Acordo com os raios de sol entrando pela janela, fico um pouco atordoada, olho e reconheço o local, não é meu quarto, ainda estou na casa do mafioso.
Viro-me e o vejo dormindo todo sem jeito na poltrona ao lado da cama.
Olho melhor para aquele homem deitado, como ele é bonito. Suas tatuagens lhe dão uma ar mais sexy, o perfume que vem dele é algo gostoso e muito sedutor.
Estou com medo de está ali, estou com medo do que ele me falou. Mas, ao mesmo tempo ter ele por perto conforta o meu coração, é um conflito de sentimentos enorme. Lembro dos meus pais, como estarão e as minhas amigas, não falei mais com ninguém, podem está preocupados comigo.
Preciso falar com eles, resolvo acorda-lo afinal ele que me trouxe para cá.
Isabella: — Ei... senhor das armas, acorda!
Ele acorda e fica visivelmente encabulado.
Don Enzo: — Desculpa, acabei adormecendo aqui.
Isabella: — Tá!.. Tudo bem, afinal essa é a sua casa e eu... eu sinto-me segura tendo você por perto.
Ele senta e olhar-me, o seu olhar está diferente tem um ar meigo, cativante e tem mais alguma coisa que eu não consigo decifrar. O seu rosto está suave, sereno. Mas em frações de segundos a sua fisionomia muda e o seu olhar fica frio e distante.
Don Enzo: — Vou chamar a enfermeira.
Isabella: — Não..., espera... Quero falar com você sobre os meus pais.
Ele olha-me com certa curiosidade.
Don Enzo: — O que quer saber?
Isabella: — Eles devem estar preocupados com o meu sumiço, preciso ligar para eles.
Don Enzo: — Isabella, tem telefones espalhados pela casa, inclusive aqui no seu quarto. A sua bolsa está ali com tudo dentro, inclusive o seu celular. Você não está incomunicável, pode ligar a hora que quiser. Só não pode dizer onde está nem sair daqui.
Isabella: — Por que não posso sair? Sou sua prisioneira?
Ele anda pelo quarto visivelmente irritado, parece não ter gostado do que falei.
Don Enzo: — Por que não pode, se quiser que nada aconteça com você ou com a sua família arrume uma desculpa para passar um tempo longe deles, uma viagem, um curso não sei. Mas por enquanto você não sai dessa casa.
Isabella: — Isso é um absurdo, você não tem o direito.
Ele passa a mão pelo cabelo, dá para vê que está nervoso. Ele me olha irritado.
Don Enzo: — Tenho o direito e a responsabilidade, desde aquela maldita hora que a tirei das mãos daquele cara. Devia era me ser grata.
Isabella: — Eu já lhe agradeci, se é tão penoso ter me salvo por que fez e por que ainda me mantém aqui.
Dessa vez ele se virá bruscamente para mim, vindo na minha direção.
Don Enzo: — PARA SUA PROTEÇÃO GAROTA.
Assusto-me com os gritos dele, quando ele vê a minha atitude para e abaixa a cabeça, ele respira fundo.
Don Enzo: — Desculpa Isabella... é que... Por que tem que ser tão teimosa!
Olho para ele, ainda estou assustada, mas sinto que ele está realmente preocupado comigo.
Isabella: — Por que você acha que tem o dever de proteger-me?
Ele senta e coloca a cabeça entre as mãos. Depois olha para mim, vejo um fio de emoção passar por seu rosto.
Eu já vi isso acontecer antes, uma garota que ajudei ser morta por meus inimigos por acharem que ela podia ser importante para mim.
Isabella: - E..., ela era?
Don Enzo: - Era a filha de Dolores, minha governanta. Foi criada dentro dessa casa conosco. Uns caras da faculdade estavam a incomodando. Um dia Dolores estava chorando, perguntei o que tinha acontecido, ela me contou. Fui pessoalmente resolver a situação e dois dias depois meus inimigos mataram Sofia sua única filha.
Isabella: — Eu..., eu sinto muito por isso.
Don Enzo: - Eu não posso deixar isso acontecer novamente, não posso deixar que usem inocentes para me atingir.
Ele olha-me, mas a emoção de minutos atrás some do seu rosto, ele levanta, arruma a sua camisa.
Don Enzo: - Por isso você fica aqui até que eu fale que pode sair.
Pela primeira vez entendo o que ele queria dizer, a sua consciência pesada pelo que aconteceu com Sofhia tinha-lhe deixado marcas. Ele tem razão, preciso da sua ajuda, tenho medo daquele homem e tenho que proteger os meus pais.
Isabella: — Você tem razão, não posso deixar que nada aconteça aos meus pais, eu nunca iria me perdoa, mas não posso deixá-los sem notícias, quero ter certeza que estão bem.
Don Enzo: — Lhe garanto que estão bem, mas fale com eles, assim vai parar de incomodar-me com tantas perguntas.
Isabella: - Nossa! Você é sempre assim?
Ele não me responde, sai do quarto batendo a porta.
Enzo é um homem estranho, essa postura de homem cruel não parece ser a verdadeira natureza dele. Será que a vida deixou-lhe assim? Ou os seus negócios talvez? Afinal ser quem ele é deve ser difícil.
Resolvo colaborar, pego a minha bolsa, tudo parece está como antes. O celular tem pouca carga, mas ainda dá para algumas horas, vejo várias ligações e mensagens, a maioria da minha mãe e das minhas amigas. Ligo primeiro para minha mãe.
— Alô... mamãe!
— Filha, como você estar?
— Eu estou bem, e vocês? Tudo normal aí em casa?
— Sim... porquê?
— Só curiosidade, estou com saudades.
— Nos também, filha as suas amigas ligaram, estão te procurando. Aconteceu alguma coisa?
Penso um pouco e resolvo mentir, não posso contar o que aconteceu comigo, não agora. E voltar para casa poderia colocar a segurança deles em risco. Admito que Enzo tem razão, ele melhor que ninguém sabe o que tá falando. Respiro fundo e invento a história.
— Não aconteceu nada mamãe, eu apenas sai mais cedo da festa, tinha que me preparar para um curso que queria muito fazer. É sobre isso também que lhe liguei, eu acabei de chegar na França, vou passar alguns dias aqui.
— Na França! Por que não me avisou, teria ido com você, sabe que adoro ir para França.
— Foi de última hora não deu para avisar, mas assim que eu voltar irei vê vocês.
— Certo filha, estaremos lhe esperando, seu pai tá te mandando um beijo. Nós te amamos!
Os meus olhos ficam cheios de lágrimas, como eu queria nesse momento o colo e o carinho da minha mãe, mas preciso me manter forte não posso permitir que aquele louco chegue até eles.
— Também amo vocês, fala para o papai que estou mandando um beijo para ele, vou ter que desligar.
Mamãe desliga e sinto um certo alívio, em falar com eles e saber que estão bem, isso me aquece o coração. Agora é a vez de ligar para uma das minhas amigas. Resolvo ligar para Anita.
— Alô..., Anita!
— Isa..., menina onde você se meteu? Já faz dois dias que não temos notícias suas.
— Estou bem, viajei para França com uma prima, foi urgente não deu para avisar.
— Você saiu da boate, nem se despediu da gente, foi fuder com aquele gostoso não foi.
— Não Anita, não fui. Aquele nojento não vale nada, maldita hora que escolhemos aquela boate.
— Isa..., aconteceu algo com você?
— Não, não aconteceu nada, estou bem. Preciso desligar vamos sair agora, beijos.
Desligo rápido o telefone, acho que falei demais.
Me arrumo entre os travesseiros e começo a viajar nos meus pensamentos, a saudade de casa, dos momentos com meus pais, das risadas e conversas bobas com Anita me trazem uma dor a dor da saudade. Mas de repente sinto o cheiro dele, lembro do seu olhar, da sua voz tão sexy, balanço a cabeça querendo que aquelas lembranças saiam da minha mente. Mas elas não saem, por mais que eu tente pensar em outras coisas a imagem dele volta.
Por que issso agora!!!
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Elza Teodoro
a história tem que começar de algum jeito para dar ênfase
2024-10-03
1
Maria Lima De Souza
Mas ela também é culpada de dar espaço para um estranho em uma boate que rolava de tudo.
Ele quer saiu perdendo mais em ajudá-la, vamos ser realista né!
2023-04-18
1
Lice Otto
Isabella pelo jeito se tornou um alvo fácil para os inimigos de D Enzo. Ela se tornou, assim como a filha de Dolores, um elo frágil dele.
2023-03-30
0