9. Descobertas comprometedoras - Parte 2

Duas horas mais tarde Dianna chegou no lugar marcado e lá estava ele, usava boné e casaco de gola alta. Ela sentou-se ao lado dele e sorriu.

- Eu agradeço por ter vindo e peço desculpas por demorar tanto, na verdade, precisava me manter distante para sua segurança, saiba que seu pai nunca teve nenhuma dívida com “eles”, na verdade seu pai guardava uma fortuna, para você, para seu futuro, mas o erro dele foi confiar demais na pessoa errada e é por isso que Richard quer te manter presa a família dele, para que possa usufruir das suas ações.

- Porque nunca me disse nada?

- Eu não podia, ele ameaçou minha família, tenho os documentos e trouxe para você, precisa guardar em um lugar seguro, não pode deixar em casa e outra coisa, eu achei uma brecha no contrato e vou ajudá-la a se livrar dessa família, agora você precisa ir, fale com Junior, ele te passara as informações necessárias, manterei contato. E boa sorte.

Quando a noite chegou junto com o ar fresco do início do verão, Marta se aproximou de Dianna e disse:

- O jantar está pronto e o Sr. Kevin acabou de ligar dizendo que chegará cedo para o jantar.

- Estou sem fome, mas me diga uma coisa, alguns dias atrás você disse que meu pai não tinha feito dívida nenhuma, porquê? O que você sabe? Ela baixou a cabeça desapontada.

- É um assunto delicado e eu preciso desse emprego.

- Por favor, não me deixe no escuro, preciso de você Marta e eu prometo que jamais ficará sem emprego.

- Seu pai sempre frequentou essa casa, ele tinha um negócio muito importante e que valia bilhões, o Sr. Richard convenceu seu pai a ser o responsável prometendo a ele 60% dos lucros, bom, o negócio deu certo, mas seu pai não ganhou nada, por isso eles brigaram e Sr. Richard ameaçou seu pai depois que ele pegou sua parte das ações e investiu em outro negócio totalmente diferente, tudo começou depois disso. Marta acariciou o rosto de Dianna com carinho, como se quisesse confortá-la e continuou a falar. - Desculpe te falar essas coisas, mas o Sr. Richard e o Kevin não valem nada, o único que se salva é o Júnior, se você o ama, deveria ir para longe antes que eles destruam sua vida. Dianna estava atônita diante das revelações, naquele momento ela não podia fazer nada, mas com certeza as coisas não ficariam assim, descobrir a verdade agora era sua prioridade. Marta se dirigiu a copa e no mesmo momento Kevin apareceu, entrou cantarolando baixinho e carregava uma caixa vermelha com detalhes de coração. Ele aproximou-se dela dizendo:

- Boa noite meu amor, como foi o seu dia? Dianna se manteve no mesmo lugar, mas ele sentou bem próximo dela e a beijou no rosto, com raiva e nojo daquele homem, ela se esquivou, mas não disse nada, enquanto ele continuou falando. - Trouxe isso para você. Ele entregou para ela uma caixa.

- Não precisa tentar me agradar. Ela empurrou a caixa de volta para ele.

- Por favor Dianna, pare com isso, estou sendo gentil, fazendo meu papel de bom marido.

- Não perca seu tempo, nunca serei sua.

- Como disse, estou tentando, mas fica a seu critério, podemos resolver isso amigavelmente ou terei que obrigá-la. Ele sorriu. - Sinceramente querida, eu prefiro que as coisas entre nós se resolvam amigavelmente. Em seguida ele se levantou e continuou falando. - Vou tomar um banho e venho para jantarmos juntos.

- Eu estou sem fome.

- Não importa, quero você jantando comigo. Ela não disse nada, preferiu se manter em silêncio e obedecer, não provocaria uma discussão, não agora que estava um passo à frente. Depois do jantar ela se retirou, mas Kevin se manteve na sala, ele deu alguns telefonemas, depois bebeu um pouco de vinho, antes de se dirigir para o quarto, enquanto isso, assim que Dianna entrou no quarto seu telefone tocou.

- Dianna. A voz do outro lado da linha parecia preocupado.

- Junior!?

- Eu te liguei o dia inteiro, porque não me atendeu?

- Eu sinto muito, não posso conversar, Kevin está aqui e logo subirá para o quarto.

- Não gosto dessa ideia de você dormir com ele na mesma cama.

- Não se preocupe, logo tudo isso termina, tenho que ir agora.

- Me liga amanhã?

- Está bem. Ela desligou e foi para o banheiro, se despiu e entrou no chuveiro, enquanto se banhava Kevin entrou sorrateiramente e olhando para ela maliciosamente perguntou:

- Porque não abriu o presente que lhe dei? Quero que use hoje à noite. Ela gritou assustada, tentando em vão cobrir o corpo com as mãos.

- Saia daqui Kevin! Saia!

- Qual é o seu problema? Eu sou o seu marido, e você só precisa aceitar isso.

- Por favor, saia.

- OK, já entendi, te espero na cama. Ela terminou o banho e vestindo um pijama se dirigiu para o quarto, mas antes de deitar Kevin abriu a caixa vermelha que tinha dado para ela, tirando de dentro uma camisola minúscula, ordenou. - Vista.

- Eu não vou vestir isso.

- Vai sim, eu não quero obrigá-la, então vista e venha para cama. Ela sentiu uma raiva tão grande que deu vontade de chorar, mas pegou a roupa das mãos dele, voltou ao banheiro, vestiu a camisola e retornou ao quarto. Era difícil não se sentir envergonhada e tentando se cobrir com as mãos parou diante dele.

- Satisfeito? Ele se levantou devagar e perigosamente veio até ela.

- Perfeitamente linda, você é muito gostosa e eu quero... Naquele momento Dianna não deixou que ele continuasse e dando alguns passos para trás disse.

- Não ouse tocar em mim.

- Só vou tocar se você quiser.

- Eu não quero, então vou dormir. Ela imediatamente deitou na cama e se cobriu completamente, ele ficou olhando para ela, havia malícia nos seus olhos, mas naquela noite ele não fez nada que ela não quisesse, entretanto, quando deitou, aproximou-se dela tocando suavemente seu corpo sobre o lençol, ela enrijeceu, mas ele não fez nada além disso.

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