Antes pensava estar louca quando ouvia ele falar comigo. Hoje desejo que isso seja a mais pura realidade. Mesmo depois do que passei em Wolf City, eu desejo estar com ele. Sinto falta até mesmo de quando chegava fedido. De todas as vezes que me fez fazer coisas contra a minha vontade, não conseguia enganá-lo. Sinto falta de tomar chá perto da lareira, dele deitado no sofá, de estar com ele. Porque me faz tanta falta?
Na manhã seguinte eu sigo a minha rotina. Voltei para a minha antiga casa, mesmo contra a vontade dos moradores. Uma empresa estava prestes a comprar as casas, iriam desmanchar tudo, e fazer um condomínio. Mas precisavam da venda de todos os terrenos. Então até a assinatura, os vizinhos precisam conviver comigo. Mas não saio de casa, a menos que seja de extrema importância.
Ouço uma batida na porta. Era aquele policial mala.
— Bom dia! — Bom dia! o que você quer? — Sabe que amanhã é o dia de vender a sua casa. — Sim, e daí? — Você precisa arrumar as suas coisas hoje, pois terá até a noite para deixar a cidade. — Vai continuar-me coagindo? — É apenas um aviso, pegue tudo o que é seu e vá embora! — Vou pensar, depois da venda tenho alguns dias para continuar a morar aqui. — Segundo o meu regulamento não. — Veremos então.
Bato a porta na cara dele. Escuto outra batida.
— O que foi? — Você deveria agir de uma forma mais agradável. Eu posso ser bonzinho com você ou talvez não. — Vamos ficar com a possibilidade de vai se ferrar.
Fechei a porta novamente. Era a primeira vez que mandava alguém ir se ferrar. Talvez aquilo acabasse-me ferrando. Passo o dia em casa. A vontade de ir lá fora pegar um pouco de sol era grande. Mas seria bom evitar qualquer problema com os vizinhos. A noite chegou, e quando pensei em ir para o meu quarto, escuto batidas na porta. Aquela hora quem poderia ser. Abro e tem dois policiais na porta. Eles empurram-me para dentro.
— Mudanças de plano garota. Onde está a escritura da casa? — O que você quer? — A escritura da casa. — Está guardada na minha mochila. — Vai pegar. Não tenta nada, ou eu acabo com você.
Não acredito aquele crápula veio roubar-me. Abro a mochila, e o livro está comigo. Não posso deixar ele ver o que tem dentro. Pego os papéis e entrego-lhe.
— Boa garota, agora vem vamos dar um passeio. -Aonde vamos? — Já vai descobrir.
Saio na rua com uma arma apontada para mim. Ele coloca-me no carro, e algema as minhas mãos. Não acredito naquilo. Ele leva-me para uma parte distante da floresta. Para o carro, e faz-me descer.
— Vamos dar uma voltinha. Gosta de caminhar a noite, não é mesmo? — Porque me trouxe para cá? — Já vai descobrir. Agora anda.
Aquilo não era um bom sinal, quanto mais adentramos na floresta mais escuro ficava.
— Acredito que aqui já está bom. Aproveite a luz da lua. Precisa entender que não, queremos alguém como você por aqui. Eu fui generoso com você a primeira vez. Na segunda tentei, mas você mandou eu ir me ferrar. O que acha de se ferrar sozinha sua bruxa.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Valentina Valente
Mas é burra! Como é que faz isso?
2024-03-07
3
Nadja
essa Luma não toma atitude nenhuma que loba fraca que menina idiota
2024-01-05
3
Angela Valentim Amv
Mas que merda será que ela vai perder o livro?
2023-12-30
2