Feitiço vira contra a feiticeira

Carlos Doran

Acordo as 7:00 hs, faço minha higiene, pego uns documentos que havia dado um visto na noite anterior e ponho na minha pasta. Me visto rapidamente, interfono pedindo meu café e meu pensamento voa até minha amada Mary. (Se estivesse em casa agora, estaríamos fazendo amor logo cedo.) Pouco tempo depois, recebo meu café, tomo também rapidamente e sigo para a reunião com os japoneses.

Quando desço na recepção do hotel, vejo a senhorita Suelen sentada num pequeno sofá a minha espera.

Suelen - Bom dia, senhor Doran!

Carlos Doran - Bom dia, senhorita!

Carlos Doran

Cinco minutos depois, chega meu motorista com o carro. Então eu e a senhorita Suelen entramos no banco do passageiro.

Fred - Bom dia, senhor!

Carlos Doran - Bom dia, Fred! Siga para o hotel ********* .

Fred - Sim, senhor!

Carlos Doran

Então seguimos o caminho quase todo em silêncio, no entanto, a senhorita Suelen fez algo que me aborreceu.

Suelen - Hoje está muito quente senhor! Não acha? ( tiro meu blazer azul claro e abro um pouco o vidro do carro, também rapidamente abrindo dois botões da minha blusa branca, sem que Carlos perceba)

Carlos Doran

Não acredito! Ela abriu os botões da blusa e deixou os seios quase pulando sobre mim! Quando ela fez isso? Ela está dando em cima de mim descaradamente! ( Então eu me aborreço)

Carlos Doran - Senhorita, creio que sabe onde estamos indo agora, sim?

Suelen - Sim, senhor!

Carlos Doran - Então devo lembrá-la que deve se vestir de maneira respeitosa e se referir a mim e ao grupo japones também com discrição. Abotoe sua blusa antes que o grupo japonês perceba e pense que minha secretária é desfrutavel. Não fica bem para minha imagem. E se isto se repetir ou acontecer algo parecido novamente, você estará demitida. Já adverti duas vezes. Não haverá uma próxima vez. Entendeu, senhorita? Fui claro?( Fred sorrir olhando pelo retrovisor do carro)

Suelen - Sim, senhor! Desculpe! Não havia percebido minha blusa assim. ( Este homem é frio. Não expressa nenhum tipo de desejo. Será possível que eu não o tenha deixado nenhum pouco excitado?!)

Carlos Doran

A reunião foi muito proveitosa, assinamos contrato e os mostrei alguns projetos que tenho em mente.

Já os Japoneses, me levaram para ver o local onde será o hotel que construirão e mostraram a maquete do hotel por dentro e fora. Caminhamos e conversamos por um longo tempo, marcamos uma nova reunião, mas agora no Brasil. Enfim, está dando tudo certo. Amo o que faço!

Meu pai era Americano, mas se apaixonou por minha mãe quando ela foi estudar intercâmbio por lá. Minha mãe é Brasileira, e depois que meu pai morreu, ele nos deixou uma rede de hotéis. Na época, eu tinha apenas 18 anos, e tive que ser forte por minha mãe. Então estudei administração e pude contar com a ajuda do meu tio, embora na época estivesse fazendo tratamento contra o câncer. Ele ia comigo na empresa, me ensinou a ser altivo, respeitado e a dominar bem todos os negócios. Devo tudo o que sou a ele. Mas infelizmente, depois de dois anos, lutando contra o câncer, ele morreu. Mas perseverei na empresa e hoje sou o dono da maior rede de hotéis do Brasil.

Os dias passam, e a saudade de Mary só aumenta. Mesmo que eu a ligue todos os dias, ainda assim, não me é o suficiente.

Me pego muitas vezes lembrando do primeiro dia que a vi. Seus pais eram americanos, mas a família da mãe de Mary era Brasileira. Então quando os pais de Mary tiveram dificuldades nos Estados Unidos, vieram morar aqui. Mary então é Brasileira.