Vincent Alencar
Vicenzo estava em um lugar de difícil acesso. Foi inteligente da parte dele escolher um lugar como esse, uma ilha remota. Não chegaríamos sem sermos vistos, mas para mim não faz diferença, eu queria mesmo ser notado, como um presságio de que sua existência insignificante chegaria ao fim.
Vicenzo e eu já haviamos nos encontrado em outra ocasião que culminou na morte de toda familia e aliados dele. Inimigos devem ser tratados de forma implacável, mesmo que sejam seus parentes. É, eles eram da família. Vicenzo Mancini, filho de Riccardo Mancini. Já diz o ditado que toda família tem um esqueleto no armário. Bom, eu não tinha apenas um. Riccardo era primo do meu pai, e ele conspirou contra ele. Eu seria o próximo da lista, mas costumo fazer o meu próprio jogo, e ao invés de ter sido levado ao matadouro, eu fiz questão de erradicar a existência deles. Vicenzo foi um covarde que fugiu deixando os seus pais e irmãos pagarem pela inconsequência dele. O único que escapou, por que forjou a própria morte, e ele deveria ter continuado assim.
— Estamos perto. — Emerson disse.
Precisávamos ser extremamente precisos e cirúrgicos em tudo que iríamos fazer. Teríamos um helicóptero com atiradores, mergulhadores para uma aproximação surpresa e barcos para cercar o lugar. Eu tinha um pequeno exército e uma motivação ferrenha.
— Deixem o maximo desses desgraçados vivos. A morte é um presente para eles. — falo para os homens que estavam armados até os dentes a minha frente. — Vicenzo é meu. Não toquem em um único fio de cabelo dele.
— Esta tudo pronto chefe.
— Já sabem o que fazer. Não falhem.
Ao nos aproximar somos recebidos com tiros, estamos em número maior, e eles logo percebem isso. E isso era preocupante. Vicenzo é covarde, mas não é burro, tivemos o mesmo treianamento. E alguém que espera tanto tempo assim para atacar, teve muito tempo para pensar.
Quando todos foram rendidos começamos a vasculhar o lugar, algumas minas terrestres foram colocadas para atrasar o nosso avanço. Na parte mais afastada um casebre mal cuidado. Antes de chegarmos até lá ouvimos um tiro, e o grito da Sophie. Emerson correu à minha frente, arrombando a porta do casebre.
— Deus... por favor não!
Emerson gritou, Sophie estava caída no chão junto a uma poça de sangue, Mateus estava ajoelhado ao lado dela, e um homem estava com a arma apontada para a cabeça dele. Ouvi a arma sendo engatilhada, e antes que o desgraçado pudesse atirar eu o fiz primeiro. Seus dedos caíram com a arma, gritou de forma animalesca. Mateus correu na minha direção me abraçando.
Emerson e rendeu, enquanto o local era revistado. Não havia sinal da Elisa.
— Cadê minha filha seu desgraçado! - Emerson batia a cabeça dele contra a parede. — Cadê ela?!
— Você falhou. Falhou com ele. — O homem disse, antes que Emerson o apagasse.
— Ela ficou na minha frente. — Ele diz olhando para mim, e volta a olhar para Sophie caída no chão.
— Emerson, precisa levar a Sophie.
— Eles a levaram. — Mateus diz. — Eu disse que iríamos ficar bem. Eu prometi.
— Vamos encontra-la. Sabe disso. — Mateus estava estatico. Típico de quem estava em choque.
— Ele ia atirar em mim pai. Ela se colocou na minha frente. — Corre em direção a ela novamente, e surrurra algo em seu ouvido.
Eu me aproximo dele e o abraço, Emerson a leva nos braços para o helicóptero, enquanto continuam a vasculhar cada lugar da ilha.
— Pai... — ele finalmente chora e me abraça apertado.
— Esta tudo bem, estamos juntos agora.
— Não a encontramos, e encontramos um explosivo atrás da casa, ativado remotamente. Precisa sair daqui chefe.
Um dos meus homens disse, olhei em volta tendo a sensação de deixar algo passar. Um instinto me dizia que deveria continuar ali, mas pequenas explosões ao longo da ilha nos forçou a deixar o lugar.
Mateus apagou no meu colo, estava exausto, com sinais de desidratação e com vários hematomas. No hospital ele foi medicado e avaliado, Sophie entre a vida e a morte, e Elisa desaparecida.
Emerson surgiu no quarto, a roupa ainda suja de sangue, e seu olhar era de pura preocupação.
— Ela foi levada para cirurgia, ninguém me fala nada Vincent. Você a encontrou?
Disse passando os olhos pelo lugar. As palavras do homem voltaram como um soco no estômago. Eu falhei com ele. Emerson estava desolado.
—Sinto muito Emerson. Vicenzo a levou. Mas nós vamos encontra-la. Vamo encontra-los. Ele vai pagar.
— Eu vou para o galpão. Aquele desgraçado vai falar. Eu vou fazer ele falar Vincent.
— Você vai ficar aqui, quando Sophie acordar você vai precisar estar ao lado dela. Eu cuido disso. — Disse. Ele estava irredutível, mas sabia ser o que deveria ser feito.
Eu voltei para casa. Anne estava na sala, eu cumpri o que prometi. Eu o trouxe para casa. Mas a que custo?
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Atualizado até capítulo 113
Comments
엘리 케이로스
O CARA TEM PODERES DE TELETRANSPOTE NINGUÉM VIU ELE SAINDO/Facepalm//Facepalm//Facepalm/
2025-07-21
0
Solange Alves Lucio
Levou pra onde?? Se a ilha tava cercada.🤔🤔🤔
2024-05-22
2
Valcicleia Ribeiro
ele levou a pequena, que covarde
2024-05-19
1