Capítulo 5

Tayla

Eu só quero dormir para sempre e esquecer que perdi meu pai. Foi o momento mais doloroso da minha vida, mas a vida seguiu sem ele, infelizmente.

Meu aniversário de vinte e quatro anos chegou e com ele daqui há dois meses meu divórcio do Tommaso. Em dois meses faz seis anos que me casei com ele, nesse tempo de casados foram poucos os momentos que ele demonstrou algum tipo de sentimento por mim.

Mas ao mesmo tempo que demonstrava logo voltava a ser o mesmo Tommaso de sempre, babaca incorrigível. Nossas mães se juntaram e insistiram em fazer uma festa de aniversário para mim.

Sendo sincera só quero que passe rápido esses dois próximos meses. Não quero festa, não quero nada, até porque agora não tenho meu pai para comemorar comigo.

— Não vamos aceitar sua negativa com relação a festa, Tayla. Sua sogra já comprou tudo, mandou fazer os convites, até comprou as roupas que você e seu marido vão usar. — minha insuportável mãe está aqui.

— Que ótimo, mãe. Vocês também não querem escolher a idade que eu vou fazer? A música que vou dançar e a bebida que posso beber? Que tal decidirem a hora que eu devo ir para a cama também?

— Só vou ignorar essa sua falta de respeito porque sei que ainda não se recuperou da morte do seu pai.

— Não fale dele. — quase grito — Fale e faça o que quiser comigo, mas não se atreva a falar dele.

— Pois bem, libere seu dia amanhã. Você não pode sair de casa, precisa descansar para aproveitar bem a festa.

Minha mãe sai do meu escritório e me deixa sozinha com meus pensamentos. No dia seguinte fiz o que elas queriam, fui a bonequinha do dia e quando a noite caiu a festa que eu não queria começou.

Logo me vi virando várias e várias taças de vinho, eu já não sabia mais o que estava dançando. Sinto mãos na minha cintura e um sussurro no meu ouvido:

— Não acha que já bebeu demais e já dançou demais? — Tommaso, não importa o nível de álcool no meu sangue, seu perfume e sua voz são facilmente reconhecidos por mim.

— Não acho, se não está gostando me leve para o seu quarto e me puna por ser uma esposa má. — sussurro no ouvido dele.

— Não me provoca, Tayla. Você não sabe o quanto eu me seguro perto de você. — ele sussurra de volta enquanto suas mãos apertam minha cintura cada vez mais.

— Então, não se segure, querido. — ao sussurrar mordo sua orelha de leve.

Tommaso me pega no colo no meio da festa e sobe a escada rápido. Parece que eu não peso nada em seus braços, logo estamos num quarto que agora não sei identificar se é o meu ou dele já que Tommaso me colocou de pé e não para de me beijar.

Sinto a mão dele se juntar e rasgar o meu vestido de seda vermelho me deixando apenas de calcinha que logo sai do meu corpo quando ele a tira usando os dentes.

Assim que ele fica de pé o ajudo a se livrar de suas roupas. Quando ele está completamente nu me empurra me fazendo deitar na cama enquanto agarra minhas coxas com força me puxando para a beirada da cama e enfiando seu rosto na minha intimidade.

Meu corpo foi todo para frente ao senti-lo sugar com tanto desejo. Logo esse suga suga se transforma em um beijo no meu ponto sensível, esse filho da puta é muito bom nisso e me dá um orgasmø que faz meu corpo tremer.

Sinto sua língua entrar e sair de dentro de mim, é delicioso, mas eu quero mais. Seguro firme seu cabelo e o puxo para cima de mim, mas sua boca vai direto para o meu seio enquanto seu membro escorrega na minha entrada.

Faço um esforço para ver o tamanho e entro em pânico, é grande demais, grosso demais e eu sou virgem ainda. Mas libertei a fera do sexo em Tommaso e ele não vai parar agora.

Ele me beija, logo começo a sentir a pressão na minha entrada e penso que aquilo não vai caber. Minhas mãos estão agitadas, Tommaso segura as duas entrelaçando seus dedos nos meus e colocando-as acima da minha cabeça.

Nesse momento a pressão vira dor momentânea e o sinto entrar dentro de mim centímetro por centímetro, a sensação que tenho é que ele nunca vai caber por completo até que sinto sua pélvis na minha.

Depois disso meu corpo entrou em êxtase, o álcool tomou conta e eu não vi a noite passar. Exausta depois de tudo o que Tommaso fez comigo, posições que eu nem sabia que existiam, adormeci.

Acordo no meu quarto, sozinha. Olho minha roupa de cama e está limpa. Será que sonhei que fiz sexo com Tommaso? Mas se foi isso onde está o meu vestido e por que estou nua?

Vou para o banheiro, sinto entre as minhas pernas inchada, de frente para a pia do banheiro vejo as marcas pelo meu corpo. Tem chupão no meu pescoço, seios, barriga e quando me viro tem até nas minhas costas.

Me toco e sinto minha intimidade inchada e dolorida. Eu não acredito, nós fomos para a cama juntos e ele me coloca no meu quarto pela manhã como se eu não fosse nada?

Tomo um banho, visto uma roupa que cubra todas as marcas que ele fez em mim e no meu pescoço uso maquiagem. Saio do quarto a procura dele, mas a funcionária da casa me diz que ele saiu com duas malas trinta minutos atrás. Ligo para ele que me atende e fica mudo.

— “Você passa a noite comigo e me descarta pela manhã fugindo feito um covarde?”

— “Não estou fugindo, estou indo para a Itália. Um de nossos vinhedos principais foi incendiado criminalmente. Não sei quando volto para o Canadá.”

Ele desliga, como não consigo acreditar em suas palavras ligo para sua mãe que me confirma o estrago financeiro que isso vai causar para a empresa deles.

Com isso volto para a minha vida, minha empresa vai bem. Ter dois sócios poderosos ajuda muito, já que não sofro mais ataques como antes.

Os dois meses passam, não vejo o Tommaso desde o meu aniversário e hoje depois de passar mal no meu escritório descubro que estou grávida. Hoje completa os seis anos do nosso casamento e eu estou grávida do meu marido que vai se divorciar de mim.

Chego na mansão na esperança de encontrar ele, mas a funcionária da limpeza fala algo que me deixa sem chão.

— Senhora, o senhor Caccini passou aqui depois que a senhora saiu para trabalhar e levou todas as coisas dele que estavam aqui. Disse para a senhora assinar o documento que está na sua cama.

Vou até o meu quarto e ao pegar o maldito envelope nas mãos posso dizer que já sei do que se trata. Puxo o documento que está escrito acordo de divórcio, está com a assinatura dele. Pego meu telefone e ligo para ele que atende irritado, escuto gritos no fundo, mas não sei de quem são.

— “O que você quer, Tayla?”

— “Tommaso, nós precisamos conversar, não podemos nos divorciar.”

— “É mesmo? Por que? Não vai me obrigar a ficar com você só porque transamos, vai?”

— “Quer saber, vai pro inferno, Tommaso. Você pode voltar implorando de joelhos que eu não vou te aceitar de volta.”

Desligo a chamada e ainda escuto ele perguntar porque eu liguei, mas eu não respondo. Sou milionária, tenho uma empresa e não preciso dele para criar esse bebê. Mesmo que eu tenha a certeza de que amo aquele filho da puta assinei o acordo de divórcio.

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