Tommaso
Ouvir a voz melodiosa daquele figlio di puttana, comune mascalzone chamando Tayla de pequena me deixou bem irritado, assim como descobrir que ela se manteve virgem esse tempo todo também mexeu comigo.
Sou homem, não transo com ninguém a muito tempo e ela é uma mulher atraente com um corpo tentador e isso não facilita para mim. Hoje em especial me vi a deitando em cima da mesa e arrancando aquele terninho com a boca do corpo dela.
Mas o beijo, o beijo foi o cazzo de um erro. Fui fraco, não deveria beijá-la, perdi a razão, ouso dizer que se não fosse a visita das nossas mães nós iríamos parar no quarto.
Decido passar uns dias na minha mansão para esfriar as coisas dentro e fora de mim. Ela me viu com a mala e não fez perguntas, deve ser porque ela também precisa de espaço.
Deixo a mala no carro e subo para o meu escritório na empresa. Consegui o que eu tanto queria, modernizei a empresa de vinhos da minha família e estamos exportando para mais países.
— Senhor Caccini, me chamou? — meu assistente, Oscar Miller, entra na minha sala.
— Sim. O que você sabe sobre o Santoro Maximus?
— Santoro Maximus? Senhor, ele é o líder de vendas de jóias no nosso país.
— Ele é casado?
— Não, senhor. Apesar de ser um homem de quarenta anos, é bem popular entre as mulheres por causa do seu charme sedutor.
— Cazzo, fanculo, bastardo dell'inferno…
— Senhor, estou ao seu lado tempo suficiente para entender os palavrões que diz em italiano.
— Mande alguém vigiar os passos da minha esposa, tudo o que ela faz durante o dia.
Ele sai e logo volto meu foco no trabalho, no final do dia recebo o primeiro relatório do investigador e descubro que não é apenas Santoro que ronda Tayla, um tal Apolo Downey também.
Ambos sócios dela na sua empresa, eu poderia acabar com esses dois num pequeno acidente de carro. Acidentes acontecem todos os dias.
Fico fora da mansão por uma semana, ligo todos os dias para saber como Tayla está e se está indo para casa. Tudo estava bem até que uma das funcionárias diz que ela não saiu do quarto dela.
Volto para casa e ela ainda está no seu quarto, não saiu para nada. Eu bato algumas vezes e ela não responde o que me faz entrar para ver o que está acontecendo.
Ela está ajoelhada no chão com parte do seu corpo em cima da cama enquanto chora muito. Eu me aproximo dela e pergunto:
— Aconteceu alguma coisa com a sua empresa?
Ela não levanta seu rosto, apenas responde com a voz abafada:
— Meu pai… morreu. Eu perdi a pessoa que mais amei nessa vida. Tá doendo muito, Tommaso, faz essa dor passar, faz passar.
Não sei o que fazer, não perdi meus pais, como vou ajudá-la? Faço ela se sentar na cama e olhar para mim.
— Tayla, nós nascemos para morrer um dia. Eu não posso te ajudar com essa dor porque ela é sua, mas estou aqui do seu lado para te apoiar. É o máximo que posso fazer por você.
Me sento ao lado dela na cama e deixo que ela coloque a cabeça no meu ombro. Passo a noite com ela ali, chorando pelo pai que faleceu.
Quando amanhece a convenço a tomar um banho para se preparar para o enterro. Depois que ela está pronta resolvo perguntar a causa da morte.
— Ele estava com câncer terminal e não contou para ninguém. Nem sei dizer onde era o maldito câncer já que depois que falaram que ele faleceu não ouvi mais nada.
Ela chora mais um pouco até que seguimos para o velório do pai dela. Chegando lá ficamos ao lado do caixão por um tempo, decido ir respirar um pouco lá fora e quando volto tem dois homens ao lado de Tayla com as mãos em seus ombros.
— Vocês não sabem consolar sem tocar? — pergunto ao me aproximar.
— Não acha que está sendo indiscreto num momento doloroso? — Santoro me encara e eu fecho meu punho para socá-lo.
— Rapazes, estamos aqui para apoiar a Tayla, deixemos essas coisas banais para depois, de preferência bem longe daqui. — Apolo fala de um jeito florido idiota.
— Tayla… — puxo ela que vem sem reclamar — é melhor você comer alguma coisa, vem comigo.
Abraço ela e olho para eles enquanto giro a aliança no meu dedo. Ela não recusa a comida, mas também não come direito.
Voltamos para o salão principal e logo o corpo do meu sogro é levado para ser enterrado. No momento em que o caixão desce, Tayla desmaia. Vejo Santoro e Apolo vir na direção dela, a pego no colo e falo para eles:
— Nem pense em tocar nela na minha frente. Vocês são apenas sócios dela no trabalho, não deveriam nem estar aqui.
Falo enquanto ando na direção da saída, mas Santoro que parece amar me desafiar fala:
— Não somos apenas sócios dela, somos seus melhores amigos. É uma pena que ela casou com alguém tão babaca.
Me viro para ele com ela ainda em meus braços, beijo a testa dela e aperto seu corpo junto ao meu.
— Está vendo isso? — dou um selinho nos lábios dela — Essa é a diferença entre o marido babaca aqui e vocês, o que vocês apenas desejam fazer com ela, eu faço.
Levo Tayla para casa e a coloco na cama dela. Meus olhos captam cada movimento do seu corpo analisando dos pés à cabeça. Eu não tenho sentimentos por ela, por que agi daquele jeito lá no funeral do pai dela?
Apago a luz do quarto dela e vou para o meu. Apenas dois anos, só preciso aguentar mais dois anos. Logo esse casamento vai acabar e ela vai viver a vida dela com quem quiser e eu sigo a minha vida conforme deve ser, sem um casamento forçado.
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Atualizado até capítulo 31
Comments
Lindsay 🌻
apolo é gay❤ outro não.... 💀
2025-11-09
1
Marli Santos
hum você vai se apaixonar
2025-11-09
1
Deise
É isso que eu também quero saber 🤭
2025-11-09
0