Obscuro Jeito de Amar

Obscuro Jeito de Amar

0 - os idiotas

O céu estava escuro com nuvens carregadas e ainda mais negras sobre o céu, não deixando com que mal fosse possível observar a luz da lua minguante que estava ali naquela noite.
O som dos trovões era a única coisa que iluminava entre as nuvens e a cima daquele enorme e amedrontador castelo.
Castelo esse que era conhecido como “𝘐𝘯𝘴𝘵𝘪𝘵𝘶𝘵𝘰 𝘕𝘦́𝘷𝘰𝘢” a maior academia e a mais comentada, das instituições de ensino de criaturas sobrenaturais conhecidas. Toda criatura jovem que estão cursando o ensino médio, deseja estar ali. A sua entrada é realmente difícil, e toda criatura que passa por ali, tem seu nome de alguma forma conhecida com grandes feitos...
E qualquer Jovem criatura que realmente tenha um pingo de ambição, deseja passar não apenas por poder dizer que se formou na grade academia onde as grandes criaturas sobrenaturais que os nomes até hoje em dia ainda são citadas, como também fazer algo para que assim seus nomes fossem parar por alguma coisa grande que havia sido feita.
E como todo instituído grande daquela forma, se encontrava diversos tipos de criaturas com suas inúmeras personalidades. Entre... o mais clichê entre eles era conhecido como três tipos de grupos.
Primeiramente... os 𝘯𝘦𝘳𝘥𝘴 que normalmente, como nome sugere... são muito inteligentes. Em grande maioria tendo um grande jeito para táticas e análises rápidas. Mas por outro lado, também acabavam sendo os mais 𝙛𝙧𝙖𝙘𝙤𝙨. O que por isso também, ficam sendo em partes muitos excluídos... não importava que criatura fosse.
Segundamente... os 𝘧𝘰𝘳𝘵𝘦𝘴 que podem possuir uma grande força física ou mágica absurdamente incríveis. Suas habilidades de luta e sobrevivência são inúmeras vezes fantásticas, o que fazem ser em parte... “populares”. Alguns também tem um pouco de inteligência, mas acabam se destacando mais em combate do que qualquer outra coisa...
E Terceiro... mas não menos importante. Os 𝙛𝙤𝙧𝙩𝙚𝙨 𝙢𝙚𝙩𝙞𝙙𝙤𝙨 𝙖 𝙗𝙚𝙨𝙩𝙖𝙨 𝙚 𝙙𝙚𝙛𝙞𝙣𝙞𝙩𝙞𝙫𝙖𝙢𝙚𝙣𝙩𝙚 𝙗𝙪𝙧𝙧𝙤𝙨. Como o nome sugere – 𝘣𝘦𝘮 𝘢𝘶𝘵𝘰 𝘦𝘹𝘱𝘭𝘪𝘤𝘢𝘵𝘪𝘷𝘰. – são fortes, porém não tem um mínimo de inteligência para com as outras coisas, ou seja, dependentes de seus instintos e sem capacidade nenhuma de pensar em algo mais lógico mesmo que sua vida esteja dependendo disso.
Os alunos não eram divididos por idade apropriadamente, já que diversos tipos de criaturas... idade e tempo era diferente, então o que prevalência era sim, inteligência e/ou força.
E em certa sala 3 - F, encontra-se diversos tipos de criaturas, dos mais inteligentes aos mais forte e vice e versa. Não apenas aquelas de histórias de terror conhecidas... não. Por isso... havia uma criatura angelical ao meio de todo caos e zona que acontecia naquela sala.
Uma garota loiros tão claros que poderiam ser confundidos facilmente com brancos. Pele clara e delicada que parecia até mesmo brilhar dependendo de como a luz a tocasse. Olhos castanho chocolate brilhantes e normalmente gentis que era difícil notar quando estava irritada. As asas em suas costas dava o toque final para ela, as penas tão claras e brilhantes, parecendo tão macias apenas ao olhar. Está estava sentada à última carteira da sala, de um lado havia uma janela que a proporcionava a vista do lado de fora. Às vezes com a vista tão bonita da noite com o céu limpo e estrelado... diferente daquela noite com os trovões a fazendo se encolher a cadeira a cada vez que o som parecia fazer as janelas ao lado tremerem.
Ana não era do tipo de se meter com a bagunça, ela apenas permanecia ao seu lugar com o livro aberto a mesa. As vezes respondendo questões de lição passadas novamente porque havia pensado em uma resposta melhor, outras apenas passava o olhar calmamente pela sala tentando realmente... não julgar.
Sua mente questionava muitas vezes como que os outros alí... preferiam fazer aquela bagunça envés de.. se concentrar nos estudos. O que envés de estudarem, ficavam usando o tempo livre para fofocarem livremente da vida alheia. As fofocas passavam e voltavam o tempo todo por aquela sala, os assuntos mais comentados alí normalmente era sobre... o grupinho dos populares.
Que claro, consistia entre o grupo mais forte da sala. E que as mais assanhadas(o) gostavam sempre de ressaltar aquela informação entre eles enquanto os observavam tentando serem notadas... eram ‘lindos’.
Ana escutava novamente aquele assunto enquanto tentava corrigir por si mesma a própria lição. Ela não se importava com aquilo, diferente das outras... a beleza interior para ela importava mais. Se o coração fosse tão belo e bom... não importava a aparência exterior da pessoa. Ela acreditava naquilo, e não entendia como aquelas outras pareciam não ver isso também por si mesmas... apenas rolava os olhos sutilmente enquanto tentava ignorar aquilo à sua volta. Até por que... aquele grupinho... não se encaixava no que ela acreditava. Eles podiam ser fortes... mas não valiam nada. Ela se sentia mal por pensar assim... ela ainda acreditava que todos poderiam ter algum tipo de bondade em si.
𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘲𝘶𝘦𝘭𝘦 𝘨𝘳𝘶𝘱𝘰 𝘧𝘢𝘻𝘪𝘢 𝘥𝘶𝘷𝘪𝘥𝘢𝘳 𝘥𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘰́𝘱𝘳𝘪𝘢𝘴 𝘤𝘳𝘦𝘯𝘤̧𝘢𝘴
Ana
Ana
ah... dor de cabeça...
A anja suspirou baixinho para si mesma enquanto fechava os olhos e pressionava fracamente a lateral da cabeça com a ponta dos dedos. Aquela barulheira ao lado estava a incomodando... já era para estar acostumada... mas não conseguia simplesmente se acostumar. Foi quando o som de risinhos e uns gritinhos de garotas ecoou desde o corredor. Alguns da sala já olhavam para a porta da sala, e a mesma já sabia o que vinha por ali antes mesmo de ver.
De repente um corpo foi lançado para dentro da sala, com a porta sendo aberta bruscamente batendo com força ao outro lado da porta. Caindo ao chão arrastado até quase a parede do outro lado. Alguns olharam com uma surpresa, outros já riram com a situação.... e mesmo que Ana já esperasse por algo do tipo... ela ainda acabou levando um sustindo com aquilo, um pequeno pulinho em seu lugar.
Claro que o grupinho chegaria causando... Eram seis para ser mais exata...
Petter, um naga... apesar de ter uma aparência mais humana por conta do amuleto que para ser mais fácil em transitar entre os espaços sem correr o risco de alguém pisar em seu rabo decobra. Um tanto encrenqueiro de mão cheia, gosta de ser dono da razão, narcisista e.. mulherengo apesar de negar isso toda vez que alguém acusa. Normalmente pode ser visto com uma de suas cobras em tonalidade verde deslizando por volta dos ombros e pescoço do mesmo.
Gustavo, um garoto fantasma. Ele é um dos mais fortes apesar de ser um fantasma pelo seu poder de controlar outros espiritos e usar até os corpos mortos que necromantes tentam usar contra ele em lutas e usá-los contra seu mestre. Tem um jeito sombrio e gosta de assustar os outros, o que faz um contraste tremendo com a personalidade meio extrovertido e totalmente zueiro do mesmo.
Bella, uma vampira com cara de não tá se importando para nada. Mal educada e grossa e não é nem um pouco sociável, não tem a menor vontade de ser. Ainda assim de alguma forma – que ninguém de fora entendia – ela continua no meio daquele grupinho cheio e movimentado. Sua atenção é quase nunca totalmente focada em uma coisa só, nada parecia realmente lhe interessar. Mas bastava tirar ela da paciência que já é curta, que a expressão neutra dela se transformava totalmente. Problemas com raiva, sádica, não tem problemas nenhum em mandar alguém pra enfermaria numa briga.
Gabriel, um garoto dragão de fogo. Seu corpo é resistente às chamas, consegue manipula-las e até absorver em alguns casos para as soltar de volta com mais força e calor. Está quase na classe S dos mais fortes, assim como Gustavo. Mas diferente do garoto fantasma, Gabriel é mais introvertido, orgulhoso, e tem um péssimo hábito de beber até chegar ao nível de estar totalmente bêbado. O que demora muito, já que ele tem uma resistência alta ao álcool.
Thomas, um demônio. O mais novo do grupo mas ainda assim, não deixa de ser o mais atrevido e sem vergonha de todos. Gosta de dizer que é só “apaixonado pelos prazeres da vida” como uma desculpa – que não tenta realmente ser uma desculpa – para seus flertes claros. Usando alguns como “brinquedos” e não faz o menor esforços para esconder isso. Tem um jeito meio grosseiro em alguns momentos e insensível com sentimentos alheios... o que faz ele e Bella acabarem de certa forma se entendendo.
Hiro, um lobisomem. Que apesar disso, como a maioria pensaria ser o mais fraco entre todos... não era. Nos primeiros anos, o mesmo havia feito questão de provar que não era fraco e que poderia acabar com qualquer um que tentasse contra ele, acabando sozinho com um grupo. E apesar de nunca terem feito um teste entre eles... era quase um consenso que estava realmente entre os mais fortes do instituto. Tão forte quanto Gustavo e Gabriel...
e para Ana... um dos piores entre eles. Completamente. Hiro era frio, arrogante, exibido, teimoso, agressivo. Adorava zombar dos mais fracos... e ela inclusive. Não aceita uma única crítica sobre si ou seus amigos e ainda... um completo idiota.
Bem... foram eles que entraram na sala, e não demorou muito para saber também quem havia empurrado o outro daquela forma tão rude.
Hiro
Hiro
sai da frente, idiota. Não tá vendo que estamos passando?
O sorriso maldoso contornava seus lábios enquanto andava entrando na sala com os demais logo atrás. A vampira que estava ao lado, olhou para baixo e viu o óculos caído ao chão e se curvou pegando entre os dedos.
Bella
Bella
Não seja tão maldoso Hiro... isso aqui é seu?
A voz normalmente sem ânimo perguntou enquanto os olhos vermelhos desciam para o outro sentado ainda ao chão. A sala por um momento ficou em silêncio observando aquela cena que não era normal de acontecer. O outro concordou com a cabeça ainda meio acuado em seu lugar. Bella se aproximou e estendeu os óculos para o outro, mas antes que o outro pudesse pegar os óculos, o som do vidro das lentes quebrando soou pelo silêncio da sala.
Bella
Bella
Ops, acho que me descuidei na força. Parece que agora vai ter que realmente arrumar os óculos para aprender a enxergar por aí e não ficar mais na frente.
O cinismo praticamente banhado em sua voz. Um pequeno sorriso escapou de seus lábios enquanto jogava os óculos com as lentes trincadas meio torto agora no colo do outro. A sala novamente voltou para a bagunça de antes, os risos começaram pela sala como se vissem um espetáculo.
Hiro que ria do que a vampira fazia não demorou a passar o braço em volta de seus ombros enquanto andavam mais para o fundo da sala agora.
Hiro
Hiro
Não havia dito para não ser maldoso?
Bella
Bella
eu devolvi não foi?
Petter
Petter
vocês são péssimos!
Hiro
Hiro
obrigado
Bella
Bella
eu tento.
A graça do grupo continuou enquanto cada um já se aproximava de seus devidos lugares. Ana torceu por um momento enquanto continuava sua lição que Hiro decidisse mudar de lugar aquele dia... mas não...
Ele logo estava a carteira ao lado da mesma, não demorando até que os olhos deste se virassem na direção dela com uma risadinha.
Hiro
Hiro
Não é que a anjinha mesmo sem professor contínua fazendo lição. Por que não para um pouquinho?
Ele se inclinou pegando a lapiseira que ela estava usando das mãos dela. Ana fechou os olhos por um momento irritada enquanto o pensamento rápido veio a sua mente...
“𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘧𝘪𝘻 𝘱𝘳𝘢 𝘮𝘦𝘳𝘦𝘤𝘦𝘳 𝘪𝘴𝘴𝘰?”
Ana
Ana
me devolve, por favor
Podia estar irritada, com uma dor de cabeça ainda aumentando aos poucos com a baderna que continuava a sala. Mas ainda continuava com a educação de sempre enquanto estendia a mão para ele devolver a lapiseira.
Hiro
Hiro
Que gracinha. Pedindo por favor... se quer tanto essa coisinha, por que não vem pegar?
A pergunta a fez encolher um pouco os ombros enquanto virava os olhos em sua direção com uma sobrancelha levemente erguida. Mas antes que ela pudesse pensar em responder, ele continuou:
Hiro
Hiro
Ah, é. Como eu pude esquecer... você é tão fraca que não conseguiria nem ao menos fazer isso... ainda mais contra mim.
Arrogante. Ana observou o sorriso convencido que ele brincava com a lapiseira em mãos rodando entre os dedos.
Ana
Ana
Hiro... devolve minha lapiseira.
O “por favor” havia sumido e ele não deixou aquilo de lado enquanto erguia a sombrancelha olhando a garota. Ela o olhava devolta séria... então ele desviou o olhar para a lapiseira rosa que estava girando entre os dedos e sorriu ao para-la segurando entre os dedos.
Hiro
Hiro
claro, aqui.
E antes que ela pudesse tentar, ele quebrou a lapiseira em quatro pedaços. Quatro! como se apenas a partir no meio como se fosse um pedaço de graveto não fosse o bastante. Colocando os quatro pedaços sobre a palma dela que olhava desacreditada.
Hiro
Hiro
com juros, anjinha.
Ele piscou e voltou para trás se arrumando ao lugar com um sorriso satisfeito nos lábios. Ana derrubou os pedaços da lapiseira na mesa e bufou com os olhos fechados...
Ana
Ana
Idiota...
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Comments

Thomas Matias

Thomas Matias

QUE MENTIRA, EU SOU TÃO CUTE CUTE

2025-08-16

2

꧁𝔘.ℜ.𝔇꧂

꧁𝔘.ℜ.𝔇꧂

só falta pegar fogo por dentro 💅

2025-08-20

1

tal.d.jay

tal.d.jay

oloko meo

2025-08-14

1

Ver todos

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