05- O limite cruzado.

A porta do escritório se fechou forte. Finn se recostou. O modo como ele falou funcionou; ele odiava ser enganado e gostava menos ainda de dever algo a alguém.

— Finn: Um erro caro. Isso não vai acontecer de novo.

O caso da "virgindade" de Camille e a suspeita de que a mulher no quarto não era ela o incomodavam. Se não foi ela, quem seria? E por que o nome da Camille estava no registro do hotel? A única coisa certa para ele era que ela queria chantageá-lo para se casar com ela.

Ele ligou para o seu assistente pessoal.

— Finn: Preciso de uma investigação. Quero saber tudo sobre o que aconteceu no hotel. Descubra quem estava comigo. Faça isso de um jeito que ninguém desconfie.

— Assistente: Entendido, senhor. Será feito com total discrição.

Enquanto isso, depois de decidir no banco da praça, Elara secou o rosto e foi para a Universidade de Oxford. Seu rosto estava calmo.

Ela subiu os degraus e foi para o escritório da Diretora. Ela esperou sem pressa.

— Elara: Diretora, bom dia.

— Diretora: Bom dia, Elara. Sente-se, por favor.

— Elara: Eu decidi ir morar fora do país em Paris. Eu preciso da minha transferência e do histórico da faculdade para me matricular.

— Diretora: Mas me diga, por que a pressa em ir morar fora do país?

— Elara: Sabe como é meu pai, né? Ele quer que eu tenha novos estudos com novas experiências em uma nova faculdade na França.

A Diretora, sabendo que Elara era filha de Arthur Sinclair, concordou.

Elara esperou muito tempo. A Diretora voltou e lhe deu uma pasta com todos os papéis para ela ir para Paris.

— Diretora: Aqui está, querida. Tudo que você precisa. Boa sorte na sua nova vida.

— Elara: Obrigada.

Elara saiu da universidade. Lá fora, ela viu suas duas amigas, Lia e Clara.

Lia e Clara correram para ela e a abraçaram forte.

— Lia: Elara! Oi!

— Clara: Que bom te ver!

— Elara: Oi, meninas. Que bom ver vocês.

As três foram para o café ali perto. Sentaram-se em uma mesa no canto.

Elara contou tudo o que tinha acontecido: a traição de Arthur, a humilhação, a noite passada com um homem estranho, a relação sexual e a decisão de ir para Paris naquele dia, abandonando tudo.

As amigas ficaram chocadas, mas se recompuseram rápido.

— Lia: Meu Deus, Elara! Que horror! Seu pai cruzou todos os limites! E essa história da noite passada... Meu Deus!

[ Foto de Lia ]

— Clara: É inacreditável! Não olhe para trás. Você é mais forte do que ele pensa.

— Lia: Você tem toda a razão em ir, você é forte. Pegue isto, vai ajudar.

— Clara: E aqui está mais. Você vai precisar de cada centavo em Paris.

— Lia: Prometa que vai nos mandar o endereço. Queremos saber tudo sobre sua vida nova!

— Clara: Nós vamos te visitar assim que pudermos! Mantenha contato!

[Foto de Clara]

— Elara: Eu prometo. Vou manter vocês informadas de tudo. Amo vocês.

Com a dor e o coração pesado, Elara pegou o dinheiro. Ela se despediu, virando as costas para o lugar que chamou de casa.

Elara foi direto para o aeroporto. Ela comprou uma passagem para Paris, o destino de liberdade que sua mãe queria.

No avião, sentada na janela, ela sentia a dor no peito. O motor ligou. O avião correu rápido.

O avião levantou.

Elara olhou pela janela. A humilhação era sua única força. Ela prometeu que nunca mais seria a menina fraca que Arthur Sinclair jogou fora.

Em Paris, ela ia começar do zero.

Camille entrou na Mansão Sinclair, ainda irritada pela rejeição de Finn. Ela encontrou Viviana na sala de estar.

— Viviana: O que aconteceu? Você conseguiu? Para o seu quarto! Rápido! — disse Viviana, olhando em volta, com medo de Arthur. Elas subiram as escadas rápido e entraram no quarto de Camille, fechando a porta.

— Camille: Mãe, eu falhei! Ele não vai se casar comigo. Ele me disse que eu sou só mais uma, que a vergonha é minha e mandou eu sumir da frente dele!

Viviana bateu a mão na mesa.

— Viviana: Cala a boca, Camille! Ele fala isso para te assustar. Ele está te dando medo. Mas o que ele fez está feito.

— Camille: Mãe, o que eu faço agora?

— Viviana: A chantagem ainda vale. Ele vai casar, mesmo que a gente precise forçar. Agora sai daqui e não faz mais nada de errado!

Viviana abriu a porta e saiu do quarto, fechando-a atrás de si. Camille ficou sozinha, com raiva, mas pensando.

O silêncio na Mansão Sinclair era pesado depois que Elara foi embora.

Na hora do jantar, Arthur Sinclair estava na ponta da mesa grande. Ele parecia muito mais velho. Seu rosto estava sem cor.

Viviana e Camille entraram na sala de jantar. Elas agiam como se nada tivesse acontecido. A comida foi servida.

Viviana olhou para o lugar vazio de Elara.

— Viviana: Arthur, a Elara não voltou ainda? Onde ela está? Ela devia estar aqui para o jantar.

Arthur olhou para ela, sem emoção.

— Arthur: Ela saiu. Eu mandei ela ir embora.

— Viviana: Meu Deus! Você mandou ela ir? Para onde ela foi? Ela fugiu?

— Arthur: Ela se foi! Onde, não me interessa.

Viviana fingiu estar triste, pegando na mão de Arthur.

— Viviana: Querido, ela é sua filha. Você não pode...

— Arthur: Para, Viviana! Não quero falar mais nisso. Acabou.

Arthur largou o guardanapo e se levantou.

— Arthur: Vou voltar para o escritório. Ninguém me chame.

Arthur saiu da sala. Viviana e Camille trocaram um olhar rápido e sorriram.

— Camille: A chantagem do casamento vai dar certo, mãe. É só esperar.

Viviana apenas concordou, olhando para a porta que Arthur fechou.

O avião de Elara pousou no aeroporto de Paris. Depois de toda a viagem, ela seguiu para um hotel simples e foi descansar.

Olá, meus amores! Tudo bem com vocês? Eu queria saber o que vocês estão achando da história. Estão gostando? Deixem seus comentários para eu saber. Não deixem de curtir; isso ajuda muito o livro na divulgação. Beijos, tenha uma boa noite!

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