Expliquei toda a situação para o capitão que compreendeu super bem a situação, muito melhor que eu esperava e embarquei, o barco era um verdadeiro luxo, algo saído de um filme, o quarto nem parecia ser de um barco, era tão confortável que eu nem conseguia sentir que estava flutuando sobre as águas, coloquei meu melhor biquíni e saí para tomar sol, deitei-me na espreguiçadeira e sorri olhando o céu azul de tom perfeito, aquele lugar tinha um verdadeiro efeito calmante sobre mim, os pássaros voavam parecendo acompanhar o barco, peguei um livro na minha bolsa e fiquei me deliciando com a leitura, não estava sendo coo eu tinha imaginado, porém eu estava feliz, Ethan não importava mais, era uma vaga lembrança em minha mente, eu seria feliz com Magnus, sim, eu seria sim, muito feliz.
O dia passou tranquilo, era como se o tempo não passasse da mesma forma no barco, liguei várias vezes para Cecília falando sobre as maravilhas do cruzeiro.
- O Magnus ligou para você?
- Não amiga\, mas deve ser o sinal ruim\, quase não consegui ligação com você.
- Para de dar desculpas Liah\, é a terceira vez que me liga...
- O que está querendo dizer?
Ouvi ela suspirar, eu podia imaginar ela revirando os olhos do ouro lado da linha.
- Que é muito estranho ele não conseguir viajar com você\, Liah\, vocês planejam essa viagem a meses\, como assim do nada o passaporte não passou?
- Essas coisas acontecem Ceci\, e sabe\, tem sido muito bom\, eu tenho conseguido por minha cabeça no lugar\, está sendo muito relaxante.
- Tudo bem amiga\, mas\, por favor\, me liga se qualquer coisa estranha acontecer e me avisa assim que chegar em Dubai\, estou louca para que me mande as fotos de lá\, dizem que é um lugar fantástico.
Eu sorri.
- Pode deixar amiga\, mando sim.
Desliguei e voltei a olhar para o horizonte, as ondas calmas batiam contra o barco e o brilho do sol poente tornava aquela paisagem maravilhosa, era uma linda tarde sem nuvens, dentro de poucas horas chegaríamos em Dubai e eu estava ansiosa por esse momento, por mais que quisesse que os dias se prolongassem dentro daquele barco incrível.
Assim que chegasse tentaria captar o máximo possível de imagens para mandar a Ceci, eu sabia que a condição financeira dela jamais permitiria uma viagem como aquela, Ceci trabalhava em uma cafeteria, agora estava afastada por conta da gravidez, Maria clara, minha afilhada nasceria no mês seguinte e os dois estavam economizando para esse grande momento, ainda assim não permiti que ela economizasse na hora do parto, paguei a melhor maternidade para que ela tivesse um dia tranquilo para a chegada de Maria, eu podia mimar Cecília, e eu queria fazer isso por ela.
Recolhi-me bem tarde, o vento frio que vinha do mar fez com que eu decidisse me esconder, por mais que eu quisesse passar a noite toda do lado de fora, entrei no quarto e olhei para o telefone, não havia nenhuma mensagem, será que Magnus tinha conseguido resolver o problema dele? Será que já estava em Dubai me esperando? Mandei uma mensagem a ele perguntando, eu não sentia saudades, mas estava muito preocupada com essa situação, e se ele não conseguisse vir? Que lua de mel seria sem meu marido? Não fazia o menor sentido eu aproveitar tudo sem ele.
Um solavanco forte me despertou a noite, pulei na cama e senti o barco inclinar, rolei pelo chão e me choquei contra a parede, nesse instante vi minhas coisas voarem pelo quarto, tentei me levantar e caí novamente, mas o que estava acontecendo, aquilo não era normal, a viagem que estava tão tranquila agora parecia um inferno, vi a porta do quarto ser aberta em um rompante.
- Rápido\, rápido\, vamos naufragar!
Talvez fosse pela batida na parede ou por que minhas pernas ainda estavam bambas, mas eu não conseguia processar o que aquele homem dizia, como assim naufragar? Estávamos afundando? Não, não, isso não podia ser possível, tentei me levantar, mas voltei a cair com mais um solavanco, nesse instante vi água no corredor molhando os pés do homem, ele entrou me agarrando pelo braço e me puxando para fora, o barco batia muito e volta e meia eu escorregava em meio a água do corredor, eu não conseguia ver de onde aquela água vinha, mas eu estava tão assustada que não conseguia processar nada, ele me puxou para o convés e colocou um colete salva vidas em mim.
- O que está fazendo o que é isso?
Sem que eu conseguisse me defender ou entender o que estava acontecendo ao certo fui colocada dentro de um barco menor que desceu para as águas turbulentas do mar, pensei que alguém viria comigo, mas ninguém mais subiu, aquilo era loucura, senti as ondas atingirem o pequeno barco e meu desespero falou mais alto que a razão corri me segurando com força no pequeno barco e chorando feito criança, gritei, implorei por socorro e ajuda, mas ninguém veio me salvar, não havia mais ninguém ali, o pequeno barco foi jogado pelas ondas de um lado a outro e se afastou por completo do cruzeiro gigante, diante do meu desespero não consegui ver se eles tinham afundado, se mais alguém tinha saído dele, se havia destroços, eu estava mais preocupada em salvar minha própria pele que agora estava em risco eminente, vi uma onda gigantesca se levantar e não consegui pensar em mais nada se não no fim, então era isso, era assim que acabava, a onda quebrou atingindo meu barco em cheio e me afundando no fundo do mar, meu corpo foi lançado de um lado a outro e por mais que eu tentasse controlar minha respiração eu não consegui, engoli uma, duas três vezes a água que desceu salgada rasgando tudo por dentro, golfei, golfei novamente e inutilmente tentei respirar movida mais pelo natural do que pela razão, mas é claro que o ar não veio, apenas água e mais água, meu corpo perdeu os sentidos e eu afundei.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Paula Albertão
TA ESTRANHOOOO
2025-10-11
  1
Paula Albertão
justamente
2025-10-11
  1