Capítulo 3

Quando a Yoshida conseguiu chegar ao quintal já é tarde demais. Ela sentiu a presença deles, fazendo-a ficar totalmente cercada.

– E agora? O que você pretende fazer estando encurralada? – Perguntou um deles.

– O óbvio... – Respondeu enquanto se posicionava – Lutar. – Seu tom de voz é sério.

Hiromi ficou pronta para acertar as partes baixas do moreno, mas ele se defendeu.

– De jeito nenhum deixo você me acertar aqui novamente! Já sei qual é a sua artimanha, querida. – Disse sério.

– Então tinha sido ele que havia acertado naquela hora? – Pensou a Yoshida.

De repente, ela saiu de seus pensamentos quando os outros dois a seguraram com força, um ruivo e um moreno de cabelo amarrado. Ela rapidamente contra-atacou, dando uma rasteira no ruivo. Quando Hiromi está prestes a acertar o outro com um soco no estômago enquanto sua expressão mostra claramente a sua determinação, ela foi pega de surpresa por dois cachorros imensos da raça Rottweiler, sendo logo em seguida imobilizada pelos três rapazes.

Agora a rosada está convencida de que não há mais nada a ser feito, pois o Rottweiler é uma raça canina construída na Alemanha. Um cão mantido por comerciantes na área de Rottweil para trabalhar, logo se tornou um hábil guardião e pastor, e foi fundamental para tração. Devido ao seu valor prático, é conhecido em todo o mundo. Ele é descrito como inteligente, corajoso e dedicado. De corpo é um animal forte, de pelagem preta curta, com marcas amarronzadas, de forma forte e compacta, mostrando força, velocidade e resistência.

– Sentem-se!... – Uma voz autoritária vinda atrás deles os fizeram o obedecer, fazendo a Yoshida ficar impressionada com tudo aquilo. Treinar um animal daquela raça não é nada fácil e ela sabe muito bem disso, admitindo para si mesma que ele é muito bom no que faz – Se você dê mais algum passo pode ter certeza que os mandarei avançar! – Ela engoliu em seco imaginando na possibilidade de receber duas mordidas. Com certeza a arcaria dentária daqueles dois animais é o suficiente para decepar uma de suas pernas e ela não é louca de querer ter esse tipo de experiência sabendo que suas pernas fariam bastante falta para a mesma.

– Ela está imobilizada, Toshio. – Disseram os três.

– Toshio?... – A rosada ficou pensativa por pouco tempo ficando com aquele nome em sua mente e o gravando para não esquecê-lo – Então esse é o nome daquele homem misterioso de antes. – Concluiu.

...No local......

– Vocês fizeram um bom trabalho... Principalmente você Kentaro após soltar os cachorros... – Kentaro? Quem é Kentaro? – Agora, virem-se, está na hora de conhecer a garota que destruiu o meu escritório e assim gravar cada mínimo detalhe de seu rosto para poder pensar no que vou fazer com ela. – A voz dele saiu tão fria que pela primeira vez na vida estremeci de medo da sua escolha.

Tentei resistir, mas a força daqueles três juntas é imensa demais para conseguir impedí-los. Não quero olhá-lo e fiz o possível para evitar, mas quando vi já estavam me virando para a sua direção.

Só sei que quando nossos olhos se cruzaram e o vi por completo, fiquei totalmente imóvel e boquiaberta enquanto observo aquela figura a minha frente. Como um homem daquele pode ser tão lindo e ao mesmo tempo um bandido tão vagabundo? Essa foi a pergunta que não saiu de jeito nenhum da minha mente.

Realmente as aparências enganam e bastante, porque nunca vi algo daquele tipo. Ele é totalmente diferente da aparência que imaginei. Pensei em um homem mais velho um pouco gordo, fedorento, com a barba parecendo um terrorista islâmico tipo o Osama bin Laden chegando praticamente na barriga só que com dentes de ouro. Mas não, ele possui um tom de pele clara meio bronzeada e cabelos esverdeados escuros misturando com seus fios negros, curto e charmoso. Seus lábios são bem desenhados e sensuais, ele é másculo, alto e seus olhos completamente azuis lapís lazúli, os azuis mais lindos que já vi e que poderia ver – pronfundos como o oceano – possui tatuagem no pescoço. É realmente uma pena saber que aquele ser a minha frente é, na verdade, um disfarce sobre o verdadeiro demônio dentro de si.

[ Ficha Técnica ]

^^^"Eles acham que estão enfrentando uma pessoa, mas estão enfrentando um dragão."^^^

• Nome: Toshio.

• Sobrenome: Watanabe.

• Idade: Desconhecida.

• Profissão: Chefão da máfia.

• Aparência: Cabelos esverdeados escuros misturando com seus fios negros, curto e charmoso. Pele clara meio bronzeada e lábios sensuais. Olhos claros, lápis lazúli – pronfundos como o oceano – possui tatuagem no pescoço e um dragão nas costas simbolizando a sua superioridade e temperamento forte.

• Personalidade: Confiável, forte, reservado, determinado, organizado, cauteloso, vingativo, solitário, controlador, sedutor, orgulhoso, impaciente, intuitivo, exigente, rancoroso, inteligente, desconfiado, observador, responsável, corajoso, protetor, auto-confiante, impulsivo, perfeccionista e ambicioso.

• Estado Civil: Solteiro.

• Nacionalidade: Japonesa.

• Signo: Dragão.

• Pontos fortes: É muito bom no que faz.

Assim como eu ele não falou mais nada, apenas me observa com aqueles olhos vindos do céu e de um jeito intenso, tão intenso que começou a me dá ainda mais medo. Percebi que ele está realmente falando sério sobre a questão de gravar cada detalhe de meu rosto e depois dizer a minha sentença final me mandando para guilhotina. Aquilo tudo já ficou me incomodando bastante, não é nada fácil ser encarada pela  pessoa que vai me matar logo em seguida.

– Ela me parece familiar... – Meus pensamentos foram interrompidos pela voz de um deles, o ruivo – Tenho a impressão de já ter a visto em algum lugar. – Como assim ter me visto? Agora fiquei confusa.

– Espere um pouco... – O de cabelo amarrado se aproximou mais de mim e ficou me olhando – Ela não é aquela investigadora profissional do departamento das autoridades do Japão que vimos de longe enquanto saia da agência cheia de documentos Koji? – Perguntou um pouco indeciso após voltar a olhar para o ruivo e foi nessa hora que senti meu fim ainda mais próximo.

– Meu Deus, é ela mesmo. – Disse o ruivo assustado.

– O que?! – O bonitão e o moreno gritaram juntos boquiabertos.

– Quer dizer que vocês três trouxeram para o esconderijo da facção uma agente?! É isso mesmo?! – Ele está uma fera – Deveria estrangular vocês, seus imbecis! – Seu grito foi tão alto que me fez ficar na hora com dor de cabeça.

– Espere um pouco... – Olhei para eles totalmente assustada – Vocês são a facção?! – Não acredito que fui sequestrada por uma das gangues mais poderosas do mundo, isso com certeza só pode ser um pesadelo virando realidade.

– O que foi agora garota?... – Perguntou o moreno de olhos negros – Parece que viu uma assombração. – Mas vi mesmo.

– Ah não, agora só falta essa para me atormentar. – Disse o bonitão enquanto passa as mãos em seus cabelos nervoso e chuta a parede daquele imenso quintal.

– O que faremos agora Toshio?... – Perguntou o ruivo – Você tem que tomar uma decisão sobre isso o mais rápido possível, é agora mesmo que nós não podemos deixá-la escapar de jeito nenhum.

 – Qual é melhor escolher? Matá-la ou deixá-la viva? – Pronto, isso já foi o suficiente para fazer-me estremecer novamente e arrumar coragem para voltar a olhá-lo. Como uma criatura dessas consegue perguntar isso na maior tranquilidade?

– Acho que o mais coerente é matá-la. – Não, essa opção nem pensar. Alguém me salva, por favor.

– Não... – Espere um pouco, ele discordou? – Nós vamos deixá-la viva e continuar fazendo-a como prisioneira. – Ele está salvando a minha vida? É isso mesmo ou estou pensando besteira?

– O que?!... – O moreno ficou de repente alterado – Mas, por quê?! O certo é matá-la de uma vez!

– Você não sabe o que é certo Kentaro... – Esse é o Kentaro, não é? Filho da puta, querendo me matar. Se houver uma próxima ele vai ver, quebro a sua defesa milagrosa e acerto novamente esse maldito saco dele até virar uma borracha elástica flexível – Ao invés de matá-la nós podemos usá-la para colher mais informações. – Achei a resposta da minha pergunta, é apenas pura imaginação, ele quer me extorquir. Um dia desses ainda consigo fazê-lo chupar um pau de borracha para ver o que é bom nem que seja apenas na minha imaginação.

– Só que se ela conseguir escapar novamente nós estaremos perdidos. – Disse Kentaro.

– Foda-se, essa agora é a decisão do chefe... – Depois dessa você merece com certeza o meu respeito – Koji e Kentaro levem-na para o cativeiro, e Mitsuo prenda os cachorros... – Ele olhou para os dois cães que ainda estão sentados nos observando – Zeus e Poseidon, sigam-no! – Essas foram as suas últimas ordens antes de ele se retirar dali.

Ele pensa mesmo que esses cachorros são deuses gregos? Agora só falta cair um raio na minha cabeça e morrer afogada com as águas de Poseidon.

...Um tempo depois......

Kentaro e Koji levaram-na para um pequeno quartinho perto daqueles corredores, que são cheios de portas. Ela passou pelo escritório do chefe, mas a porta se mantém fechada e perto do mesmo tem outra porta. Talvez possa ser o seu quarto ou outro tipo de área, não tem como concluir nada. A casa é extremamente espaçosa, altas e baixas, e possui com certeza dois pavimentos. Mas ela é simples, o chão é de piso simples e todas as paredes possuem uma cor pêssego. Como já havia sido dito antes, é um esconderijo que ninguém será capaz de pensar em entrar ali para encontrar uma facção. É tudo uma fachada e longe da movimentação, em nenhum momento ela escutou sirenes tocando e barulhos de carros, aquilo deve ser tipo a rua da mansão Sugahara quando escurece e fica um completo deserto.

Koji abriu a porta e Kentaro a empurrou para dentro bruscamente.

– Ei! – Reclamou a Yoshida – Quer arrancar o meu braço do lugar?! – Perguntou irritada.

– Se fosse por mim já teria o arrancado faz tempo... – Ele respondeu em um tom totalmente frio – Não me atormente. Você não tem o direito de falar, aqui você não passa de uma prisioneira em seu devido lugar.

– O que foi? Está irritadinho ainda com o seu chefe e decidiu descontar na pobre vítima de vocês? Ou, você simplesmente não gostou de saber que sou agente? – Perguntou em um tom provocativo.

– Olha, sua...

– Kentaro, não... – O ruivo o segurou – Você precisa relaxar... – Disse enquanto o olha – Vamos, não vale a pena.

– Tá bom! Vou, mas antes... – Ele se aproximou de Hiromi e segurou o seu rosto com força, obrigando-a olhá-lo – Você pode ser o que for, agente, policial e até mesmo jornalista, não me importo com nada disso. É tudo um bando de merda e você não me intimida nem um pouco com esse papinho idiota... – Ele se aproximou de seu ouvido – Você não me conhece, sou Kentaro Nakajima e com a família Nakajima ninguém mexe. Posso muito bem voltar aqui a qualquer momento e decidir brincar um pouco com você... – Sua voz saiu completamente provocativa – Cobaiazinha.

Kentaro se levantou e saiu logo em seguida, deixando uma Yoshida totalmente desprevenida e assustada.

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