Capítulo 4

Kat e Sophia entraram às 3:10 no trabalho, felizmente Henry estava acostumado com a chegada de vários de seus funcionários naquele horário, já que era normal dar trabalho a alunos que estavam prestes a se formar, dessa forma os ajudava com os gastos que muitos deles tinham.

Bem, eu estarei na cozinha, seu uniforme está no setor dos armários, com certeza, Henry já colocou seu nome em algum para que possa deixar seus pertences - disse Kat enquanto lhe mostrava onde devia se trocar.

Sophia encontrou rapidamente o armário que lhe correspondia, colocou a mochila dentro e vestiu o avental, Henry lhe entregou o caderno onde anotaria os pedidos e duas canetas, pediu que prendesse o cabelo e lhe disse quais mesas deviam ser atendidas por ela.

Então você é a nova - um rapaz bastante alto e de cabelo preto se aproximou para cumprimentá-la - meu nome é Tommy, sou o que prepara os cafés à tarde, então seremos companheiros - tinha um sorriso contagiante, mas de longe se notava que era o típico mulherengo.

Olá, meu nome é Sophia - respondeu também sorrindo, de repente o ar ficou frio e ela sentiu um olhar penetrante no meio das costas.

Virou olhando para todos os lados para ver de onde vinha essa sensação e foi aí quando notou que os gêmeos e várias pessoas mais estavam sentados em uma das mesas do fundo, eles a olhavam de maneira fria e até irritados, mas ao não entender o que era o que lhes acontecia, somente seguiu em seu mundo laboral.

A ela não correspondia esse setor, então se acalmou e começou a tomar os pedidos das mesas que eram de seu território, para sua sorte ela conhecia perfeitamente como desempenhar-se como garçonete, já que o quiosque onde havia trabalhado antes também tinha duas ou três mesinhas onde alguns ficavam com seus computadores trabalhando e ela eventualmente as atendia.

Olá, muito boa tarde, meu nome é Sophia e serei sua garçonete, o que gostariam de pedir? - disse a um casal de idosos que haviam se sentado perto da janela.

Olá, pequena, você é muito bonita, para mim poderia trazer uma torrada de presunto e queijo e um refrigerante e meu marido quer um café com dois croissants - disse cordialmente a senhora.

Já trago para vocês - disse regressando à barra para deixar o papel com o pedido.

Desculpa, você é Sophia? - disse uma garçonete de má vontade.

Sim, sou eu - respondeu ela.

Pois bem, atenda a mesa de ali - disse sinalizando onde vários de seus companheiros estavam.

Essa mesa não corresponde a ela - disse Henry enquanto preparava os cafés que tinha pedidos.

Já lhes expliquei, mas querem ela - disse olhando de cima a baixo desdenhosamente a Sophia.

Está bem, eu irei - disse abaixando os ombros. Este dia não podia ficar pior para ela.

Boa tarde, meu nome é Sophia e serei sua garçonete - disse assim que chegou à mesa, as risadas das 3 mulheres se apagaram de repente e quando levantou o olhar todos a estavam vendo, alguns com ódio, outros com curiosidade e os gêmeos como zombando dela.

Olá, gatinha, fica lindo o uniforme - disse Dante sorrindo.

Traga refrigerantes para todos, esquisitinha - disse Kity e tanto ela como as outras duas mulheres começaram a rir.

Já venho com seu pedido - disse e deu meia volta para afastar-se o mais rápido dali.

Uma vez que o pedido do casal maior esteve pronto se apressou a levá-lo.

Espero que desfrutem sua comida - disse sorrindo.

Você é muito amável, preciosa, espero que sua estadia nesta cidade seja prazerosa - disse a senhora.

Espero que assim seja, muito obrigada - respondeu e foi pelas bebidas de seus companheiros.

Justo quando estava prestes a apoiar a bandeja na mesa dos rapazes, uma das garotas que estava mais perto dela lhe deu um pisão fazendo com que ela tropeçasse com a bandeja e caísse no chão com todo o conteúdo dos copos, estourando os vidros no lugar. Sophia nem sequer se pôs de pé, só se ajoelhou e começou a juntar todos os fragmentos enquanto que as mulheres riam às gargalhadas e os homens somente a olhavam.

Deixe isso, pode se machucar - a mão de Tommy se pôs em seu ombro e a ajudou a levantar-se.

Oh, o cavaleiro andante chegou ao resgate, ela está bem, só deveria ser mais cuidadosa - disse divertida Kity.

Para a próxima olhe por onde caminha, talvez assim evite levar meu pé - respondeu a garota que a havia feito tropeçar.

Sophia nem sequer se virou para vê-los, somente seguiu juntando os vidros e uma vez que terminou foi buscar um pano de chão para limpar toda a desordem de refrigerante do chão. Tommy quem ficou quando ela foi, olhou um por um a todos os que estavam sentados e antes de ir-se negou com a cabeça.

Espero que ninguém te baixe jamais dessa nuvem em que vive - disse a Kity e se marchou.

Sophia limpou tudo e voltou com os copos de refrigerante que haviam pedido, por sorte não pediram nada mais e se foram bastante rápido. Por alguma razão que ela não quis dar volta, gastaram 200 pesos em tudo, mas lhe deixaram uma gorjeta do dobro. Ela foi dizer a Henry, porque por aí era pelas coisas que haviam sido quebradas, mas o dono explicou que isso lhe pertencia a ela e que não lhe descontaria nada, já que Tommy havia explicado o que havia ocorrido realmente.

O turno chegou ao seu fim e Sophia teve que esperar que Kat terminasse com a limpeza da cozinha, uma vez que tudo esteve pronto, ambas saíram e subiram no carro.

Fiquei sabendo o que aconteceu com Kity, sinto muito, é a mimada do pai e desde que está com Caleb é ainda pior que antes - disse quando chegaram à casa de Sophia.

Isso não importa são só 9 meses os que devo aguentar - respondeu.

9 meses? - perguntou com curiosidade.

Em 9 meses completarei os 18 anos e poderei ir-me desta casa e seguramente também me vá da cidade - respondeu forçando um sorriso.

Sophia, sei que apenas nos conhecemos hoje, mas sabe que se precisar conta comigo, verdade? - disse entendendo que ela escondia algo.

Obrigada Kat, em verdade te agradeço - disse ela cumprimentando-a e descendo do carro.

Entrou em sua casa e a primeira coisa que sentiu foi o puxão que Darrel lhe deu, a havia agarrado tão forte pelo braço que por um momento ela pensou que ia quebrá-lo.

Onde merda você estava? De seguro estava de puta como sua mãe - o cheiro de álcool que saía de sua boca lhe retorcia o estômago, havia comido um pouco na cafeteria.

Me solte, acabei de sair do trabalho - disse tiritando para tentar soltar-se.

Não se atreva a me mentir, chegamos ontem e já tem trabalho - apertou mais forte o braço e a deu de cheio contra a parede - se vai andar de puta por aí, não sei porque não deixa que eu também te pegue - pôs a outra mão na cintura.

Não me toque - gritou ela e com a mão livre golpeou com toda sua força em seu rosto e antes de que ele se pusesse ainda mais furioso, levantou o joelho e lhe deu em suas partes. Quando ele a soltou, subiu correndo as escadas e se trancou em seu quarto, pôs a velha cômoda que ali estava atrás da porta para evitar que ele entrasse, esta seria outra noite em que teria que fazer vigília.

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