Estela- Sabe menina Isabel. Talvez o
progresso não seja tão bom assim.
- Afirmou decepcionada.
Isabel- É, aqui não é mais um lugar pacato.
Estela- Para você Isabel- A senhora falou mostrando uma pequena caixa
Isabel- Não precisa vovó. Aliás eu só
completo anos daqui a uma semana.
Estela- Eu sei querida, mas me deu vontade
de te dar hoje- Falou abrindo a caixa, retirando
uma pulseira de pérolas e colocando no
braço direito da jovem.
Isabel- Obrigada vovó. - Agradeceu com lágrimas nos olhos.
Estela- Agora vá abrir a porta. Não aguento mais esse barulho.
Quem batia na porta era a vizinha. A filha
dela estava doente, ela se revezava entre
trabalhar e cuidar da filha, porque o marido
dela foi um dos primeiros a desaparecer.
Marry- Boa tarde.
Isabel- Boa tarde.
Marry- Você têm algum trabalho para hoje a tarde Isabel? Fico tão envergonhada! Sabe, Luna piorou...tenho um trabalho para hoje a tarde e não poderei ir, mas já me pagaram. Gastei metade, mas tenho a outra parte aqui. Você poderia ir em meu lugar?- Perguntou esticando a mão para dar o dinheiro.
Isabel- Não tenho trabalho para hoje a tarde. Irei em seu lugar. Pegue esse dinheiro e compre remédios para Luna. - Respondeu fechando a mão dar mulher.
Marry- Obrigada. Você é um anjo.
Isabel narrando
Tomei um banho, vesti lingerie preta e uma calça preta surrada, mas que ainda cabia perfeitamente em mim. Depois vesti um camiseta branca, e coloquei uma jaqueta azul por cima. Aquela jaqueta pertencia a meu irmão. Foi uma das poucas coisas que ele deixou pra trás antes de partir.
Era inverno, e o vento soprava forte agitando
a capa das árvores, enquanto o céu estava nublado anunciando a chegada de uma
tempestade.
Esfreguei as mãos na tentativa de aquece-las, depois as coloquei nos bolsos da jaqueta e segui adiante.
Thales- Oi, Isabel.
Isabel- Oi.
Thales- Quer uma carona?- Perguntou quase parando o carro.
Isabel- Não, obrigada.
Thales- Alguém já te falou que és a moça
mais linda da região?
Isabel- Não têm tantas moças assim na
região, não é?
Thales- A sua beleza ofusca até as estrelas!
- Falou abrindo os braços com o carro ainda em movimento.
Isabel- Conquistador, maluco.- Falei virando as costas o ignorando.
Fazia um ano que Thales havia se mudado para o vilarejo, ele era gerente da fábrica,
embora fosse um cara legal eu não estava
interessada em me envolver com ninguém.
Caminhei por duas horas, meus pés doíam, pois minhas sandálias estavam desgastadas.
Senti um alívio quando cheguei próxima aos limites da enorme propriedade. Ao me aproximar dos grandes portões, ouvi gritos de desespero! Os dois homens que estavam de guarda, se retiraram.
Fiquei aterrorizada, e pensei em correr para longe dali, mas minha consciência não permitiu. Se alguém estivesse precisando
de ajuda?
Caminhei na ponta dos pés, sendo guiada por gritos estridentes, depois de um tempo caminhando avistei um celeiro. Me aproximei cautelosamente e encostei o rosto para olhar entre as frestas que haviam entre um madeira e outra.
A cena que eu vi a seguir foi aterrorizante! Nunca havia visto tal coisa nem em meus piores pesadelos!
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Atualizado até capítulo 33
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