[Ep 3: Viagem]
O dia chegou, 18 anos e a grande viagem está perto.
Os pais de Jhow lhe acordaram cedo para que eles aproveitassem o dia juntos, e assim foi feito.
Presentes, abraços, cartas e frases, tudo o que fizeram antes do trem chegar.
— Obrigado, mãe. — Jhow abraçou sua mãe que chora como uma criança.
— Eu te amo tanto, meu filho... — ela disse enquanto o abraçava.
O aperto no abraço não é tão forte quando o que ela sente no peito, a dor de saber que apenas 18 anos não são o suficiente para ela, dói também para Jhow.
— Por favor nos dê alguma notícia quando chegar lá. — ela desfez o abraço e Jhow assentiu com a cabeça.
Julian havia chegado do trabalho e correu para abraçar seu filho.
— Meu menino! — o abraço se chocou — Estou tão feliz por você! — Julian pôs a mão na nuca do filho, fazendo um carinho para lhe deixar menos ansioso.
— Obrigado, pai, suas palavras me confortam muito. — ele fechou os olhos e as lágrimas caíram.
Ainda dentro de casa, Mariane viu as horas e percebeu que faltavam apenas 20 minutos para o trem passar.
— Filho, chegou a hora. — ela disse mostrando o relógio na parede.
Jhow suspirou e limpou suas lágrimas, logo tendo ajuda de seus pais para levar as malas ao ponto do trem.
[•••]
Mesmo que ele não quisesse que Mika estivesse aqui, ele sentiu falta dela. A garota não deu sinal nem como amiga e nem como tripulante do trem, isso deixou Jhow confuso mas decidiu ignorar, pensando que ela apenas desistiu da ideia.
— Eu amo vocês dois, não se esqueçam de mim. — Jhow disse enquanto abraçava pela última vez seus pais, e quando ele se deu conta, ele já estava dentro do trem, apenas acenando para seus pais.
As lágrimas caíram e caíram, era impossível controlar, a dor e a felicidade estavam ocupando o mesmo espaço, tudo era muito confuso para Jhow, mas ele se acalmou quando ouviu uma voz:
— Senhor? — uma voz feminina soou no vagão.
Ele olhou para trás e viu uma pessoa conhecida, mas era estranho pois ela estava de máscara e muito bem vestida, com agasalhos grossos e malas grandes.
Quanto mais perto ela chegava, mais Aidan tinha a impressão de que a conhecia, e então ele chamou-lhe pelo nome:
— Mika? — ele disse incerto, mas por algum motivo achava que era ela.
— Jhow? — os dois ficam em silêncio e sorriem um para o outro, era uma felicidade para ambos.
Ele se levanta e lhe abraça forte, sendo retribuído por ela.
— Você veio mesmo! — ele retirou a máscara dela e viu o rosto da garota. —Linda como sempre. — lhe elogiou pois é assim que eles fazem quando se encontram.
— Você também, senhor mandão! — eles riram.
Jhow não se sente mais sozinho e fica muito feliz de ter uma amiga próxima junto dele.
— Ainda não acredito que conseguiu vir. — Jhow se sentou e ajeitou seu lado para Mika.
— Aceita, Jhow! Agora você vai me ter te pertubando por perto. — ela se sentou e começaram a conversar sobre o que iriam fazer em Starterups.
— Gostaria de conseguir uma casa é um trabalho que me dê bastante dinheiro. — Jhow disse convencido, ele planejou muito o que fazer em Starterups e pretende se esforçar muito para isso.
— Que bom, Jhow. Também pretendo isso, mas quero aproveitar a cidade grande, ver tudo que o que pode me dar de experiências e aventuras... — ela respirou fundo, como se já estivesse satisfeita com os pensamentos e de estar no vagão.
— O que é isso? — Jhow disse assustado.
— O quê? — Mika lhe olhou esperando uma resposta, mas conseguiu ver com seus próprios olhos a resposta.
O trem havia chegado ao local, e estava se preparando para parar, mas algo parece errado. Onde está os prédios? As casas? As ruas? Onde está o sonho de tudo perfeito?
— Mas o que é isso? Esse não é Starterups! — Jhow ficou receoso e com medo.
— A gente só deve ter uma parada aqui, não? — Mika disse olhando mais para o lugar isolado e com um extenso matagal.
A visão não é a das mais belas. Casas abandonadas e cobertas de mato alto, árvores adentrando as casas, um verdadeiro caos!
Os carros estavam amassados e enferrujados, o chão molhado e esburacado, postes de luz desligados e velhos, tudo muito novo e velho para eles dois.
Onde estão os humanos?
— Definitivamente não! — Jhow se levantou e foi até a cabine de comando, onde deveria estar os comandantes do trem, mas está vazio. — Mika! — ele gritou lhe chamando.
Chegando lá e vendo o mesmo que Jhow, os dois entram em desespero.
— Isso deve ter sido um engano! Onde estão todos deste lugar? — Mika perguntou caminhando pelo vagão inteiro, a atmosfera começou a ficar tensa.
Jhow correu até a janela para ver se aquilo mesmo era real, e para o seu desespero, era de verdade, tudo era verdade, o seu sonho estava acabado.
— É sério isso? — Mika chegou e olhou também pela janela.
Os dois se olham e o medo está estampado nos rostos dos dois, é como um início de apocalipse, tudo está destruído!
— Você olhou na cabine se tem algum documento? — Mika deu a ideia.
— É, precisamos ver isso. — eles foram na cabine e começaram a procurar por algo que mostrasse o por que deles estarem ali.
As mãos passando desesperadamente por todos os lugares em busca de algum papel ou anúncio, estava se tornando um pesadelo a cada segundo, mas foi achado um papel que estava um pouco manchado, porém dava para ler.
“Para os próximo viajantes: se cuidem, não há saída! Ass: M.P”
— M. P? Não há saída? — tudo estava em processamento, até que uma batida forte foi ouvida na porta do trem.
Os dois se deslocaram até a porta e não viram nada e tomaram coragem de abrir, mas Mika disse:
— E nossos celulares? — deu a entender que queria ver se tinha sinal para ligação, mas ao olhar para os acentos, viu que não tinha nada. — Onde está? — correu até onde deveriam estar as malas.
Encontrando apenas os bancos vazios e um completo nada.
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Atualizado até capítulo 25
Comments
Gigi Lucas
eita eita eita
2022-07-21
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