10. Pedido de casamento

Era início da noite quando Dianna decidiu ir até ao hospital de Seattle, já havia passado quase duas semanas que Junior não falava com ela, não atendia suas ligações e nem ligava. Irritada demais por não ter resposta ela entrou no hospital e falando com uma das atendentes procurou por ele. Não demorou muito para Junior aparecer, quando a viu ele ficou atônito, mas se aproximou dela devagar.

- Porque mentiu? Ele pareceu irritado.

- Desculpa, era a única forma de você falar comigo, te liguei a semana inteira, o que aconteceu?

- E dizer que é mãe de um dos meus pacientes, é o certo?

- Já pedir desculpas, o que há de errado?

- Dianna, eu sei que você e meu irmão estão se entendendo, eu não tenho o direito de atrapalhar.

- Não, você enlouqueceu, de onde tirou isso?

- Por favor, não se faça de inocente, eu vi vocês dois no shopping duas vezes esta semana e ele estava muito bem agarrado a você.

- Não diga isso, sabe como é seu irmão, eu nem queria ir, mas ele me obrigou.

- E precisava andar de braços dados com ele?

- Então, é só por isso, ou existe algo mais? Porque você sabe que não amo seu irmão. Ele ficou em silêncio por alguns segundos olhando fixamente para ela.

- Case comigo Dianna, eu não suporto mais saber que você está com ele e não comigo. Ela também ficou olhando para ele, sem saber o que dizer, mas Junior continuou. - Eu recebi uma proposta excelente onde terei mais tempo para cuidar do meu filho e queria que você fosse comigo.

- Mas... Você sabe que não posso.

- Ainda tenho um tempo para decidir, então você pode pensar a respeito.

- Quer que eu fuja com você?

- Não, eu quero que case comigo, um casamento verdadeiro. Ele acariciou o rosto dela. - Vamos para Medina, vou ser diretor do hospital, já comprei uma casa lá, vamos viver nossa vida, eu, você e Lucas.

- Você sabe que não posso, Medina fica ali, do outro lado da cidade, seu pai nos acharia.

- Não entendo você, o que quer então, viver ao lado do meu irmão, é isso?

- Seu pai disse que eu rompi uma cláusula do contrato e que nunca poderei ficar livre do seu irmão, o Gregory não te disse isso?

- Não, mas ele falou que encontrou uma brecha no contrato, precisamos resolver isso, não suporto saber ou imaginar que o Kevin tocou em você.

- Sim, eu sei. Só estou esperando o Gregory ligar. Enquanto conversavam o pager que Junior carregava apitou três vezes seguidas, ele olhou o aparelho depois voltou para ela dizendo:

- Eu preciso ir. Ele a beijou depois disse. - Sinto sua falta. Ela não pode evitar que um sorriso saísse de seus lábios, agora só precisava cancelar aquele maldito contrato, mas ela não tinha ideia por onde começar. Quando Dianna chegou em casa já passava das 20 horas e Kevin parecia furioso, assim que entrou, ele disse:

- Onde você estava?

- Sou sua prisioneira também? Ele a pegou pelo braço.

- Sabe que não pode sair sem mim.

- Me solte. Ela saiu dos braços dele. - Não ouse tocar em mim dessa forma, você não é meu dono.

- Veremos. Ele saiu da sala e seguiu em direção ao quarto, subiu as escadas devagar, parecia irritado, algo tinha acontecido com ele aquela noite e ela preferiu ficar distante. No quarto de hóspedes Dianna deitou na cama pensativa, não sabia por onde começar, mas com certeza Gregory tinha as respostas. Na manhã seguinte Kevin saiu bem cedo, quando ela despertou ele não se encontrava, sem esperar mais nenhum segundo pegou o telefone e ligou.

- Gregory, pode falar?

- Sim, ainda estou em casa e tenho novidades para você, vou te passar um fax com todas as informações, e um amigo meu vai entrar em contato com você por esses dias, ele é um excelente advogado e vai ficar com seu caso, volto a te ligar ainda hoje. Depois de encerrar a conversa ela foi até o escritório para receber o fax, que não demorou a chegar, nele continha instruções de como proceder diante da brecha encontrada no contrato. Agora só precisava se encontrar com o advogado indicado por Gregory e tudo seria resolvido, pensava ela, mas não sabia que as coisas não seriam tão fáceis assim, no entanto Dianna estava confiante e sonhava com o momento de estar ao lado de Junior sem interrupções.

Numa noite quente de verão Dianna se dirigiu para o quarto mais cedo, estava feliz demais com o novo rumo que seguia em sua vida, Kevin ainda não tinha chegado quando ela se deitou, entretanto ele não demorou a chegar. Ela dormia profundamente e sonhava com Junior, os dois estavam aos beijos. “Junior caminhou na direção dela sorrindo, acariciou seu rosto, depois lhe puxou rapidamente colocando seu corpo contra o dele e a beijou, um beijo apaixonante, urgente que aquece todo o seu corpo, depois sussurrou em seu ouvido, seu hálito quente enviou arrepios de prazer por sua espinha.

- Feche os olhos e deixe eu te mostrar o quanto a quero. Ela gemeu baixinho...”

No entanto, depois de um banho demorado, Kevin se vestiu e foi para a cama, olhou Dianna por algum momento, depois deitou-se e ficou mexendo no celular. Enquanto ela continuava mergulhando profundamente no sonho com Junior. “...seu toque era quente e suave ao mesmo tempo, com uma mão ele apertava sua cintura enquanto a outra explorava suas curvas, os dois ficaram ofegantes ao mesmo tempo, cada toque, cada beijo que eles compartilhavam era eletrizante, impossível de resistir. Junior espalhou beijos por todo o seu corpo, deslizando suas mãos por baixo de sua blusa tocando na sua pele nua, num beijo quente ele chupou sua língua e o anseio inflamou suas veias aumentando o desejo dentro dela cada vez mais, ele tirou a roupa dela e segurou suavemente em seus seios, levando sua boca em um deles, ela gemeu alto...” Kevin ficou olhando para Dianna com desejo, ela contorceu o seu corpo sobre a cama e gemeu mais uma vez, Kevin sentiu a cheiro da excitação dela, ele tirou uma mecha de cabelo que cobria o seu rosto, depois beijou a curva do seu pescoço, afastou a alça da sua camisola e continuou beijando-a, ela, ainda presa em seu sonho com Junior, agarrou os cabelos de Kevin puxando-o para mais perto de si, porém, quando despertou e abriu os olhos gritou tão alto que os dois ficam assustado, sua respiração estava pesada que mal conseguiu falar por alguns segundos, mesmo assim ele volta a tocá-la.

- O que pensa que está fazendo? Protestou ela.

- Foi você que me beijou. Ele sorriu num deboche. - Eu só correspondi, e até onde sei você estava gostando.

- Você está louco. Ela levantou da cama tentando se recompor, cobriu-se com o seu roupão de cetim e saiu do quarto enquanto ele ria descaradamente, desceu as escadas em pensamentos confusos, e sentiu nojo por aquele homem ter beijado ela, foi até a geladeira pegou água e sentou-se ainda lembrando do sonho.

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