Acordo com várias pessoas ao meu redor, a situação assusta-me. Presto atenção e vejo que estou num hospital, eu acho.
Vejo dois homens próximos de mim, fico nervosa, peço para eles saírem. O meu corpo treme, um deles acena para que o outro saia.
Ele aproxima-se de mim, sua fisionomia é serena, sua voz calma.
Doutor: — Senhorita, sou o Doutor Matias e estou aqui para cuidar de você. Irei te atender com a equipe reduzida, retirei o enfermeiro do quarto como a senhorita pediu, mas preciso-lhe consultar, preciso que confie em mim.
Não respondo, mas meu olhar dar-lhe a minha resposta.
Doutor: — Primeiro gostaria de saber seu nome.
Isabella: — O meu nome é Isabella Morelli.
Alguns minutos depois estão fazendo alguns exames e o médico verificando cada hematoma no meu corpo.
A situação é constrangedora, mas admito, necessária. Respiro fundo e aguento aquilo tudo. Finalmente vejo que aquela tortura acaba.
Doutor: — Obrigado por colaborar com a consulta senhorita Isabella. Para finalizar, preciso-lhe fazer uma última pergunta.
Sinto um aperto no peito, pelo jeito um pouco constrangido do doutor, já imagino qual é a pergunta. Já me adianto, e respondo para ele.
Isabella: — Não, ele não me penetrou...Antes disso... um homem invadiu o local e...
Começo a me sentir mau, as lagrimas voltam começo a chorar, meu corpo volta a tremer.
Isabella: - A culpa foi minha, por que aceitei a aproximação daquele monstro.
Doutor: — Tudo bem senhorita, não precisa falar mais nada. E a culpa não foi sua, a culpa é de quem cometeu o crime e não da vítima. Vou ministrar uma medicação que vai lhe ajudar a acalmar e descansar um pouco.
Ele aplica a medicação e sai com a enfermeira. Fico ali sozinha, dou vazão a minha dor, choro compulsivamente. Não sei quanto tempo chorei, só sei que o tempo passou e eu acabei adormecendo.
Acordo com uma enfermeira verificando o soro por onde estou tomando a medicação.
Enfermeira: — Bom dia! Que bom que descansou um pouco, como se sente?
Isabella: — Onde estou?
Don Enzo: - Na minha casa.
A voz masculina assusta-me, olho em direção a ela e vejo o homem que atirou naquele monstro que me agredia encostado na parede.
A presença dele causa-me sensações estranhas, primeiro assusto-me, depois respiro aliviada em vê que é ele que está ali.
Don Enzo: — Enfermeira, nos dê licença. Quero conversar com a senhorita Isabella.
Enfermeira: - Sim Don Enzo.
Vejo assustada a saída da enfermeira. Volto a olhar para o homem parado no mesmo lugar. Ele abaixa a cabeça, parece triste.
Don Enzo: - Sinto muito pelo que te aconteceu, me sinto mau por não ter chegado antes para te ajudar.
As palavras, o tom de sua voz me emocionam, esse homem nunca me viu, e foi ao meu socorro. Enxugo uma lágrima que descer pelo meu rosto.
Isabella: — Você salvou-me de algo pior, nunca vou poder lhe agradecer pelo que fez por alguém que nunca viu. Mas agora, eu quero ir embora para minha casa.
Don Enzo: — Desculpa..., mas não posso permitir que vá.
Fico sem palavras, como ele não permite?
Isabella: - Acho que não ouvi direito.
Don Enzo: - Pelo contrário, você ouviu muito bem. Não vai sair daqui até eu autorizar.
Isabella: — O quê?... Por que não posso ir embora? Quero ir para minha casa agora.
Ele afasta-se da parede e se senta numa poltrona próxima da cama, com a movimentação dele me remexo na cama, o meu corpo treme.
Ele parece perceber isso.
Don Enzo: — Não tenha medo, não me orgulho de quem eu sou, mas nunca toquei numa mulher sem ela querer.
Fico em silêncio, ele mantém o seu olhar fixo no meu, tento desviar mas, o seu olhar é hipnotizante, forte, sedutor...
Don Enzo: — Isabella, você ainda está muito machucada, seus pais já são idosos, e se assustariam com você chegando assim.
Isabella: — Como sabe sobre os meus pais?
Don Enzo: — Sei tudo sobre você Isabella, a minha posição obriga-me a saber tudo sobre as pessoas ao meu redor.
Isabella: — Quem é você?
Don Enzo: — O meu nome é Enzo Martins, alguns me chamam de Don Enzo, mas, na verdade, sou chamado no meu mundo como o Senhor das Armas. Eu que lhe tirei das mãos daquele homem.
A minha boca abre e se fecha pela surpresa, eu estava diante do cruel Senhor das Armas, homem temido por toda a Europa.
Isabella: — Eu não sei o que dizer..., eu agradeço muito o que fez, mas quero ir embora daqui.
Don Enzo: — Se você se for estará colocando em risco a sua vida e a dos seus pais. A segurança deles está sendo feita a distância pela minha equipe, e você está na minha casa sob a minha proteção.
Isabella: — E por que tudo isso.
Don Enzo: — Aquele homem que lhe atacou é filho de um dos meus inimigos. Eu te tirei dele, então ele fará de tudo para lhe ter novamente e sabe lá o que ele vai querer fazer para lhe castiga. Você estava no hospital, mas descobrimos que ele ia invadir o local para lhe resgatar. Por isso trouxe-lhe para cá. Conheço os Solanos, são vingativos. E aquele mauricinho é muito mimado, não sabe perder, você e sua família corre sério risco.
A cor some do meu rosto, não esperava por isso, a sinceridade dele é violenta demais para mim, sinto ânsia de vômito e falta de ar, começo a me sentir mau, ele levanta-se rápido me segurando.
Don Enzo: - Isabella, o que você tem???ENFERMEIRA.... ENFERMEIRA...
Vejo a enfermeira entra no quarto e correr até onde estou, Don Enzo se afasta e ela aplica algum medicamento que me faz apaga.
Mas uma vez não vejo mais nada além de uma total escuridão.
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Depois de aplicar a medicação ela adormece, a enfermeira verifica a pressão e os batimentos de Isabella.
Enfermeira: — Ela estar estabilizando.
Don Enzo: — O que aconteceu?
Enfermeira: - Aparentemente uma crise de ansiedade, vou chamar o doutor para avalia-la melhor.
Fico ali andando de um lado para o outro, alguns minutos depois o doutor entra no quarto. Ele examina Isabella por alguns minutos.
Doutor: — Don Enzo..., ela teve alguma emoção forte?
Don Enzo: — Eu..., eu acho que acabei sendo sincero demais sobre o meu mundo, e o que os Solanos podem fazer com ela e com a família dela.
Vejo que ele repreende a minha atitude, mas não se atreve a falar nada.
Doutor: — Vou aplicar um medicamento mais forte, ela irá dormir até amanhã. Por favor, Don Enzo, ela precisa repousar.
Don Enzo: — Já entendi doutor.
Ele aplica a medicação e sai, uma enfermeira ficará de plantão no quarto cuidando de Isabella.
Resolvo ir tomar um banho e comer algo. Encontro Henrico na cozinha.
Henrico: — Como está a garota?
Don Enzo: — Não tá bem, acabaram de aplicar uma medicação forte para ela dormir a noite toda.
Henrico: — Mandei os seguranças para casa dos pais dela como pediu, e aquele idiota está sendo monitorado, ele não vai dar mais nenhum passo sem que agente saiba.
Don Enzo : — Obrigado Henrico.
Henrico: — Vamos jantar?
Sentamos juntos e jantamos, conversamos sobre os negócios, mas a minha cabeça está lá naquele quarto.
Quando termino resolvo ir até lá, ao vê-me a enfermeira levanta.
Enfermeira: — Pois não Don Enzo.
Aproximo-me da cama, Isabella dorme, mas seu sono não é calmo. Vejo que ela treme e geme enquanto dorme.
Respiro fundo e decido.
Don Enzo: — Pode sair, eu vou passar a noite aqui. Pode dormir na sala ao lado.
Isabella: — Senhor..., eu posso ficar na cadeira ao lado.
Olho sério para aquela mulher, como ela se atreve a questionar uma ordem minha.
Don Enzo: — Mandei você sair.
Ela abaixa a cabeça e sai, sento na poltrona ao lado da cama.
Vejo o sono de Isabella inquieto, sinto-me mau por ela tá passando por isso.
Coloco a minha mão sobre a dela, ela suspira fundo, fico acaricindo sua mão, percebo que ela vai se acalmando, acabo passando a noite no seu quarto. Aos poucos finalmente o sono dela vai serenando, quando o seu sono está profundo e calmo me arranjo ali mesmo, na poltrona e acabo dormindo um pouco.
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Atualizado até capítulo 29
Comments
Elza Teodoro
💗💗💗💗💗💗💗💗💗
2024-10-03
1
Luciane Souza
De tirar o fôlego o homem gostoso 🤭🤭🤭🤭🤭
2023-05-22
0
Dyna Borges
Teria medo 😰
2022-09-13
2