Pov's Layla.
ARÁBIA SAUDITA / Meca.
22:00 PM.
Os dois vão dormir juntos pela primeira vez. Samira e Khadija, tentam ouvir atrás da porta.
Me mantenho mais afastada, com os braços cruzados.
— Será que Aisha vai querer dividi-ló conosco?— a terceira esposa questiona.
— Teremos que dá-lo filhos.— Samira afirma.— Principalmente você Khadija, que é seca como areia do deserto.
— Ei, não fale assim com ela.— me manifesto.— Yalla, vão pros seus quartos! — mando.— Deixa o casal dormir em paz.
— Está com ciúmes Layla?— escuto a pergunta. E viro-me.
— Se eu tivesse ciúmes, Muhammad não teria casado com nenhuma de vocês. Como é que eu vou ter ciúmes, de um muçulmano que não me pertence.
— É um haram o que você faz com ele, Layla.— Samira contesta.— Renega-ló como esposo, é como renegar o Alcorão.
— La, La, La! Não escolhi esse casamento.
— Como se tivéssemos o direito de escolha, Layla.— Khadija emite.— O casamento com Muhammad também foi arranjado.
— Mas eu o amava.— declaro.— E eu sinto muita falta de habibi.— sôo, com o tom triste.
— Nós também.— as duas dizem.
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Quarto.
Pov's Farid.
— Não, não lave os meus pés Aisha.
A impeço, quando ajoelha-se, e ao seu lado uma macia cheia d'água.
—Marido, faz parte da tradição.
— Venha, sente aqui.— estendo a mão, e a própria fica tímida, quando há um contato.
Ela fica na beirada da cama, cabisbaixa. E o silêncio ensurdecedor predomina.
— Quais são os seus gostos, Aisha?— a pergunto.
E seu olhar parece confuso quando se guia até mim.
— Não entendi, marido.
— O que gosta de fazer no seu tempo livre?
— Não tenho tempo livre, marido. Eu cumpro com as minhas obrigações que é cuidar das minhas filhas, fazer comida e varrer a casa.
—Hum... você nunca viajou?
— La.— ela nega.
— Não pretende?
— La.— Aisha responde que "não ".
— Então você não quer ir comigo a Istambul, na Turquia?
Na hora presencio-a abrir um sorriso meigo. Retribuio ao seu sorriso, ao vê o brilho nos seus olhos ingênuos.
— Está me convidando, marido?
— Nanhim.— confirmo, positivamente. — A viagem será daqui há uma semana, irei fechar negócios comerciais com os turcos.— explico.
— Você é comerciante, marido?
— Sou.
Seguro em sua mão exposta, acariciando levemente. Encaramos o gesto.
— Quero que possamos nos conhecer melhor, Aisha.— a digo, alisando sua pele— Não se sinta forçada a nada.
— Eu quero.— sorri.
Ela fecha os olhos, e retiro o seu hijab lentamente, fazendo o véu descer pelo seu rosto. Seus cabelos são tão lindos; castanhos claros.
Carinhosamente a toco. Quando seu rosto se aproxima do meu, a interrompo:
— Não beijo na boca.— falo.
Minha esposa se frustra, engolindo em seco. Deito-a sobre a cama, unindo os nossos corpos.
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Na manhã seguinte....
Pov's Layla.
— São já 9 horas. — reclamo.
— E nada deles.
Samira espia, com a atenção voltada para escada.
— Será que devemos acordá-los?— Khadija sugere.
— La.— recuso.— Leve isso— entrego a bandeja, com vários pães.— Coloque na mesa.
Entrego a quarta esposa. E de repente, faço uma careta, sentindo uma tontura forte.
— Está bem, Layla?
— Acordei com um mal estar.— minto— Deve ter sido alguma coisa que comi.
Khadija se retira da cozinha, para ir arrumar a mesa do café.
E Samira fala:
— Não poderá enganar a todos por muito tempo, Layla, daqui a pouco a barriga começará aparecer.
— Shiuu.– a peço pra fazer silêncio.– Ninguém pode descobrir.
A voz de Aisha ecoa:
— Salameico!
— Wa aleikum salam.
Inspiro fundo, fechando os olhos com raiva dessa naja.
— Não vai retribuir, Layla?
— Samira já respondeu por mim.— sem encará-la, sôo com indiferença.
— Layla, eu não quero que me trate desse jeito.
— Você traiu Muhammad. — a acuso.— Você se vendeu para ser a primeira esposa. Pois tome.— estendo as chaves da cozinha.— A partir de hoje, dará a função para cada esposa.
— Por Alláh, Layla, você é dona desta casa. Farid deixou bem claro, e eu não vou contrariar o nosso marido.
— Que marido? — revindo– Aquele lá está roubando tudo que era de Muhammad.
Termino de falar; e Aisha resolve me ignorar, preferindo conversar apenas com Samira.
— Farid e eu iremos viajar para Istambul.— ela conta, toda contente.— Estou tão feliz! Ele é um ótimo homem.
Reviro os olhos, ouvindo o comentário.
— Quando é que vocês irão viajar?— a quarta esposa a pergunta.
— Daqui a uma semana.
— Ah é.– me intrometo na conversa.— E passarão quantos dias?
— Por que está interessada, Layla, você quer ir junto?
— La. Imagine Aisha.— me aproximo dela.— É apenas curiosidade.
Entreolho para outra muçulmana, que me encara desconfiada.
— Passaremos apenas 10 dias fora, foi o que marido disse.
— Que ótimo!— finjo um sorriso.
Aisha se retira da cozinha, após ser chamada por ele.
— É a minha chance, Samira.— sôo.
— O que irá aprontar, Layla?
— Eu vou fugir.
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Rosilene Santos
Que Laila consiga fugir mesmo que situação horrível que essas mulheres passam
2025-09-08
3
Marilena Yuriko Nishiyama
essa Layla dá mais dores de cabeça do que o resto das esposas........se ela conseguir fugir,quero ver até onde ela irá,pois além de grávida e nunca ter trabalhado
2025-09-07
4
Rosilene Santos
Parabéns à autora tô gostando do seu livro
2025-09-08
2