O dia seguinte à festa não trouxe alívio.
O império da Salvatore agora estava sob meu comando, e cada respiração que eu dava lembrava aos subordinados que a filha da mulher que eles mataram não perdoava.
O salão de reuniões estava iluminado apenas por uma lâmpada no teto. Mapas, fotos e relatórios espalhados sobre a mesa indicavam cada território, cada rival e cada traidor. Lorenzo estava ao meu lado, observando silencioso, mas eu sabia que ele confiava em mim.
— Os Mercenários de Rossi — comecei, sem levantar os olhos do mapa — invadiram nossas operações em Palermo. Desrespeitaram o nome Salvatore. Alguns deles ainda respiram, mas não por muito tempo.
Um de meus conselheiros engoliu em seco:
— E… o que deseja que façamos, Liara?
Olhei para ele, fria como sempre. Nenhum traço de emoção.
— Elimine todos. Sem exceção. Quem tentar fugir será caçado até o último suspiro. Quero que cada membro da família Rossi sinta o peso da nossa vingança. Que saibam, antes de morrer, que provocaram a Salvatore.
O silêncio caiu novamente. Até os homens mais experientes abaixaram a cabeça. Ninguém ousava questionar.
— Lorenzo — continuei, a voz firme, mortal — organize a operação. Não quero falhas. Cada detalhe, cada movimento. E lembre-se: não tolerarei piedade.
Meu irmão assentiu. Sabia que eu não estava brincando.
Enquanto saía da sala, senti o prazer frio da certeza: aquele seria apenas o começo. O medo se espalharia como fogo em cada território rival, e meu nome ecoaria como sentença. Não havia misericórdia, não havia perdão. Apenas poder.
E para qualquer inimigo que ousasse desafiar a Salvatore, uma coisa era certa: eu não falharia.
Hoje, eu não era mais apenas a filha ou a herdeira.
Hoje, eu era o caos.
A noite caía sobre Palermo, e as luzes da cidade piscavam como se tentassem avisar os incautos do que estava por vir.
Eu observava do meu carro preto, estacionado na sombra de um beco próximo ao armazém dos Mercenários de Rossi. O silêncio era absoluto, exceto pelo som distante da cidade.
Lorenzo estava ao meu lado, mapas e comunicadores espalhados sobre o banco. Ele esperava instruções, mas sabia que não hesitaria em agir. Eu já havia planejado cada detalhe. Cada rota de fuga, cada guarda, cada fraqueza deles.
— Confirmado. Todos os alvos estão presentes — disse Lorenzo, com voz baixa.
Eu não sorri. Não havia emoção ali. Apenas frio cálculo.
— Então façam o que deve ser feito. — Minha voz cortou o ar como lâmina. — Sem erros. Cada Rossi que sobreviver será um erro que eu não aceitarei.
Os homens saíram como sombras, silenciosos, eficientes. E eu observei.
Não havia pressa, não havia dúvida. O sangue que derramariam seria apenas a primeira lição: não se mexe com uma Salvatore e vive para contar história.
Minutos depois, a operação começou. Cada tiro, cada grito, cada movimento estava registrado em minha mente como se fosse um quadro. Não senti prazer, não senti raiva. Apenas a frieza absoluta de quem transformou dor em poder.
Quando Lorenzo me informou que todos os alvos haviam sido eliminados, fechei os olhos por um instante.
O trabalho estava feito. A mensagem clara. O medo espalhado.
— O nome Salvatore ecoará mais forte esta noite — murmurei, olhando a cidade iluminada. — Que todos saibam que a filha da mulher que vocês mataram governa agora.
Naquele instante, não era mais sobre vingança pessoal. Era sobre poder, controle e a certeza de que ninguém ousaria desafiar meu império novamente.
Eu era o comando, eu era a lei, eu era o caos.
E qualquer um que respirasse nas sombras saberia: Liara Salvatore não perdoa
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Atualizado até capítulo 81
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