E voltei para o grupo onde devia encontrar meu irmão que não está, nem Yara e Caio.
— Viu meu irmão? Pergunto aos rapazes ali.
— Eles foram comprar bebidas e te procurar. Ricardo diz. Percebo que ele é o mais velho no grupo, vinte cinco ou até mais.
— Aqui! O outro rapaz oferece um copo. Encaro, não era nem uma criança, sabia que não devia aceitar bebidas de desconhecido.
— Não, obrigada! Recuso.
— É só guaraná. Nando diz.
— Agradeço, mas não estou com sede. Volto recusar e ele não insisti.
Devia procurar meu irmão, não conhecia os rapazes o suficiente para ficar alí e me senti desconfortável com o Nando me olhando.
Dou alguns passos para afasta e vejo Yara e meu irmão aparecer na minha frente.
— Ei você voltou! Yara diz animada.
— Achei que teria ido embora, a Cris disse que tinha ido! Meu irmão diz.
— Fui ao banheiro! Falo achando uma ótima desculpa se estavam me procurando.
— Olha não acho que aqui vai ficar melhor, vamos ao baile? Yara chama.
— É sério que vocês querem ir até o galpão? Nando diz atrás de mim.
— Bem não conheço, estou me familiarizando novamente com a cidade! Andrew dá de ombros.
Sou encarada por dois par de olhos a minha frente.
— Da pra dançar? Pergunto, e Yara abre um largo sorriso.
— Vocês estão indo arrumar problemas no subúrbio, então vou acompanhar vocês. Ricardo diz.
— Boa festa para vocês! Nando diz. E continua parado no lugar.
Nós saímos, fazemos o caminho a pé falando de situação inusitadas sobre o lugar que vamos, acabo rindo das histórias do salão de forró.
— Eiiiii, estão me ouvindo, ouvindo...alguns gritos repetitivos vem atrás de nós e nós viramos vendo Caio e Nando vindo a alguns metros.
— Ué eles mudaram de ideia! Ricardo diz rindo.
Continuamos caminhando os deixando nos alcançar.
— Só pra deixar claro se vocês forem arrumar confusão com alguém, nós não os conhecemos! Caio diz.
— Por que esse lugar é barra pesada? Andrew pergunta.
— É...não muito, mas é bom fica na sua! Quem responde é Ricardo.
— Tem um pessoal encrenca, mas é só se manter na linha e se diverti, e não mexer com mulher de ninguém! Yara diz e olha para Ricardo que tem um leve sorriso.
— Não sabia que ela tinha namorado e só a chamei para dançar, foi atrevimento dela aceitar. Ricardo diz em sua defesa.
— Aí vocês brigaram! Nando diz com cara séria.
— A você sabia? Yara pergunta curiosa.
— Ele estava junto! Ricardo diz rindo.
— E te salvei de se espancado! Nado reclama.
— Olha não achei que curtia esses lugar Nadinho! Caio brinca bagunçado sua mechas lisas de cabelo, ele afasta a mão do amigo.
— Não curto, foi esse idiota aí que me arrastou. Nado olha feio para Ricardo.
— Não te obriguei, e você precisava sair almofadinha! Ricardo rir.
Olho de relance para Nando e a forma como ele se comporta e se veste não se encaixa com grupo, mais despojado.
Nado da uma risada Irônica e ignora os caras rindo.
Depois de uma caminhada e conversas, chegamos ao lugar no bairro afastado, música alta, pessoas novas e de idades se misturando, a garotada com um ar mais pesado, observando em volta, bebidas pesadas cigarros.
Dentro o lugar cheio, cheiro de álcool se misturando ao cigarro e vários perfumes e suor, conversas altas, música estridente pessoas dançando.
Difícil até para caminhar tendo que se esquivar das pessoas, Yara parecia conhecer o lugar e o pessoal ali, parando algumas vezes e conversando.
Parei esperando ela, senti um esbarrão sendo empurrando de lado, e outra pessoa passando e tive que desviar indo de encontro a outro grupo girando e já me sentindo tonta, um braço passou em volta da minha cintura me puxando do caminho.
— Aí cuidado! Nando reclamou com uns caras passando e olhando feio dando de ombros.
A proximidade me fez sentir o perfume suave, algo fresco com notas amadeiradas, não só podia sentir o perfume, mas o calor do corpo próximo, seu rosto acima da minha cabeça.
— Nossa aqui tá bem cheio mesmo! Yara disse se voltando para nós e olhando pra mim e atrás de mim com um sorrisinho, só então percebi que ainda estávamos muito próximos, e a mão dele ainda na minha cintura, dei um passo a frente deixando o toque, não olhei para o rapaz ou agradeci.
Não era sem educação, o fato é que já sabia o que podia acontecer se o olhasse e o agradecesse, iria ver a gentileza do seu ato, e sorrir para seus lindos olhos verdes e ficaria encantada, não queria mais sentir nada por ninguém.
Nós saímos para um canto onde Andrew chamou e entregou algumas bebidas, para minha surpresa ele me deu uma cerveja.
— Não fica animada é só uma! Andrew disse e concordei.
Ficamos ali observando uns instantes e uma cerveja virou duas e Yara me chamou para dançar, aceitei, não era algo que fosse fazer por iniciativa própria, mas acho que o pouco álcool deve ter feito efeito, me senti leve e feliz dançando, e logo outros do grupo se juntaram a nós e quando vi estava dançando com Ricardo em uma roda sertaneja.
— Sua irmã dança muito! Ricardo disse a meu Irmão. Vi que foi um elogio sincero, ele foi educado em toda dança.
— Não, é você que dança bem! Falei.
— Ele sempre foi um bom pé de valsa! Yara disse e o chamou para dançar o puxando para centro salão, Ricardo não evitou indo feliz.
— Sorte de alguns que sabem dança assim! Caio resmungou olhando.
Percebi que ele e o Nando estavam ali só observando e bebendo, bem na verdade era só Caio que tinha sempre uma bebida, Nando tinha bebido uma coca desde que chegou.
— Minha irmã uma ótima professora também. Andrew diz quando uma moça o chamou para dançar, não era fácil resistir a seu sorriso franco o moreno claro e alto bonito que ele é, desde que aprendeu dançar as garotas faziam fila para dançar com ele.
— Você ensina? Caio pergunto sorrindo.
— Só fiz algumas aulas algum tempo. Explico.
— Olha adoraria aprender! Caio continua com seu sorriso.
— Bem não é muito complicado, são um passo pro lado e depois dois. Indico os casais no salão.
— Me desculpa mais isso parece bem complicado! Caio resmunga indicando um casal rodopiando o que me faz rir.
— É só seguir o ritmo da música. Falo e ele ainda nega não achando fácil.
— Tudo bem me mostra então! É Nando quem diz e dessa vez não evito o olhar, ele tem um belo sorriso largo, dentes alinhados e brancos, uma expressão divertida no rosto.
Achei que ele fosse muito calado e sério, mas tinha visto conversando com os outros do grupo e ele sempre tinha algo leve e sorridente no rosto, talvez fosse eu que estava tentando evitar um diálogo com ele nas conversas. Pensei.
— Já vou avisando que nunca fiz isso, mas seria legal aprender! Nando diz enquanto pondero.
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Atualizado até capítulo 275
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