de Carlos, e nem conseguirei me perdoar.
— Você tem que seguir em frente — Brenda murmura.
Meu celular toca e eu logo desligo a chamada.
— É o Caio — Desligo o celular para não ser interrompida por esse... Essse filho de uma mãe.
— Eu atenderia, só para xingar ele de todos os nomes horríveis que existe no mundo — coloco o celular dentro da bolsa — Você tem que dizer que acabou, não pode ignorar ele.
— Farei isso.
♡♡
Brenda, Melhor amiga
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Anonymous
Pq tá escrito Inglaterra, eles não moravam em Nova York? Carlos sei que foi pra Alemanha
2025-08-12
0
Joelma Portela
a lei do retorno, veio com tudo ne Isabela ????
2025-07-06
1
Fatima Gonçalves
também acho
2024-05-27
0