Capítulo 2

^^^— 14h30min da tarde, ^^^

^^^Maio.^^^

Quando Hiromi chegou ao seu apartamento recebeu uma mensagem do ruivo. Ela logo o respondeu.

– Como está a investigação? – Perguntou Hayato.

– Está tudo indo bem, se as coisas saírem como estou planejando não demorará muito para conseguir resolver esse caso... – Ela está digitando – Obrigada por se preocupar comigo... – Hiromi acrescentou um emoji de carinha sorridente – Como está à investigação da invasão a Casa Branca nos Estados Unidos?

– Conseguimos prender todos os marginais que invadiram a Casa Branca hoje, foi um total sucesso. Recuperamos todo o dinheiro roubado e devolvemos ao presidente. – Respondeu.

– Uau, isso é maravilhoso Hayato!... – Hiromi deu um sorriso contente pelo ótimo trabalho do ruivo – Estou feliz por você.

– Obrigado, agora estou de folga... Por enquanto, porque terei outra missão. Então, estive pensando se terá como você se encontrar comigo amanhã quando chegar dos Estados Unidos? Prometo que será rápido, só quero poder te ver um pouco.

– Tudo bem, não tem problema! Te encontro amanhã. – Essa foi a sua resposta. De qualquer forma a rosada precisa mesmo se distrair um pouco, a investigação está deixando-a muito cansada e não custa nada tirar um pouquinho do seu tempo para encontrá-lo.

– Você é demais. – O ruivo ficou claramente empolgado, o que a fez rir antes de encerrar a conversa e jogar o celular em cima da cama.

– Se não fosse pelo Hayato estaria totalmente entediada agora, estando aqui sozinha nesse apartamento... – Pensou a rosada após se jogar na cama – Ao mesmo tempo é tão solitário... Preciso dormir, nem sei como consegui levantar hoje para ir à delegacia, o meu estado estava deplorável.

Quando ela acordou, os seus olhos estavam com olheiras e os cabelos totalmente bagunçados. Hiromi teve que passar bastante base para tapar aquelas olheiras horríveis e para completar, ela nem teve tempo de tomar o seu café da manhã direito, saiu do apartamento apressadamente com aquela pasta em mãos. Já a roupa foi o de menos, ela sempre deixa o look pronto antes de qualquer situação.

Agora, tudo que a Yoshida está realmente precisando é de um bom cochilo e foi isso que ela fez, fechou suas pálpebras suavemente e dormiu para recompor todas as suas energias.

...O celular toca......

Algumas horas se passaram até Hiromi acordar assustada com o toque de seu celular. Na mesma hora ela deu um pulo da cama para pegá-lo no chão, porque provavelmente enquanto estava dormindo ele deve ter caído. A Yoshida agradeceu mentalmente por o celular não ter desmontado com a queda, se não ela não teria escutado a chamada.

– Oi, Arata... – Ela atendeu o celular – E então? Tem notícias? – Perguntou logo de imediato.

– Sim... – Respondeu – O comandante retornou com alguns homens da patrulha, quinze foram mortos por eles.

– O que?! Só o chefão e sua cúmplice fizeram tudo isso?! – A Yoshida ficou impressionada com suas habilidades. Uma patrulha com trinta homens é demais e eles conseguiram eliminar a metade dessa quantidade, o que é considerado algo quase que impossível. Nessas horas se passa pela sua cabeça se eles também são superdotados.

– Sim, também fiquei pasmado com isso tudo quando soube. – Disse o policial.

– O que aconteceu com eles? Conseguiram fugir? – Perguntou à rosada.

– Não, infelizmente, para o seu azar na investigação... Eles morreram... – Respondeu ele – Quando as balas da 38 do comandante estavam prestes a matá-lo, a sua cúmplice entrou na frente dele para protegê-lo enquanto fazia o seu próprio corpo de escudo. Ela acabou morrendo na hora.

– Isso é triste... – Sussurrou a rosada com a cabeça baixa após imaginar aquela situação desesperadora.

– Sim, também achei. Parece que o homem ficou totalmente enlouquecido com o que ocorreu e começou a disparar milhares de tiros seguidos, inclusive... Uma bala atingiu o braço do comandante Shigeo, mas ele está bem... – Disse Arata explicando resumidamente tudo que aconteceu – E mesmo assim ele teve que revidar, o matando.

– Entendo... – Disse Hiromi enquanto se senta na beira da cama – Então, isso significa que perdi novamente o meio mais eficaz de pegar a facção por completo. – A Yoshida ficou decepcionada com a notícia, porque não era isso que ela esperava como resposta.

– Realmente... Sinto muito Hiromi, nós não queremos atrasar ainda mais a sua investigação. – Disse ele arrependido.

– Não precisa ficar assim Arata, está tudo bem, esse é o trabalho de vocês. Seria demais exigir mais do que vocês fazem. – Ela está sendo sincera.

– Mas... Mesmo assim, se tiver algo que nós possamos fazer para ajudá-la é só pedir. – Acrescentou Arata.

– Pensando bem, tenho algo para pedí-lo sim. – Disse a rosada.

– O que você quer saber? – Perguntou ele.

– Quero saber o nome e sobrenome dos dois envolvidos no combate. Talvez isso seja útil em alguma coisa. – Respondeu Hiromi.

– O chefão se chamava Tadao Watanabe e a cúmplice Nozomi Watanabe. – Respondeu o homem de cabelos castanhos.

– Obrigada novamente Arata. – Disse Hiromi o agradecendo.

– De nada Hiromi, você sabe que aqui é sempre bem-vinda. – Ela sorriu no outro lado da linha.

– Então, até mais. – Ela se despediu e encerrou a ligação – A esperança é a última que morre... – A Yoshida está determinada – Isso ainda não acabou e sim está apenas começando.

...Algumas horas antes......

Um homem furioso espanca o ex-policial infiltrado Noboru Sousuke no porão da mansão, dando vários chutes e socos no rapaz até quebrar seu nariz e costela. Ele não consegue nem mesmo ficar de pé e implora o seu perdão.

– Por favor, me perdoa... – Disse enquanto cospe uma imensa poça de sangue.

– Te perdoar?!... – O tom dele foi de sarcasmo – Você fez realmente bem em fugir da delegacia a tempo, assim poço ter o prazer de cuidar de você com as minhas próprias mãos! – Ele deu mais outro chute em sua barriga, o fazendo bater a cabeça na parede.

– É cara... Ao invés de ter feito como o Yui, vai por mim, teria sido melhor. – Disse o outro rapaz que assiste tudo deitado no sofá com os pés em cima da mesinha de centro enquanto bebe uma cerveja geladinha e boceja com um ar de cansaço.

– Cadê aqueles dois?! – Perguntou o homem enquanto segura os cabelos do moreno para levantar a sua cabeça.

– Eles já estão vindo. – Respondeu enquanto deu outro gole de sua cerveja.

– Nós estamos aqui. – Disseram os dois após entrarem.

– Trouxeram a minha belezura? – Perguntou os olhando.

– Claro... – Responderam o entregando – Nós nunca esqueceríamos da sua preciosa espingarda. – Disseram dando um pequeno sorriso de lado.

– Ótimo... – Ele deu um sorriso satisfeito – Podem o amarrar agora.

Os dois se dirigiram até Noboru, pegaram-no e amarraram-no com arame farpado. Depois, se afastaram e ficaram do lado do homem com a espingarda nas mãos.

– Chegou a sua hora, quais são as suas últimas palavras? – Perguntou ele com um sorriso diabólico nos lábios enquanto o moreno o olha desesperado.

– Por favor, não faça iss...

– Tarde demais. – O interrompeu.

...POU! POU! POU! POU!...

– Pronto... – Ele assopra a fumaça que sai de sua espingarda – Podem começar a fazer a limpeza agora, os cachorros vão adorar a sobremesa de hoje. – Essas foram as suas últimas palavras antes de sair dali batendo a porta com força.

– Ele ainda está furioso pela morte deles. – Disse o homem que antes estava deitado no sofá.

– Com certeza, até mesmo eu. – Disse o moreno indignado.

– Eles eram muito mais importantes para ele do que para nós, dá para compreender a sua dor. Também adoraria me vingar daquele maldito policial. – Disse o ruivo enquanto dá uma fumada em seu charuto importado.

– A reunião para o plano começa que horas mesmo? – Perguntou o outro.

– Você só não esquece a cabeça porque é grudada no pescoço. – O ruivo botou a mão em seu ombro tentando reconfortar o parceiro – Vai começar agorinha mesmo. Então, fique atento pelo menos uma vez na vida.

– Mas sou atento. – Disse revirando os olhos.

– Só quando realmente quer e com essa cara de preguiçoso dá para perceber muito bem que você não está querendo porra nenhuma. – Comentou o outro moreno.

– Quando se trata do tio Tadao e da tia Nozomi as coisas mudam. – Essa foi a sua resposta.

– Que bom que você também pensa assim, mas agora vamos cuidar dessa nojeira aqui. – Comentou quase vomitando em cima do cadáver.

... Encontro com Hayato......

Lá está ela, em frente ao espelho passando hidratante em suas pernas sedutoras e macias depois de se perfumar com seu perfume francês importado e que possui um aroma delicioso. Logo em seguida, ela terminou de calçar os seus sapatos e passou o seu batom rosé com bastante cuidado para não borrá-lo. Ficou no final algo bem delicado, nada muito apagado e nem muito exagerado, no ponto ideal para um encontro civilizado. Mas é claro que ela sabe que logo não vai restar nenhum sinal de batom em seus lábios.

A Yoshida olhou a hora em seu relógio, pegou a sua bolsa e saiu do apartamento, deixando as chaves com o porteiro gay. Ele gosta muito de usar roupas coladas, hoje está usando um verde escuro. Ela não tem nada contra, na verdade, não se importa e nem tem nenhum tipo de preconceito, nem mesmo com o número da cueca dele ou se ele usa outra coisa que não seja uma cueca.

.... . ....

Ela saiu em sua Suzuki Spacia cor branca e seguiu o seu caminho. Quando ela chegou em seu destino Hiromi estacionou o seu carro perto da mansão dos Sugahara e foi terminar o restante de seu trajeto caminhando, encontrando assim com o ruivo parado perto da calçada em frente a um restaurante maravilhoso.

– Olá, senhorita. – Hayato pegou a sua mão e a levou até os seus lábios – É uma honra vê-la novamente. – Disse enquanto a olha. Ela sorriu.

– Está tentando ser civilizado agora, meu senhor? – Perguntou Hiromi em um tão brincalhão. Ele riu.

– Mais ou menos isso. – Dessa vez os dois riram.

– Também é uma honra vê-lo mais uma vez depois de tanto tempo de trabalho. – Ele sorriu para ela.

– Você está linda como sempre. – O seu comentário a deixou sem graça.

– Obrigada... – Ela sorriu o agradecendo – Nem tenho palavras para você, vamos dizer que está... – Ficou um pouco pensativa – Formalizado. – Ele riu com tal comentário.

– Você aceita o pedido de ter como acompanhante esse adorável rapaz? – Perguntou enquanto estende a sua mão direita.

– Tenho a impressão que você já sabe a resposta. – Disse enquanto segura a sua mão.

 – Felizmente, a sua intuição nunca falha. – A Yoshida não conseguiu conter o seu doce sorriso, com o Hayato é impossível não se sentir bem.

Passando em frente à luz do jardim e roda d'água caminhando sobre as pedras, eles possuem a sensação de estarem de volta ao tempo na cidade de Edo, a Tóquio de 200 anos atrás, apreciando a atmosfera extraordinária do restaurante com 6.600 m² de extensos jardins japoneses localizado aos pés da Torre de Tóquio. Essa é a famosa Tokyo Shiba Tofuya Ukai.

Ao chegarem eles logo foram levados para uma sala reservada e servidos por uma belíssima atendente vestida de quimono.

Hayato rogou uma combinação que consistia em vários pratos japoneses, como tofu caseiro, frutos do mar e legumes da estação. O tofu é feito de soja de alta qualidade e água de nascente, tendo um sabor rico e doce. Eles também pediram duas das especializações do restaurante Tosui-tofu e Age-dengaku. Em Tosui-tofu é colocado na sopa de Tosui adicionando dashi ao leite de soja. No Age-dengaku, o tofu é frito e fatiado em pedaços depois de cozido no carvão.

Como bebida, Hayato escolheu Nakamura soju com o objetivo de criar uma sensação de transparência no meio da força. Ingredientes de alta qualidade, como óleo de arroz, arroz e batata, são usados ​​para fazer soju. O arroz processado sob temperatura controlada é revestido com moléculas de álcool para um sabor mais luxuoso. Por meio desse processo, o álcool se transforma em riqueza e transparência. Um produto regular o Nakamura é misturado com soju cru e envelhecido, e soju recém-destilado. Seu sabor mistura história, clima, fontes como águas de nascentes e artesanato para criar uma experiência mais inigualável.

Depois do jantar foram para a zona de Kisshou-an, onde se encontram a art-nouveau e o estilo japonês. Este lounge está disponível apenas para clientes e eles podem se reunir para um bate-papo casual. O objetivo é que os clientes se sintam mais confortáveis ​​em um ambiente mais agradável e reservado, tendo assim uma noite maravilhosa.

Eles ficaram conversando e bebendo a horas, até que no final como um cavalheiro Hayato pagou a conta, se levantou e a ajudou a levantar-se, saindo assim juntos do restaurante.

– Simplesmente amei o jantar... – Isso foi o que a rosada disse enquanto andam um pouco – Estava delicioso.

– O que mais amei nem foi o jantar e sim a sua agradável companhia. – O ruivo não tira os olhos dela. Claramente está doido para beijá-la de uma vez ali mesmo, na calçada no meio da noite.

Eles param perto de seu Toyota Alphard branco.

– Hayato, aqui não... – Sussurrou a rosada enquanto sente a sua aproximação.

– O que foi? Não tem ninguém aqui... – Disse o ruivo convicto – Somente nós dois.

Inicialmente ela se sentiu meia tímida depois de ficarem tanto tempo distantes um do outro, mas não demorou muito para deixá-lo tomar seus lábios por inteiro.

O ruivo repousou as mãos entre os seus longos cabelos róseos e ela puxou alguns de seus fios avermelhados, transformando-se em um beijo intenso enquanto suas línguas se movem com rapidez. Hayato a imprensou na porta do carro e Hiromi entrelaçou os seus braços em volta de seu pescoço, suspirando fortemente sem se importar com o maldito alarme que disparou com o contato de seus corpos sobre o mesmo. Ele começou a beijar o seu pescoço dando lambidas lentas e prazerosas, mas quando estava prestes a distribuir chupões a Yoshida suspirou e o afastou.

– O que foi? Por qual motivo parou? – Perguntou o ruivo enquanto a olha intrigado.

– Nada disso... – Respondeu a rosada séria.

– Só foi um beijo no pescoço. – Disse se defendendo.

– Você sabe que tenho que chegar inteira em casa para continuar o trabalho no dia seguinte sem muitas distrações... – Disse Hiromi pensando na sua investigação – É difícil cobrir chupões.

– Oh, que mulher complicada... Pensa tanto no trabalho que não tem tempo nem para uma transa rápida. – Disse resmungando, o que fez a Yoshida rir disfarçadamente.

– Vou para o meu carro agora, ele está estacionado em frente à mansão Sugahara. – Disse Hiromi pronta para se afastar, mas o ruivo segurou o seu braço impedindo-a.

– Acho que você está se esquecendo de algo... – Disse o ruivo enquanto a vira para ele.

– O que? Um boa noite? – Perguntou a Yoshida enquanto se faz de desentendida.

– Engraçadinha... – Ele rapidamente a puxou para si, a rodou e fez ela deitar em seu braço, que está em volta de seu pescoço a segurando para não deixá-la desabar no chão – Te mostrarei como se faz. – Hayato rapidamente tomou os seus lábios para si novamente chupando-os e mordendo-os fortemente, deixando-a totalmente sem fôlego.

Depois desse beijo quente Hiromi ajeitou os seus cabelos e se aproximou de seu ouvido sussurrando.

– Isso não é nada para Hiromi Yoshida, porque ela é fogo e fogo quando se espalha é difícil de apagar. – Ela saiu sem dá tempo de o mesmo dizer algo, mas para provocar ainda mais fez questão de sair naquele rebolado sensual.

O ruivo ficou a observando com um longo sorriso nos lábios até a Yoshida desaparecer por completo de sua vista. Ele logo em seguida entrou em seu carro e partiu.

.... . ....

Hiromi anda totalmente distraída pensando no ruivo, ela nunca se divertiu tanto assim como se divertiu com ele.

Enquanto caminha a escuridão tomou conta totalmente da calçada de repente. A rua da mansão Sugahara de noite sempre foi a mais iluminada, mas estranhamente as luzes nesse dia ficaram mais fracas. Hiromi não encontrou nenhuma alma viva naquele local, o movimento ficou mais fraco e se tornou um completo deserto. Com as luzes fracas o clima ficou muito silencioso, até mais que o de costume. Antes ela achou que não precisaria se preocupar em voltar sozinha até o momento de sentir três homens segurando-a. A Yoshida tentou se defender, mas não conseguiu localizá-los direito e foi nesse momento que ela tentou gritar por Hayato pensando que ele poderia ainda está lá, mas sua boca foi rapidamente abafada por uma mordaça. Logo em seguida, ela os sentiu colocarem uma máscara em seu rosto deixando-a totalmente desorientada, mas mesmo assim a mesma conseguiu sentir como se estivessem tentando amarrá-la com cordas. Foi exatamente nessa hora que ela decidiu fazer algo, de jeito nenhum se permitiria deixar ficar tão fácil assim sabendo que estão tentando a sequestrar.

Tudo que ela conseguiu ouvir foi um deles gemendo de dor e gritando com o chute que recebeu provavelmente nas suas partes íntimas.

– Aaaah! Caralho, o que essa garota tem?! Fogo no cu?! – Gritou o homem.

– Pare de reclamar e venha ajudar aqui, ela não deixa de jeito nenhum a gente colocar as cordas. – Hiromi escutou outra voz, mas nenhuma pareceu ser familiar para ela.

– Estou tentando, cacete! Não é você que está com o pau doendo... – Disse voltando a segurá-la – Vai, anda logo, antes que essa garota acabe dando outro chute no meu saco!

– Não tem um dopante aqui não? – Perguntou outra pessoa com uma voz diferente das outras duas.

– Não, nós pensamos que não seria necessário. – Respondeu alguém.

Com muito sacrifício finalmente conseguiram jogá-la para dentro do carro preto brindado que parecia uma van.

– Mano, se soubesse que essa Sugahara seria tão bruta assim teria com certeza me prevenido. – Disse dentro do carro.

– Sugahara?!... – A Yoshida ficou pensativa – Oh, eles estavam tentando sequestrar a Naomi? Mas, por quê? – Os seus pensamentos acabaram sendo interrompidos quando um deles disse mais alguma coisa.

– Com certeza as aparências enganam. A garota parecia ser tão dementada, coitada. – Comentou.

– Ela é tão “dementada” que mesmo com uma máscara soube mirar direitinho o seu ponto de ataque. – Dessa vez ela escutou risadas, provavelmente dos outros dois. Na verdade, até ela deu vontade de rir nessa hora, mas soube se conter. Hiromi sabe diferenciar a brincadeira da realidade e o que está acontecendo ali é bem sério, mas no fundo ela está se sentindo aliviada por poder salvar uma vida. O problema agora é que a dela está com certeza em jogo.

Eles haviam a amarrado várias vezes, uma mais ou menos acima dos joelhos e outra lá embaixo (nos pés). Já uma está abaixo de seus bustos e outra acima deles. Também sem contar que botaram os seus braços para trás e amarraram as suas mãos. Está mais que na cara que aquilo tudo havia sido bem planejado, só que eles acabaram errando a sua vítima e não irá demorar muito para descobrirem isso. Ela precisa procurar se soltar o mais rápido possível, primeiro tentando desamarrar as cordas da mão.

Existem duas etapas que o departamento de investigação ensina: 

1° – Tente desamarrar as mãos e depois folgue as cordas dos pés, fazendo isso tudo você já estará mais de 50% garantida.

2° – Espere o momento certo para atacar e terminar de retirar as cordas dos pés, porque depois que elas ficam folgadas já se torna mais fácil eliminá-las após o ataque.

Hiromi sentiu o carro parando e isso significa que eles chegaram ao seu destino. Ela logo ouviu um deles descendo e abrindo a porta para retirá-la. Depois, sentiu outro deles que estava com ela atrás segurando-a firmemente pelo braço e forçando-a para sair o mais rápido possível.

Eles a obrigaram a entrar em algum lugar, provavelmente uma residência e logo em seguida fizeram-na acompanhá-los. Hiromi não sabe por onde está passando, mas parece ser um local estreito.

– É uma espécie de corredor. – Concluiu a Yoshida atenta a cada som, até mesmo ao som de seus próprios pés.

Tudo ali ficou silencioso até o momento de ela escutar um deles batendo com força em uma porta de madeira. Uma voz completamente diferente das três surgiu de forma autoritária.

– Entrem. – Seu tom de voz é sério, disso ela não teve dúvidas.

Eles logo o obedeceram.

– Trouxeram-na? – Ela ouviu fortes estalos como se o mesmo estivesse praticando um pouco aquele jogo de acerto, no qual você tem que mirar exatamente no centro.

É exatamente isso que ele está fazendo, só que no centro ele colocou uma foto de quem tanto quer vingar.

– Sim... – Responderam – Ela está aqui.

– Ótimo... – Sua voz foi ficando cada vez mais próxima deles, com certeza ele está indo em suas direções – Ajoelhe-se.

– Espera um pouco, ele está me dando ordens? É isso mesmo?... – Pensou a Yoshida indignada – Mas que abusado, me sequestra e ainda por cima quer me por de joelhos? Ninguém merece! – Ela revirou os olhos por trás daquela maldita máscara.

– Eu disse... – Ela o sentiu encostar os seus lábios em seu ouvido direito – Ajoelhe-se. – Sua voz é completamente rouca e ela percebeu que ele já está começando a ficar irritado com a sua desobediência.

– Vai pra merda. – Essas foram as suas únicas palavras, mesmo com o pano em sua boca ainda foi capaz de sair alguma coisa em forma de murmúrio. Porém, o homem escutou muito bem o que ela havia dito e isso o fez ficar totalmente indignado com aquilo.

Hiromi apenas sentiu uma imensa dor nos ombros quando ele os apertou com bastante força e a obrigou a ajoelhar-se. As suas mãos são tão firmes e fortes que a Yoshida sentiu os seus ombros ficarem completamente doloridos, fazendo-a liberar um pequeno gemido de dor.

– Tirem essa maldita máscara da cabeça dela!... – Disse enquanto ainda se acalmava – Faço questão de analisar a minha mais nova vítima, ou melhor... Nossa vítima, porque aqui o trabalho é em equipe. – Ele deu um sorriso de canto.

Então, eles logo tiraram, mas a Yoshida continuou com a cabeça baixa. Ela não deseja que ele observe o seu rosto e muito menos ter que olhar para aquele marginal.

– Espere um pouco... – O homem rapidamente soube que aquela garota não se tratava da Sugahara – Mas essa não é a filha do policial, ela não tem cabelo rosa!

– O que?! – Todos ficaram espantados olhando para o cabelo dela.

– Mas que droga, vocês erraram na vítima! – Com certeza ele ficou furioso.

Nesse momento, a Yoshida rapidamente se aproveitou da situação e partiu para o ataque. Aquele é o momento ideal para ela começar a agir antes que seja tarde demais para ela. Hiromi rapidamente com as suas mãos soltas deu um soco em um deles sem olhá-los diretamente e apoiou-se com a outra mão no chão, ficando assim de cabeça para baixo enquanto bota a cabeça do outro indivíduo entre as suas pernas. Ela ainda está com aquela corda folgada, dando assim um giro de 360 graus e fazendo o mesmo cair no chão logo depois após sentir as cordas dos pés se soltarem por completo durante o ataque. Nesse mesmo instante a Yoshida foi para cima do outro, ela deu uma bela cambalhota e logo em seguida acertou um belíssimo chute em sua barriga, partindo assim para aquele último homem que aparenta ser o novo chefão, mas a única coisa que ela fez foi empurrá-lo com o máximo de força que conseguia por causa da sua imensa força física e sair correndo imediatamente daquele local. Tudo isso tinha sido feito em uma curta linha de tempo, foi impossível eles conseguirem revidar.

– Merda... Tenho que sair logo daqui... – Pensou Hiromi enquanto tira aquela mordaça inútil de sua boca e passa pelos corredores correndo o mais rápido que pode – Se eles me pegarem novamente... Com certeza irão me matar.

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