30 minutos. faltavam 30 minutos para Benjamin bater em minha porta e começarmos um encontro/despedida. E como eu estava? Só faltava subir pelas paredes, eu estava uma pilha de nervos, eu nunca tive um encontro e ainda mais um encontro/despedida. Não que eu fosse feia ao ponto de nenhum cara me convidar para sair, pelo ao contrário, vários caras já me convidaram para sair, mas euzinha aqui gosta de outro cara, cujo o cara se chama : Benjamin. Sim isso mesmo, eu gosto do Ben nem sei a quanto tempo, só sei que, bem eu já estava ali caidinha por ele. Eu e ele sempre fomos amigos, mas quando eramos criança ele não era um galã, ele estava mais para um gordinho comilão, mas conforme que ele foi crescendo e malhando, ele se tornou basicamente um Deus grego.
Em frente ao meu espelho, olhando para o meu reflexo pela milésima vez, me avaliava. Eu estava com um vestido azul claro e esvoaçante, com um sapato alto cinza, meus olhos castanhos estavam pintados e meu cabelo louro e caheado estava preso em um coque, onde deixava umas mechinhas soltas.
Voltava a minha atenção para o relógio que estava preso na parede fazendo tic-tac, que só me deixava mais nervosa, faltavam 10 minutos. Andando para um lado e por outro e vários "se" rondavam em minha cabeça. E se ele desistiu de tudo; E se ele descobriu que iria embora no dia seguinte; E se ele desistir do encontro como vou me despedir dele?
A campainha tocava. Ah meu Deus! É ele! Olhava para janela e o via. Ele estava com um jeans azul claro, uma camisa chadrez azul e branca onde as mangas estavam enrroladas até a cima dos cotovelos, e que no qual estava aberta dando a visão de uma blusa branca onde os músculos dos peitorais prencionavam um pouco, os cabelos negros estavam num pequeno topete.
Com um suspiro nervoso, ia em direção da porta e abria, onde era recebida por perfeitos dentes brancos onde se alinhavam em um sorriso.
–Mel...-Encarava os olhos negros penetrantes de Ben, onde pareciam me avaliar, fazendo que ruborizasse um pouco. -...você está linda!
–O-obrigada- Gaguejava um pouco. Que patética que eu era!
–Vamos? - Ele estendia o braço, e eu encaixava o meu, onde ele me guiava até o carro dele e abria a porta para mim, deixando que eu entrasse em seu carro.
Entrando no carro dele, olhava para as minhas mãos, enquanto ele entrava no banco do motorista. E um pensamento veio em minha mente: Eu não sabia onde iriamos.
–Ben? -Falava assim que ele ligava o carro.
–Sim? - Ele me olhava.
–Aonde vamos? - Ele sorria e voltava a atenção para a estrada.
–Bem você vai ver.
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Meu queixo caía, eu não esperava que ele me levasse aqui, para um parque de diversão. Bem não que eu não gostasse, na verdade sempre quiz ir em um, pois eu nunca tinha ido! Como eu tinha dito, eu morava bem longe de tudo, então nunca tinha ido realmente a um parque de diversão, só aqueles parquinhos onde tinham balanços e pula-pula.
O parque era enorme, bem parecia, pois tinha até um estacionamento, onde dava para ver a roda- gigante. O estacionamento tinha bastante árvores onde fazia sombras para os carros. Mas o sol parecia se por, já que o céu estava alaranjado e a outra parte escura já aparecendo algumas estrelas.
–Surpresa?- Ben dizia assim que estacionava o carro.
–Ben, isso é maravilhoso! -Dizia animada, querendo logo sair do carro e ver mais do parque. Benjamin parecia perceber isso, pois saia do carro e abria a porta para mim, estendendo a mão, no qual eu pegava, e ficava grata, pois minhas pernas pareciam gelatinas. Ficar 1 hora no carro não era moleza não!
Andando e de mãos dadas com Ben, desejando que esse dia nunca terminasse, observava o parque. Ele era realmente grande e brilhante, tinha luzes por todo lado: Dos postes, dos brinquedos e até nas barraquinhas! Tinha todos os tipos de brinquedos que você pode pensar: Roda-gigante; Carrinho bate-bate; Trem-fantasma; Montanha Russa; E até cinema! Mas aqueles cinemas onde podemos ver dentro do carro!
–Bem por onde vamos começar?- Falava animada.
–Bem...eu estava pensando na Montanha-Russa, antes que de comermos alguma coisa, sabe...-Benjamin sugeria. E bem foi uma ótima ideia, não queria que no meu primeiro encontro acabesse vomitando.
–Ótima ideia!- Dizia animada. Estava pronta para explorar aquele parque.
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Fomos umas 3 vezes na Montanha-Russa depois exploramos todo o parque, bem menos o cinema e um outro brinquedo, mas esses a gente tinha deixado por último. Com um sorriso enorme no rosto, tagarelava com Benjamin sobre todos os brinquedos que tinhamos ido.
– Cara você tinha que ver a cara da mulher quando o fantasma tocou nela!- Dizia rindo.
–Na verdade você tinha que ver a sua cara quando foi tocada por um!-Disse ele segurando o riso.
–Ei!- Dava um soquinho de brincadeira no braço dele.- Seu bobo!- Tentava fazer um bico, mas não conseguia, só conseguia rir,e com isso nós dois riamos. Logo quando recuperávamos do ataque de risos, dizia.
–Agora qual brinquedo vamos?- Perguntava limpando um pouco as lágrimas de tanto rir.
–Só falta dois, então estava pensando ir na Roda-Gigante.- Ele pegava a minha mão.
– Ah. Esta bem.-Ele entrelaçava os nossos dedos e caminhava em direção da Roda-Gigante.
O pequeno gesto fazia o meu coração bater mais forte, mas respiarava fundo e entrava na cabine da Roda-Gigante, me sentando em um dos bancos, estando ainda mais nervosa enquanto o tempo passava. Mas quem não estaria nervosa? Normalmente é aqui que os casais se beijam! E bem, eu tenho ainda que me despedir dele! E pelo que eu vejo é melhor me despedir antes que eu mude de ideia. Benjamin entrava na cabine, onde sentava no outro banco, deixando nossos rostos de frente para outro. Me deslizava para a janelinha.
–Aqui tem uma visão linda...-Dizia, desviando a minha atenção para Ben, convidando-o para ver a paisagem.
–Realmente, é linda.-Ele dizia alguns minutos depois, e no canto do olho dava para perceber que ele estava olhando para mim e não para a paisagem.
Um sorriso crescia em meus lábios, tentando parecer distraída e não nervosa, como eu estava realmente. Olhava para minhas mãos, onde ficava mexendo um dos anéis que estavam em meu dedo. Não conseguia suportar aquilo, precisava falar com ele, antes...
–Mel...-Ben me chamava, com uma voz suave, fazendo meu coração bater mais rápido. Olhava para ele, fazendo que minha franja caísse de lado em meu rosto, já que graças a Montanha-Russa tinha desfeito o coque, deixando o meu cabelo solto e um pouco revoltado.
–Ben...-Minha voz se perdia no momento em que Benjamin estendia o braço e ajeitando a minha franja, onde colocava atrás da minha orelha, deixando um pequeno formigamento ao roçar a minha pele e me fazendo prender a respiração.
Olhava para os olhos dele , onde mergulhava na imensidão daqueles olhos negros, deixando me perdida em pensamentos. Até que meus olhos ia para seus lábios, onde demorava um pouco ali, até Ben sussurrar novamente o meu nome, e se inclinar pra frente como eu fazia.
–Benjamin eu não posso...-Falava, no momento exato onde nossos lábios estavam centímetros um do outro. Recuava um pouco para olhá-lo.
–Mas, por que?- Ele parecia magoado.
–Porque...-Olhava novamente para a janela, na tentativa de me acalmar. A visão era realmente linda. O céu estrelado, a lua grande e bonita, onde iluminava as águas que batiam contra as pedras. Mas infelizmente o meu coração continuava a bater forte. -Porque vou me mudar Ben.
–Se mudar? Você e Rose?- Uma das sobrancelhas escuras de Ben se levantava.
–Sim.-Falava fracamente.-Mas Rose não..
–Rose não? Mel então aonde você vai? Pelo que eu sei, você só tem a Rose e como você pode deixá-la depois de tudo que houve?-Ben olhava perplexo para mim. Eu suspirava.
–Não vou deixar Rose. E tenho outra pessoa sim...-Benjamin me interrompia.
–O que? Não me diga que vai fugir com outro. Mel, não acredito que você esta fazendo isso COMIGO! Então por que veio? Por quê aceitou o meu convite?- Ben saía da cabine, parecendo nervoso. Tínhamos chegado no solo, onde deixava também a cabine e o seguia.
–BEN! Espera! -Gritava o nome dele, ele andava de pressa, mas logo parava ao ouvir que o chamava.
Demorava um pouco para chegar perto dele, mas mantinha uma distância entre nós.
–Benjamin me escuta. Eu não vou fugir com outra pessoa.-Ele continuava de costas para mim. - Eu vou morar com minha mãe!-Gritava e passava por ele, estando um irritada com ele. O que ele pensa que eu sou? Fugir com outro? Sério?
Ben pegava na minha mão ao passar por ele e me puxava um pouco.
–Com a sua mãe? -Ele falava num tom baixo. Parecia não acreditar. Irritada olhava para ele, onde me deparava com um rosto triste. Meu coração apertava.
–Sim...-Me aproximava dele. -Eu já me encontrei com ela já faz dois meses. E ela fez essa proposta, iria pagar minha faculdade e tudo, iria conhecer ela, eu fiquei bem surpresa até desconfiada, mas já falei com minha avó.-Falava depressa.
–Você tem mesmo que ir? - Encarava novamente aqueles olhos negros, onde pareciam tristes. Meu coração se apertava mais um pouco.
–Sim..-Falava fracamente.
Ele apertava a minha mão e me puxava, e me surpreendia com um beijo. Meus olhos aos poucos se fechavam, e me rendia aquele beijo. No começo era lento e suave, mas aos poucos ia se transformando em um beijo intenso e até um pouco suplicante. Um dos braços envolvia a minha cintura, a sua mão se deslizava do meu rosto para a minha nuca. Depois de um longo tempo e meio hesitante, ele afastava os nossos lábios.
–Mel...-Ele falava com dificuldade, pois ainda pegava fôlego. -Tem mesmo que ir? - Me afastava um pouco dele, ainda me recompondo do beijo.
–Ben, eu preciso ir. Essa é a minha única oportunidade, não posso desperdiça-la.
–É isso que não entendo.-Ele se afastava de mim, e um frio me dominava.-Ela aparece não sei quantos anos depois e agora aparece ainda com essa proposta! - Ele passava a mão na nuca, parecendo frustrado.
–Ben, por favor, entenda, é a minha única oportunidade. -Segurava a mão dele. - Vai ser bom para mim e para Rose também. -Ele sacudia um pouco a cabeça, mas por fim suspirava e me olhava.
–Acho que já esta na hora de irmos.- Por fim, soltava a minha mão e caminhava em direção ao estacionamento.
Caminhava atrás dele, não sabendo como encara aquela situação. Bem, pelo menos eu já disse que iria me mudar...
Ben estava parado me esperando com a porta aberta, mantendo o bom cavalheirismo. Como não posso não gostar dele? Suspirava um pouco, e me sentava no banco do passageiro. É, parece que deixei ele realmente...abalado.
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A viagem foi silenciosa. Parado em frente a minha casa, quer dizer, ex-casa, a partir de amanhã, olhava para o Ben, que parecia somente esperar que saísse de seu carro.
–Vou embora amanhã.-Dizia já abrindo a porta do carro, tentando não olhar para ele. Andava o mais rápido possível para a porta, querendo logo entrar em meu quarto, pois os meus olhos pareciam já arder e as lágrimas já começavam a brotar em meus olhos.
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Atualizado até capítulo 27
Comments
Rosane
Aaaah leva o Ben junto!!!
2021-12-01
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