Capítulo 2. Descanso

Serena

Nosso planeta não é grande, na verdade é um dos menores do nosso sistema, rodeamos uma estrela nova, porem que a cada dia está mais fraca, de forma que temos as noites mais longas que os dias, mas como somos seres noturnos, isso não é um problema. Temos um ciclo de trinta e seis horas, pela rotação do planeta, com seis horas diurnas. Chegamos quase ao amanhecer e o povo já se prepara para dormir.

O planeta é quase todo habitado, só as florestas e lagos não têm moradores. As cidades são constituídas de casas baixas, feitas com base de barro com pedras, dando um tom terroso a quase todo o planeta. Não temos o costume de pintar as casas, preferimos tudo que é natural, por isso, muitos moram em cavernas, nas encostas dos morros. 

Nosso povo é muito trabalhador e plantamos todo nosso alimento, além de criarmos animais para abate, sem prejuízo aos selvagens que vivem na floresta. Pescamos nos lagos, mas também reproduzimos os peixes em cativeiros e os repomos nos lagos, assim nunca falta o alimento. Nosso povo parece gafanhoto, que só anda em bando e se reproduz tanto, que foi preciso um controle de natalidade.

Somos de compleição magra, na maioria, com braços e pernas longos e fortes. As fêmeas têm mamas pequenas, cintura fina e quadril largo, com um bom sistema reprodutor, por isso tantos filhotes. Já os machos, são retos, com peitoral firme e musculatura rígida, são tão fortes que subjugam qualquer fêmea. Os raptores usam armas de contenção à distância e abduzem nossos homens, o que é uma grande covardia, já que não lhes dão a chance de defesa.

Moro no único castelo do planeta, fica no alto de um penhasco e na parte de trás, beira o precipício de pedras calcárias. Era de minha família, a mais antiga de nossa espécie, mas que foi quase toda dizimada pelos invasores, restando apenas eu e um tio, que mora do outro lado do planeta, com sua família, bem numerosa por sinal. O castelo está praticamente abandonado, pois só eu moro lá e não vejo razão para manter, todo ele, em funcionamento.

Subo a colina em meu flutuante (apenas um apoio para os pés, que flutua com magia) e chego sem esforço ao meu lar. Subo as escadas, passo pelas portas altas e atravesso o grande vestíbulo, ultrapassando o salão e chegando ao jardim interno, onde tem um olho d'água, que foi cercado com uma mureta, formando uma grande banheira, onde sempre tomo banho. A água escorre por um dos lados, passando por uma valeta e caindo nas pedras, formando uma cachoeira fina e longa, que quase não chega ao chão, pois as águas se dispersam no ar, sem forças para cair.

Toda vez que tomo banhos, o gel com que limpo o corpo, feito com ervas naturais, formam bolhas, ao caírem na cachoeira e inundam o ar, fazendo a alegria das crianças, que moram no entorno do castelo.  Essa é a melhor hora do meu dia, quando me despojo de tudo e relação, deixando a água me lavar de tudo. Estou contente com o resgate, ninguém se feriu durante o processo e embora os resgatados tenham sofrido muito naquele lugar, o resgate foi rápido o suficiente, para não estarem tão debilitados. Fora os que foram consumidos, é claro.

Os raptores fazem parte de uma espécie terrível de Glabro, mistura de humano com lobo, altos, muito fortes, cujos dentes afiados, devoram tudo e todos que julgam serem comestíveis. Eles habitam um planeta coberto por florestas, que apesar de ser ótimo para moradia, não tem muitos recursos minerais e nem alimento suficiente para todos. Suas casas são extravagantes, com muitas divisões, podendo abrigar famílias grandes e visitantes que chegarem. São bonitos, quando não estão com a forma de lobo na superfície e as fêmeas, são muito fortes e respeitadas.

Relaxei bem e fiquei limpa e cheirosa com o gel. Posso ouvir a alegria das crianças brincando com as bolhas. Saio da água e me seco com a toalha que sempre está ali, visto o roupão que fica pendurado em um gancho na parede, quando ouço a voz mais inoportuna do mundo, pelo menos para mim.

— Será que você não pode me dar sossego, nem depois de um resgate, Gordom?

— Calma, princesa. Sei que você não se feriu e correu tudo bem. Claro que eu não deixaria passar a oportunidade.

— Já vai clarear e quero descansar, por favor, vá embora, Gordom.

— Não vai demorar, prometo.

Claro, como sempre, ele nunca demora, mas o estrago é feito. Esse é o problema de nosso povo, ou melhor, de nossas fêmeas. Não somos respeitadas, não temos direito a dizer não, é a lei. Quando uma filhote entra em seu primeiro cio, o macho que a deflorar, fica com direito exclusivo sobre ela, pelo menos uma vez, a cada lua cheia, pode copular com ela, até que ela fique prenha, só então eles teem o direito de acasalar(como chamam a união permanente entre um casal).

Existe a lenda, não sei se é verdade, pois nunca vi acontecer, de que um macho pode reivindicar a fêmea, se reconhecê-la como sua destinada, algo a ver com a combinação hormonal entre eles, que produzirão filhotes fortes e saudáveis. Dizem que certas fêmeas destinadas, só reproduziram com seu macho, talvez seja esse o meu caso, já que esse idiota nunca conseguiu me emprenhar.

— Seria tão bom me livrar de você…

— Não seja assim comigo, princesa. Sempre te tratei bem, nunca fui violento e cuido de seu bem estar e segurança. — Que estúpido, sei me cuidar muito bem sozinha.

Mas não adianta, ele se aproxima, puxa meu roupão e me vira de frente para uma pilastra, fazendo eu apoiar as mãos e meu traseiro se impinar para ele. Pelo menos ele sabe fazer meu corpo ficar pronto, tocando meus mamilos e meu clitóris. Só quando verifica que estou úmida, me penetra com força, por inteiro. Seu membro é duro e suas estocadas fortes, preciso me segurar para não cair e o bom é que realmente termina logo.

Ele sai de mim e sua porra escorre por minhas pernas, ele olha desagradado e reclama:

— Porquê você não retém minha semente? Toda vez escorre pelas suas pernas. Vai ver é por isso que não vingam.

Fui em direção a banheira para me lavar novamente, mas ele não deixou.

— Fique assim, pode ter alguma que ficou dentro e vingar. Vou ter com o curandeiro e perguntar porque você é assim. — Saiu furioso depois de ajeitar as calças.

Nem tive dúvidas, me lavei, limpando todo o resquício daquele ato indesejado por mim. Sempre agradeço ao Deus criador, por não deixar vingar as semente dele, não suportaria tê-lo dentro de mim, todas as vezes que ele quisesse e não só na lua cheia.

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Comments

Elenita Ferreira

Elenita Ferreira

Calma Serena,teu parceiro está do outro lado!!!🙄🤨🤨 Kkkkkkk

2025-03-27

0

Elenita Ferreira

Elenita Ferreira

Quê horror 😮!!!🤨 Nojento 😕😕

2025-03-27

0

Fatima Monjane

Fatima Monjane

que horror

2024-12-03

1

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