LIZ
Mas um dia se inicia.
— Acorda filho, tá na hora da escola.
Acordei meu menino com muitos beijos, o vesti dei seu café da manhã e fiquei esperando a vizinha que o levá-la para escola, já que eu não podia sair de casa. Ele passou a mãozinha por um ferimento no meu rosto e me olhou com um olhar triste. A vizinha gritou. Fui até o portão e ela me olhou com pena. Ontem tomei mais uma surra, já tô acostumada
— Eu pequeno saiu para escola, ele passava o dia todo lá.
Comecei a fazer as atividades de casa, até que Antônio acordou e se sentou na mesa
— Cadê o meu café sua inútil? Será que nem pra isso você presta mais?
Coloquei o café e um pão com manteiga na frente dele de cabeça baixa e sem falar uma palavra.
— Ele comeu em silêncio e saiu para o trabalho. Respirei aliviada, pelo menos não apanhei logo cedo. Não era raro eu começar o dia apanhando.
Terminei de lavar, passar cozinhar já era perto do meio dia. Fiquei um pouco na janela olhando o movimento, já que nem celular eu tenho. Olhei para o céu que estava azul e fiquei pensando se realmente existe um Deus e se existe por que ele nunca olhou pra mim. No mesmo momento as palavras da minha mãe vieram a minha mente, ela me disse quando fui pedir ajuda
💭 Você escolheu essa vida Liz, você tinha se tudo e escolheu essa vida. Agora aguentei e esquece que nasceu de mim 💭
Lágrimas rolaram pelo meu rosto..
💭 Ela tem razão, foi escolha minha, eu quero aguentei💭
Já eram quase 17 horas e meu filho chegou, me abraçou, ele é meu ponto de força e paz.
Dei banho e coloquei o seu jantar.
Ficamos na sala abraçados quando escutei o barulho do portão. Era o meu pesadelo chegando mais uma vez.
Pedi sem demonstrar medo para meu filho ir para o quarto e não sair por nada e tentar dormir. Os olhinhos tristes nada disseram e fez o que eu pedi.
Antônio entrou bêbado e alterado como sempre, eu estava sentada no sofá e já tomei um tapa na cara
— Cadê minha comida sua vagabunda inútil.
— Nada respondi, caminhei até a cozinha, esquentei a comida,ele se sentou. Fiz um prato e coloquei em sua frente.
Deu umas três garfadas.
— Sua comida tá cada dia pior, e tacou o prato na parede o fazendo espatifar
Me encolhi em um canto assustada e fui pega pelo cabelo, tive minha roupa arrancada e fui novamente estuprada ainda na cozinha. Enquanto gozava ele enchia a minha cara de porrada e batia minha cabeça contra o chão.
— Me levantei e comecei a vomitar, de nojo daquele homem, de repulsa por mim mesma.
— TENHO NOJO DE VOCÊ. Eu gritei.
E começou uma seção de espancamento. Apanhei como nunca tinha apanhado, eu não dei um grito, não quero assustar ainda mais o meu filho.
Apanhei tanto, ele me bateu com a panela de pressão que estava quente, acabei desmaiando.
Antônio pegou uma garrafa de bebida virou inteira na boca e foi para cama dormir.Me deixando desmaiada, sangrando, quase morta no chão.
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Atualizado até capítulo 34
Comments
Ana Barbosa
oxi e ninguém na favela pra avisar ao dono
2025-08-28
1
Luciana Lobato
Gente pq não denunciaram isso?
2025-09-02
1
Leitora compulsiva
meu Deus, que vida coitada 😭😭😭
2025-08-23
1