Naquela madrugada Bernardo beijava minha nuca e meu pescoço e acordei assim, quando me dei conta do que havíamos feito seu corpo colado ao meu, eu não teria feito aquilo sóbrio, o efeito do álcool já havia passado, e eu voltava a ser eu, não me mexi, estava nu e Bernardo também, sempre me vinha uma vergonha depois que fazíamos sexo, talvez porque eu não tinha me acostumado ainda. Ele era muito carinhoso, ele acariciou meu braço e me beijava a nuca, aquilo já estava me arrepiando, eu mordia os lábios, queria me virar e beijá-lo mas não tinha coragem, esperei que ele fizesse isso.
- Está acordado? - sussurrou ele no meu ouvido
- Estou! - sussurrei.
- Que tal tomarmos um banho, nos dois? -
- Pode ir eu vou depois. - disse ainda sem me virar.
- Vou fazer assim, eu vou repetir a pergunta e você responde certo dessa vez. Ok? -
- Ok! - estava tímido, mas não queria desapontá-lo.
- Vamos tomar um banho "juntos"?- ele enfatizou.
- Vamos! -
Ele se levantou nu e veio a minha frente, puxou o cobertor que nos cobria, me puxou e levantei da cama, fomos até o banheiro e lá ele me beijou passava a mão por todo meu corpo, nos lavamos, namoramos e foi ficando cada vez mais quente, ele estava muito excitado, me encostou contra a parede, enfiou seu dedo em mim e eu gemi, estava ardendo um pouco, ele procurava meus olhos, e sempre que eu desviava os olhos ele me beijava e depois me olhava no fundo dos olhos, como que me hipnotizando pra fazer o que quisesse comigo. Senti seu membro rígido entrando em mim, gemi mordendo o lábio inferior, olhei para baixo, nossos corpos colados, ele segurava minha perna na altura de seu quadril, senti seus pelos encostarem em minha bunda, e isso me causou um arrepio, como uma corrente elétrica por todo meu corpo. Não contive o gemido, ele respondeu com um beijo que trocamos até gozarmos o nosso prazer. Continuamos o nosso banho, ele me lavava carinhosamente cada centímetro de meu corpo e eu também passei minha mão por todo o corpo dele, os braços com músculos divididos, seu peitoral largo e másculo, seu abdome definido, seu falo que começava a excitar.
Como ele podia se excitar tanto eu já estava exausto me afastei um pouco, terminamos o banho, ajudei a trocar os lençóis estava um pouco frio, era por volta de 3h00min, e dormimos num abraço gostoso, eu de cueca e Bernardo nu.
Quando acordei era por volta das 9:30, ele dormia com seus dois braços em volta de minha cintura, tentei me levantar e ele me puxou colando seu corpo ao meu.
- Onde você vai? - perguntou ele com uma voz manhosa de sono ao meu ouvido.
- Levantar já são quase dez horas.-
- Não! Fica um pouco mais comigo! - ele pediu - Foi tão gostoso essa noite, não vou deixar você ir embora. -
- Foi mesmo muito bom! -
- Quando você bebe fica mais assanhadinho. - ele sorriu.
- Que vergonha, eu estava quase bêbado! -
- Mas eu gostei. - disse ele beijando meu pescoço senti seu pênis rígido em minha coxa - Que tal mais uma?-
Nem tive tempo de responder, ele me virou e me beijou, e fizemos sexo mais uma vez, tomamos banho, eu estava cansado, mas com disposição, estava sentindo coisas que nunca havia sentido antes. Tomamos um café com biscoitos e eu o lembrei que tínhamos que ir para o almoço que minha mãe iria preparar. Ele foi se arrumar, fiquei esperando na sala e logo ele apareceu, vestindo uma camisa de manga curta azul, calça jeans escura e um sapato camurça, estava deslumbrante, meus olhos brilharam.
- Gostou? - ele abriu os braços e deu uma volta.
- Lindo! - o elogiei me levantando do sofá.
- Sou todo seu! - disse ele me puxando pelo braço e me beijando.
- O almoço. - disse entre um beijo. - A gente tem que ir logo. - tinha que adverti-lo ou ele arrancaria nossas roupas.
- Só porque hoje é um dia especial! - ele se conteve.
Ele colocou óculos escuros, pegou as chaves e fomos até o elevador, ele aproveitou que não tinha ninguém e me agarrou roubando mais beijos, chegamos ao subsolo, pegamos o carro e fomos pra minha casa. Eu estava um pouco nervoso, ele parecia estar tranquilo e feliz, tentei ficar também. Quando chegamos ele estacionou, desci do carro ele ligou o alarme enquanto eu destrancava o portão. Ele pegou minha mão e entramos em casa com os dedos entrelaçados.
- Mãe, chegamos! - anunciei ao entrar em casa.
- Oi, já vou só um instante. - disse ela da cozinha, aproveitamos para darmos um beijinho antes que ela chegasse - Prontinho! Acabei de tirar o frango do forno. -
- Está com um cheiro ótimo.- Bernardo falou e estendeu a mão para cumprimentar minha mãe. - Tudo bem Sr. Laura? -
- Tudo ótimo! E por favor me chame de Laura, sem formalidades. - dessa vez o aperto de mão foi mais gentil.
- Bom dia mãe! - disse abraçando ela
- Bom dia!- disse ela me olhando por uns instantes. - Deviam pegar leve com as marcas, isso é muito vulgar. -
- Desculpe! - disse Bernardo.
- Marcas, que marcas? - perguntei sem entender.
Minha mãe olhava para meu pescoço, então resolvi verificar, fui até meu quarto e olhei no espelho, havia dois chupões em meu pescoço um de cada lado. Estavam quase roxos, denunciava o que tínhamos feito, e realmente não é algo muito bonito de se ver, tirei a camiseta e vi que havia mais uns três no peito na barriga, na minhas costas tinha uma mordida, e mais chupões, fiquei de boca aberta, estava destruído, se minha mãe visse com certeza iria me acabar.
- Desculpa! - disse Bernardo entrando no quarto.
- Nossa! Eu não tinha visto. -
- Vou tentar pegar leve. Mas é que quando estou com você, eu fico louco. - disse ele me abraçando por trás.
- Tudo bem, só tenta não deixá-las visíveis, você viu como minha mãe é. -
- Tá bom, não vou te deixar marcado. -
- Agora deixa eu trocar de roupa. -
- Pode trocar. - disse ele me soltando.
Fiquei meio tímido, mas a gente já tinha transado e tomado banho juntos, vimos um ao outro nu, eu tinha que perder essa timidez. Procurei uma camiseta, achei uma regata rosa, coloquei uma bermuda jeans que era bem justa acima dos joelhos e coloquei um tênis. Bernardo só me assistia enquanto me produzia, quando me virei para vê-lo notei o quanto ele estava excitado. Estendi a mão para ele e o puxei para fora do quarto.
- Estão pensando em ir algum lugar? - perguntou minha mãe.
- Não antes do almoço. - respondi sorrindo.
- Hmmm! - respondeu minha mãe fazendo careta. - Eu convidei a sua irmã, ela deve estar chegando. -
- Quê? Por quê? - perguntei surpreso.
- Eu contei a ela e ela disse que queria vir. -
- Hmmm! Muito estranho, ela nunca se importou comigo. -
- Não diga isso, ela sempre me pergunta por você quando nos falamos. - Respondeu minha mãe defendendo ela.
Enquanto conversávamos Dalila, minha irmã, chegou, ela havia se casado e mudado pra uma cidade vizinha a nossa, cerca de duas horas de viagem. Minha mãe foi recebê-la no portão, enquanto Bernardo me beijava o rosto carinhosamente, estávamos no sofá sentados um ao lado do outro. Dalila entrou e com toda sua arrogância, levantou a sobrancelha direita e mediu Bernardo da cabeça aos pés, completamente indiscreta. Vestia um vestido cor de rosa decotado. Dalila se parece comigo, tem a pele morena, os mesmos seios fartos como o de mamãe, os cabelos pretos lisos pesados abaixo da cintura.
Ela se dirigiu até nós, e Bernardo se levantou, à medida que ela se aproximava.
- Olá! Então você é o Bernardo? - Disse ela de frente para ele.
- Isso. Desculpe eu ainda não sei o seu nome. - respondeu ele.
- O Dylan não falou de mim? Como pode? - Disse ela de um jeito que me irritava. - Sou a Dalila! -
- Ah então é um prazer conhecê-la! - disse ele estendendo a mão.
- O prazer é todo meu! - ela disse se aproximando dele e o abraçando como se já o conhecesse.
- Então vamos almoçar antes que esfrie.- disse minha mãe.
Fomos pra cozinha, eu e Dalila só trocamos um "oi", eu sabia que ela estava aprontando alguma coisa. Quando criança, Dalila vivia a me implicar, escondia coisas minhas, estragava meus brinquedos, e quando crescemos o seu passatempo era me estressar de todas as maneiras que podia, vivia a me fazer chorar. Enquanto a gente almoçava, ela enchia Bernardo de perguntas, como se o estivesse interrogando e algumas me deixou irritado.
- Então Bernardo, você não parece ser gay! - comentou Dalila
- Ah, eu não sou muito ligado a rótulos, eu gosto de alguém e corro atrás. - respondeu ele.
- Isso quer dizer que você também namora mulheres? - Dalila emendou outra pergunta.
- Bem na verdade é a primeira vez que namoro com um garoto. - respondeu ele.
- Primeira vez! - disse minha mãe não escondendo sua cara de surpresa, eu também estava mas me contive.
- Sim, eu já fiquei com caras na adolescência, mas nunca namorei um. - Disse ele me olhando. - A verdade é que ninguém nunca mexeu tanto comigo quanto o Dylan, nem mulher, nem homem, nem ninguém. -
- Interessante! - Dalila ergueu as sobrancelhas.
- Eu gostaria de aproveitar o momento e dizer que...- ele me olhou no fundo dos olhos como se estivéssemos só nós dois ali. - Tudo está acontecendo muito rápido, e eu gosto de você de uma maneira que nunca gostei de ninguém, eu sinto que você é a pessoa certa pra mim, e quero muito você comigo, porque estou perdidamente apaixonado por você. Namore comigo! - declarou ele.
- Isso é uma pergunta? - perguntei-lhe com um sorriso emocionado.
- Sabe que não aceito não como resposta. - respondeu ele, tirando do bolso uma caixinha dessas de jóias.
- Nossa eu não acredito! - eu disse enquanto ele pegava minha mão e colocava uma das alianças no meu dedo.
- É parece que vocês estão mesmo apaixonados.- disse Dalila. - Então um brinde ao casal, e que sejam muito felizes! - disse ela erguendo uma taça de vinho.
- Parabéns bebê! - disse minha mãe pra mim. - Cuide bem dele, e desejo que sejam felizes! - disse ela para Bernardo.
- Eu vou cuidar sim. - prometeu ele.
Terminamos nosso almoço e ainda conversamos um pouco na sala, quando Bernardo pediu para me levar para seu apartamento e minha mãe deixou. Estávamos felizes, no caminho ele segurava minha mão e a beijava, eu me sentia tão feliz que parecia que iria explodir, eu nunca tinha fantasiado isso, ser pedido em namoro num almoço em família, parecia surreal.
Chegamos ao apartamento e fomos direto ao quarto, nos beijamos enquanto nos livramos de nossas roupas, fizemos amor de uma forma lenta e carinhosa, ele me penetrou e eu completamente entregue, me sentia preenchido por ele, eu era completamente dele, e ele era completamente meu.
- Prometo que vou te fazer feliz, vamos ficar juntos para sempre. - sussurrava ele em meu ouvido.
Suas palavras ecoavam em mim, me faziam delirar num completo êxtase, eu arrepiava inteiro, seu corpo colado ao meu, seus beijos, eu tinha certeza que o queria, da mesma forma que ele me queria. Estávamos entregues a esta paixão, sem culpa, só prazer, gozamos e continuamos abraçados, embebidos pelo desejo, meus pensamentos fervilhando na cabeça, o beijei e olhando em seus olhos eu disse.
- Será que é muito cedo pra eu dizer que te amo? -
- Se é o que você sente. - ele disse me olhando profundamente nos olhos.
- Eu te amo! - eu disse e ele absorvendo minhas palavras com um olhar sério, me beijou e quando quase perdemos o fôlego.
- Eu te amo também! - disse ele me olhando. - Tive medo de dizer e você não acreditar, mas eu te amo. -
Como poderia não acreditar se eu sentia a mesma coisa, pois aquilo tudo que eu sentia, só podia ser amor.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Clauziane Gomes
eu estou amando lê esse livro, agradeço a autora por escrever esse livro maravilhoso.
2024-08-22
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Da Silva Lopes Clinger
e eu não mudaria nada pois amo quem sou
2024-06-09
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