Lin Wei:
A rosa que o jardineiro me deu ainda está na minha mão, enquanto meu dono me segura firmemente na outra. Ele sabe que não vou fugir – isso é basicamente impossível com um chip implantado no seu corpo - mas quer ter total controle sobre meus passos.
— Aqui é a sala, meu querido — diz meu senhor, me guiando para um cômodo espaçoso. Consigo deduzir isso por causa do som que não é abafado. Ele guia minha mão até as poltronas com tecido macio, os sofás muito fofos e confortáveis. — Você tem permissão para andar por toda essa casa, enquanto eu estiver fora. Sinta-se como se a casa fosse sua.
— Está bem, meu senhor… — digo, tateando os móveis com cuidado. Percebo que existem algumas esculturas que imitam pessoas nuas. Toco os seus rostos com atenção. — Essas estátuas… parecem bastante realistas…
— E são, meu anjo — ele diz, tocando o meu pulso de leve e guiando minha mão até o seu rosto. — Não tem interesse de saber como é o rosto do seu senhor? Pode tocar, se quiser.
Sinceramente, não quero tocar seu rosto, mas como não posso fazer desfeita, tateio o seu rosto com cuidado. Sua pele é de um homem de uns 30 anos, sobrancelhas grossas, lábios carnudos, pele macia, apenas com algumas rugas aqui e ali na testa. Ele tem uma leve barba. Seu cabelo parece ser macio e liso…
— O que achou? — ele pergunta.
— Meu senhor deve estar em ótima forma — digo, tentando sorrir. — Seu rosto não tem imperfeições.
— Advinha quantos anos tenho.
— 30 anos?
— Errado.
— 35?
— Quase.
— 38?
— Chegando perto.
— 40?
— Acertou — ele diz, acariciando o meu rosto. — Fico feliz que achou que tenho 30.
— Bem, só pareceu ao toque… — sussurro, envergonhado, vendo que está agarrando minha cintura com força. — Por favor…
— O que foi? — ele sussurra, me cheirando no pescoço. — Você cheira a leite…
— Por que o senhor mandou cortar os espinhos das rosas? — pergunto, tentando disfarçar meu nervosismo ao ser tocado por ele.
— As rosas são lindas, mas não precisam de espinhos para existir… Espinhos só servem para atrapalhar e ferir quando pegamos. Me dá essa flor da sua mão. Amanhã você pode pedir outra…
— Eu gostei dessa — digo, afastando minha mão quando ele tenta retirar a rosa dela. — Quero guardar para mim.
— Ok, faça como quiser… — ele diz, lambendo meu pescoço. — Vamos para o quarto, não estou aguentando mais…
— O que…
E antes que eu pudesse terminar minha frase, ele me puxa pelos corredores com uma mão agarrando o meu braço. Meu coração bate forte que parece que vai sair da boca. Eu sei o que ele vai fazer. Eu só queria que não fosse hoje, logo no primeiro dia.
Depois de alguns passos, ouço uma porta se abrir e ele me puxa para dentro de um cômodo logo em seguida.
Escuto a porta ser trancada rapidamente, o que me dá uma sensação de sufocamento. Ainda estou segurando a rosa que Tian Cheng me deu. Tenho medo de soltá-la e não aguentar mais.
— Você sabe o que vai acontecer agora, né? — diz meu senhor, me empurrando para uma cama que imagino ser enorme. — Seus cuidadores te avisaram, não é mesmo?
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Atualizado até capítulo 44
Comments
Juliana R.M
Tadinho dele agora começa o verdadeiro sofrimento 😢
2025-10-31
1
•°•°•Louis•°•°•
.....😭😭😭😭😭
2025-11-04
1
Lilihh
eita
2025-10-19
1