Capítulo - 4

Logo, Lídia apareceu como sempre: a toda-poderosa. Era aquela garota que arrancava olhares por onde passava. Todos queriam estar perto dela, falar com ela, namorá-la ou fazer parte de sua turma. Ao se aproximar de onde estavam Ayla, Natanael e os amigos dele, chamou a atenção de Natanael e, sem pensar, o beijou. Ele se levantou de imediato e falou, indignado:

— Natanael — O que pensa que está fazendo, Lídia? Ficou louca?

— Lídia — O que sempre fazemos, meu amor. Não se faça de desentendido... já fizemos isso e muito mais.

Ela disse com um sorriso debochado, desviando o olhar para Ayla, que estava sentada de frente para Natanael.

— Lídia — E essa coisinha fofa, quem é? Carne nova?

Os amigos de Natanael se entreolharam, surpresos, mas permaneceram em silêncio. Natanael, irritado, respondeu:

— Natanael — Essa é a Ayla, uma amiga minha, Lídia.

Com educação, Ayla estendeu a mão e disse:

— Ayla — Prazer em conhecê-la, Lídia.

Lídia fez bico e rebateu com desprezo:

— Lídia — Você realmente acha que eu me importo, queridinha? Mas já entendi... mais uma para a coleção do Natanael.

Respirando fundo, Ayla se levantou e falou com calma, ainda que magoada:

— Ayla — Com licença... e obrigada a todos pela companhia. Mas eu preciso estudar.

Assim que saiu, Natanael olhou para Lídia, visivelmente irritado:

— Natanael — Que droga, Lídia! Você é cruel. É por isso que nunca deu certo entre nós: você é fria por dentro.

Sem esperar resposta, Natanael foi atrás de Ayla, que caminhava de cabeça baixa, já deixando lágrimas escorrerem pelo rosto. No caminho, distraída, acabou esbarrando em alguém. Ao levantar a cabeça, viu Jae-in.

— Ayla — Me desculpe, eu não vi você.

Ele permaneceu em silêncio, apenas a encarando. Reconhecendo-o, Ayla se apressou em dizer:

— Ayla — Ah, é você... veio me jogar no chão de novo?

Ela tentou se afastar, mas Jae-in a segurou pelo braço, puxando-a contra o próprio corpo. Ficaram tão próximos que Ayla podia sentir a respiração dele. Jae-in a olhava intensamente nos olhos, quando Natanael surgiu e interveio:

— Natanael — Solta o braço dela, Jae-in! O que deu em você? Está intimidando as pessoas agora? Vai acabar igual à Lídia!

Jae-in respirou fundo, soltou o braço de Ayla e, sem dizer uma palavra, saiu com as mãos no bolso. Natanael imediatamente se voltou para ela:

— Natanael — Você está bem? Ele te machucou?

— Ayla — Estou bem, não foi nada... mas agora eu preciso ir.

Quando Ayla se virou para sair, Natanael a segurou pelo braço, firme mas delicado:

— Natanael — Me deixa explicar. O que a Lídia disse não é exatamente a verdade.

— Ayla — Não precisa se explicar, Natanael.

— Natanael — Mas eu quero! Não quero que pense mal de mim.

— Ayla — Por quê? O que eu penso te interessa?

— Natanael — Porque... eu... eu...

Natanael gaguejou, sem saber como expressar. Então, se aproximou devagar. Ayla deu passos para trás, até sentir a parede atrás de si. Sem saída, ela o encarou nos olhos.

— Natanael — Por isso.

E a beijou suavemente. Ayla, sem hesitar, correspondeu com urgência. O beijo era intenso, mas antes que pudesse se aprofundar, pessoas começaram a chegar para a aula. Rapidamente, os dois se afastaram, ainda ofegantes, e trocaram olhares cúmplices, tentando disfarçar. Em seguida, foram para suas cadeiras, mas nenhum dos dois conseguiu se concentrar — estavam ocupados demais se olhando, incapazes de esconder o que sentiam.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!