Sexta-feira...
Acordo com uma leve dor nos pés e na coxa.
Coxa? Ah, claro, o idiota do ogro apertou ali ontem.
Graças a Deus o despertador me acordou hoje.
Levanto da cama e sigo em direção ao banheiro. Depois de fazer minha higiene matinal, saio com a toalha enrolada no corpo e outra no cabelo. Vou até o guarda-roupa, pego um macacão marrom e um sapato marrom para combinar. Coloco uma lingerie branca e, logo em seguida, o macacão e o sapato. Ligo o secador e seco o cabelo. Quando termino, vou até a penteadeira para uma maquiagem rápida.
Já pronta, recolho as roupas espalhadas pelo quarto e coloco no cesto de roupa suja. Deixo o cabelo solto, como está, e pego minha bolsa preta, colocando celular, dinheiro e chaves. Também coloco a papelada sobre o príncipe que nem deu tempo de ler. Mas vou resolver isso mais tarde, quando chegar no trabalho.
Vou para a cozinha e encontro Luana tomando café. Sento ao seu lado.
— Bom dia. — Falo.
Ela não responde. Parece que ainda está brava comigo...
Como ela continua em silêncio, decido tentar de novo. Paro o que estou fazendo e olho para ela.
— Olha, Lu, eu sei que não liguei para te avisar e que quase vim andando a metade do caminho. Então, estou aqui te pedindo desculpas, tá?
— Quase na metade do caminho andando, como assim, Anna? — Finalmente ela fala.
Sério que ela pegou essa parte?
— Bom, um amigo me viu andando sozinha e me deu carona. — Respondo rapidamente, sem entrar em mais detalhes.
Eu sei como a Luana é. Se contar a história toda, ela vai me chamar de louca por aceitar carona de um estranho. Não quero brigar mais com ela, então deixo para contar depois.
— Amigo? — Pergunta ela, com um olhar sugestivo.
— Sim, amigo! — Respondo firme.
— Tudo bem, desculpa aceita. Mas nunca mais faça isso. — Ela diz, já se levantando da mesa.
— Não vou fazer mais isso. — Falo, me aproximando para abraçá-la, mesmo que ela não pareça muito disposta.
Ela confirma o abraço, mesmo sem querer.
Saio do abraço e volto para terminar o café. Agora, com a cabeça mais tranquila, aproveito o tempo com Luana antes de irmos. Ela vai me levar ao trabalho, já que o escritório dela é perto do meu. Luana trabalha como advogada.
Enquanto tomamos o café, conto a ela sobre o susto que quase levei ao ser atropelada. Ela quase mata o motorista em pensamento, mas até dá risada, imaginando o ogro. Parece que nem o príncipe vai ser capaz de lidar com o trânsito sem causar problemas.
Depois de tomar o café, vou até o banheiro escovar os dentes e repassar o batom, que já tinha saído um pouco.
Logo, Luana bate à porta do meu quarto.
— Vamos? — Ela chama, impaciente.
Pego minha bolsa, coloco o batom de volta e saio do quarto. Vamos até o elevador, que logo chega. Entramos, aperto o botão para o térreo e, em poucos minutos, a porta se abre.
Dou bom dia ao porteiro, que retribui com um sorriso e aceno de cabeça. Saímos e seguimos em direção ao estacionamento. Vejo o Corolla preto de Luana e ela destrava as portas. Entramos, ela dá a partida e, durante o trajeto, conversamos sobre coisas aleatórias até chegar ao meu trabalho.
Chego e me despeço de Luana, entrando no prédio. Dou bom dia aos colegas e sigo para o elevador. Quando a porta se abre no meu andar, saio, cumprimentando mais alguns colegas até chegar ao meu escritório.
Sento na cadeira e coloco minha bolsa sobre a mesa. Pego os papéis que falam sobre o príncipe. Só o título já chama atenção.
Família Real Britânica é atacada.
Tudo aconteceu no Castelo de Vilvar, Reino Unido. Assassinos invadiram o castelo com o objetivo de matar toda a Família Real. Entraram pelo porão, onde não havia guardas, e feriram três empregados gravemente. Quando chegaram aos aposentos da Rainha e do Rei, ouviram passos se aproximando. Eram os guardas.
O empregado que viu os assassinos entrar acionou os guardas. Eles eram poucos, mas o suficiente para impedir o massacre. Três assassinos conseguiram fugir, enquanto um foi capturado. Ele está sendo interrogado pela polícia britânica.
A Família Real decidiu desaparecer por um tempo, até que o caso fosse resolvido.
O mais estranho é que não sabem onde está o príncipe Edward.
Onde será que o nosso querido príncipe está dessa vez?
Eu leio e releio o jornal, para ter certeza de que não estou vendo errado.
Não pode ser verdade. Como alguém pode querer matar a Família Real? O que será que esses assassinos queriam com eles? Perguntas sem respostas.
Mas algo parece faltar. Fico procurando mais informações, mas a próxima página não está aqui.
Viro-me para a sala ao lado e bato na porta. Ouço um “entre”, giro a maçaneta e entro. Roberta, minha colega de trabalho, está com o mesmo jornal que eu estava lendo. Ela coloca o jornal sobre a mesa e me olha.
— Inacreditável! — Ela diz, surpresa.
— Pois é, como alguém pode tentar fazer algo assim? — Pergunto, ainda tentando entender.
— Não sei, mas o ser humano é capaz de qualquer coisa. Nunca duvide. — Ela responde, com a frieza de quem já está acostumada com a crueldade do mundo.
Assinto, pensativa.
— Você tem o restante? Quero saber mais sobre isso.
— Desculpa, mas acho que é só isso por enquanto. Eles não sabem onde está o príncipe. — Roberta fala, com um tom de frustração.
— Certo, mas se você souber de algo, me avisa? — Pergunto, com um olhar esperançoso.
— Claro, não se preocupe. Estão investigando sobre o ataque. — Ela me tranquiliza.
Assinto mais uma vez, ainda absorvendo as informações.
— Então, vamos almoçar? — Ela pergunta, como se fosse a coisa mais natural do mundo.
Nem percebi que já era hora do almoço.
— Sim, vamos. — Respondo, deixando o jornal de lado e seguindo-a para a pausa tão esperada.
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Atualizado até capítulo 45
Comments
iasmimramalho Ramalho
Cinderela tia tio casar sim Cinderela princesa princesa fada bruxa gelo água rei água Cinderela a pantufas mágicas pão lobo mau bolo mágico enigma pai mãe irmão vovó filha solteira solteiro casamento fim beijo boca sim panela
2025-02-27
0
4R35 D3u5 9r3g0
Pera , o Miguel que não é Miguel que e o Edward que finge ser Miguel ?
2021-06-05
3