Imediatamente após a fenda ser fechada, quando Valentina é chamada pelos professores — ou melhor, interrogada com polidez disfarçada. A diretora Maran e o professor de Defesa estarão presentes.
Uma sala redonda, silenciosa.
Paredes de vidro reforçado com runas antigas.
No centro, uma mesa de obsidiana.
Valentina está sentada sozinha de um lado.
Do outro, Diretora Maran e o Professor de Defesa, Aldren.
Depois de tudo isso, Valentina continua seria sem se sentir intimidada.
Diretora Maran (fria e controlada):
— A fenda foi selada. Graças a você.
(Olha para os dedos)
— Mas o selo que usou... Não consta em nenhum registro da escola.
Sentada ouvindo o que a diretora estava dizendo.
(Tomba a cabeça sobre o próprio ombro, e olha para a diretora de forma irônica).
Valentina (seca):
— Não é da escola. É da minha família.
— A linhagem Ardente guarda isso há séculos.
Professor Aldren (curioso):
— Você ativou dois selos simultâneos. Um deles... Parecia ressoar com o espaço-tempo.
— Você sabe o que significa?
Valentina (encara):
— Significa que impedi a morte de todo mundo naquela área.
— Ou alguém aqui queria assistir de camarote?
(Silêncio…)
Diretora Maran:
— Fomos informados de que sua roupa de duelo foi amaldiçoada.
— E agora, uma fenda se abre... na parte mais protegida da escola.
Valentina:
— Achei que essa escola fosse à prova de magia corrompida.
— Parece que a rachadura... não foi só no Véu, né?
Professor Aldren (tentando ser diplomático):
— Estamos investigando discretamente.
— Nenhum professor, aluno ou equipe externa teve acesso aos círculos rituais naquele setor…
Valentina (interrompe):
— Mas alguém teve. Alguém de dentro.
(Levanta-se devagar)
— A fenda só respondeu porque alguém a chamou.
Diretora Maran (baixa o tom):
— Valentina.
— Isso não é só sobre monstros.
— Se alguém está mexendo com o Véu... Está tentando quebrar o equilíbrio entre os mundos.
— Isso... É guerra espiritual.
Valentina (fria):
— Então vocês vão ter que escolher.
— Ou me deixam caçar essa coisa...
— Ou fiquem na frente quando ela passar de novo.
Valentina sai.
A porta se fecha devagar.
A diretora e o professor se entreolham.
Aldren (sussurra):
— Se ela cair para o outro lado…
— Quem vai pará-la?
Diretora Maran (em voz baixa):
— Talvez ninguém. Talvez esse seja o plano.
Cortinas balançam levemente.
A lua ilumina o rosto dela deitada.
Olhos abertos. Inquieta.
Narração (Valentina):
“Tentei dormir.
Mas minha cabeça não cala quando o perigo está perto.”
Coloca o uniforme preto de treino.
Descalça, amarra o cabelo lentamente.
O símbolo em sua perna brilha suavemente — instinto ativado.
Um amplo salão silencioso.
Runas antigas nas paredes.
Ela entra e não liga nenhuma luz.
Narração:
“Treinar me acalma. Me lembra quem eu sou.”
Dentro da sala o círculo no chão é acionado com sua presença. (essa é uma área de treinamento de combate).
Valentina começa um combate contra alvos mágicos
Fios flamejantes cortam alvos ilusórios com precisão.
Cada movimento é uma dança afiada, fluida, mortal.
SFX: SWOOSH—ZACK—TZHHH
Após derrotar todos os alvos.
Ajoelhada no centro, suando, concentrada.
Olha para o teto. Fecha os olhos.
Silêncio. Paz por um momento.
Ela entra em seu dormitório.
O ar parece… mexido.
Tudo está em ordem — demais.
Valentina (pensamento):
“Alguém entrou.”
As almofadas estão levemente fora de lugar.
Uma marca quase invisível na poeira da escrivaninha.
Valentina caminha devagar.
Os olhos brilham. A respiração desacelera.
Em cima da cama uma carta.
Simples. Sem envelope.
Dobrado uma vez. Papel cinza-claro.
Ela abre devagar.
Dentro, apenas uma frase:
Carta (sem assinatura):
“Bela dança, Valentina.”
Olhar fixo na carta.
Ela a queima com um dos fios flamejantes.
Mas o brilho nos olhos… agora é diferente.
Valentina (narrando):
“Alguém está me estudando.
E acabou de me chamar para o jogo.”
Valentina de costas, os cabelos ruivos soltos, a água quente caindo sobre ela.
Vapor sobe. A pele marcada pela chama na coxa brilha suavemente.
Os olhos, agora fechados, finalmente em descanso.
Narração (Valentina):
“Só o calor me lembra de casa.
E às vezes... de mim.”
Enrolada em uma toalha preta, ela seca o rosto.
O espelho está embaçado, mas dá para ver sua silhueta.
Por um segundo, duas marcas brilham no reflexo.
Ela não comenta.
Valentina veste um pijama simples.
Deita-se devagar, os cabelos ainda úmidos espalhados sobre o travesseiro.
Olha o teto por um momento, em silêncio.
Os olhos piscam devagar.
A tensão no maxilar já não está ali.
O quarto agora está em paz.
A carta foi queimada.
Mas a presença… permanece no ar.
Valentina (pensamento):
“Amanhã começam as aulas.
Hora de fingir normalidade... de novo.”
Narração:
“Mas Valentina sabia:
em escolas como aquela…
a aula nunca é só sobre livros.”
Começou mais um dia só que hoje temos um novo professor.
Alunos entram. Murmúrios no ar.
Na lousa: “Professor Dr. A. Rohan – Estruturas do Véu e Forças Limítrofes”
Ayla senta na frente. Valentina, na lateral, discreta.
Todos estão atentos — ninguém conhece esse professor.
Porta se abre.
Um homem alto, magro, com túnica escura e luvas pretas.
Cabelos grisalhos, olhos como pedra — frios analíticos.
Ele caminha até a frente, sem dizer nada. A sala silencia instantaneamente.
“Ele não era temido.
Era... incômodo.
Como alguém que vê mais do que devia.”
Antes de falar com a turma, ele a encara.
Por um segundo… o símbolo na perna de Valentina arde levemente.
Ela o percebe, mas não reage.
Professor Rohan (calmo):
“Bom dia, turma.
Meu nome é Rohan.
Meu papel aqui é separar fatos… de mitos.”
Ele aponta para o quadro.
Surge uma imagem mágica de uma fenda no Véu.
Fluxos caóticos, riscos vermelhos, pontos de ruptura.
Professor Rohan:
“Alguns acreditam que podem controlar isso.
Que ‘marcas divinas’ os tornam especiais.
Eu discordo.”
(Ele olha diretamente para Valentina.)
“O que dizem sobre você... é exagero? Ou você mesma acredita nisso?”
Ele olha fixamente para Valentina diante da turma, com o diagrama da fenda atrás de si.
Todos olham para Valentina.
Mas ela não responde em voz alta.
Um leve brilho começa a emanar.
Valentina (telepatia, calmo e direto):
“Eu não preciso acreditar.
Eu fecho fendas.
Eles gritam. Eu calo.
Se isso incomoda…
Talvez não seja a mim que você deveria estudar.”
Por fora, ele mantém a compostura…
Mas internamente, ele percebe o que acabou de acontecer:
Valentina usou telepatia focalizada, sem selo visível. Um feitiço de nível mestra.
Ela apenas cruza os braços e volta a olhar para o quadro.
Como se nada tivesse acontecido.
Ayla revirando os olhos, irritada.
Dois alunos trocam olhares, sem entender a tensão.
Mas não é um sorriso amigável.
É um aviso, um reconhecimento… e um alerta.
Narração:
“Ela passou no teste.
Mas agora está marcada.”
Agora, Valentina não apenas resiste à autoridade, ela a súpera com técnica e autocontrole.
.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 21
Comments