Ouvindo o tom baixo da voz de Hermann Yuji soube por suas experiência que sua história era triste e dolorosa mas antes que pudesse falar algo para confortálo Hermann inspirou profundamente e voltou a falar.
- Antes de contar o porque de meu ferimento vou falar um pouco sobre meu clã para que você entenda as circunstâncias que levaram a isso.
Empolgado Yuji assentiu para que Hermann continuar.
- Eu venho de um clã antigo que devido a um crime cometido por nosso ancestral atualmente não está vinculado a nenhum reino ou bandeira e ainda carrega uma maldição lançada por um deus que não pode ser quebrada ou evitada ela impede que possamos viver em qualquer parte da terra que possa ser tocada pela luz do sol.
Hermann fez uma pequena pausa e vendo o olhar confuso de Yuji continuou.
- Não é como se não pudéssemos viver onde a luz do sol toca é que a luz do sol é o que ativa essa maldição fazendo com que certas coisas ocorram por isso a evitamos mas fora isso somos pessoas normais que caçam, pescam e cultivam campos de lavoura só que fazemos isso a noite.
- Mas isso não é difícil? Perguntou Yuji - Fazer todos esses trabalhos a noite?
- Não. Respondeu ele - Por 2 razões a 1° É porque não fazemos isso em grande quantidade já que ficamos espalhados por regiões diferentes e 2° Porque nós aprendemos a viver assim desde o nosso nascimento, mais isso não vem ao caso agora você queria saber o porque do ferimento certo?
- Sim. Concordou Yuji mexendo a cabeça.
- Como já disse meu clã foi a amaldiçoado por um deus devido a um crime de nosso ancestral
e por isso assim como a maioria dos demônios mais fortes não podemos sair a luz do dia e devido a isso desde a era de meus ancestrais um grupo de pessoas que se dizem "servos desse deus" tem nos considerado malignos e vem nos perseguindo para nos eliminar, devido a isso meu clã acabou se dividindo em pequenas colônias para se tornar mais difícil de ser localizado e nos mudamos a intervalos regulares e isso deu certo por vários séculos mais nos últimos anos esses "servos de deus" tem ficado melhores em nos encontra nos obrigando a mudar com maior frequência e menos preparo levando a mais baixas durante a nossa migração na última vez perdemos vários de nosso grupo em uma emboscada mais isso nos possibilitou a chance de mudar a um lugar menor e mais difícil de ser encontrado ou pelo menos foi isso o que pensávamos até a noite passada. Hermann fez uma uma pausa e fixou o olhar no vazio como se estivesse revendo os acontecimentos que estava prestes a contar nesse momento seu olhar se tornou vazio passaram se vários minutos em silêncio até que sem conseguir conter sua curiosidade Yuji perguntou.
- O que aconteceu ? Vocês foram atacados não é, foi por isso que você estava ferido? Mas como você chegou a floresta sem poder andar sob a luz do sol?
Yuji ainda tinha mais perguntas que gostaria de fazer mas antes que pudesse continuar ouviu uma voz lhe interromper dizendo.
- Não acha que são perguntas demais para para se fazer a um homem ferido?
Virando a apressadamente na direção de onde vinha a voz Yuji encontrou sua mãe parada do outro lado da sala os encarando com um expressão cansada no rosto enquanto mantinha os braços cruzados diante do corpo com A ARTE DOS VENENOS nas mãos vendo o livro ali a mente de Yuji disparou pensando em todas as possíveis desculpas que poderia dar a sua mãe para tentar evitar a bronca e o possivelmente o castigo que receberia por pegar aquele livro sem a permissão dela mais antes que pudesse pensar em uma desculpa satisfatória ouviu Hermann perguntar em uma mistura de surpresa, confusão, medo e dúvida ao sair de seu transe.
- E... Emily é você mesma? Como isso possível?
Yuji espantado por ouvir Hermann dizer o nome de sua mãe se virou para ele querendo perguntar como ele a conhecia mas novamente antes que tivesse a chance foi impedido quando indo em direção a eles sua mãe respondeu calmamente.
- Sim. Hermann sou eu.
Hermann tornando se nítida mente mais pálido começou algo que Yuji imaginou que fosse uma nova tentativa de pergunta mais antes que pudesse terminar de organizar seus pensamentos Emily o interrompeu dizendo.
- Sei que está surpreso em me ver e que tem perguntas que gostaria de me fazer assim como eu tenho as minhas pra você mas antes disso me deixe trocar umas palavrinhas com meu FILHO tudo bem?
Em seguida sem esperar confirmação Emily envolveu os ombros de Yuji com um dos braços e o encarou por um momento exibindo um semi sorriso tão assustador que inconscientemente o fez começar a tremer quando sua mãe o guiou na direção da porta, assim que saíram por ela Emily a fechou silenciosamente e assumindo uma postura séria perguntou em um sussurro.
- Sobre o que vocês conversaram?
- Nada demais. Respondeu Yuji mais notando o olhar de irritação de sua mãe contínuo. - ele me falou um pouco sobre o clã dele que não podem sair a luz do dia devido a uma antiga maldição. Vendo que sua mãe franzia as sobrancelhas acrescentou rapidamente. - não faz muito tempo que ele acordo.
Yuji ficou aliviado ao ver a expressão de sua mãe se suavizando enquanto ela se virava para voltar pela porta e enquanto ela girava a maçaneta Yuji cogitou todos os riscos de tentar falar com sua mãe naquele momento mas por sua expressão ele sabia que não era um boa ideia naquele momento mais antes que ela pudesse cruzar a porta vencido por sua curiosidade perguntou.
- De onde vocês se conhecem?
No momento em que terminou a pergunta Yuji viu sua mãe congelar no lugar como um animal acuado em um cerco de caçadores mais para sua surpresa viu a virar lentamente em sua direção então expirou brevemente e falou.
- Eu conheci o Hermann pouco tempo antes de você nascer na época ele era amigo do seu pai mais depois da morte dele não nos falamos mais.
- Um amigo do meu pai? Como eles se conheceram? Ele também serviu no exército?
- Sim ele foi amigo do seu pai mais não sei dizer quando e como eles se conheceram. Emily viu o olhar confuso de Yuji então exitante mente explicou - como ele já deve ter dito a você ele não pode sair a luz do dia e também não fica muito em um mesmo lugar para evitar chamar atenção.
Yuji ficou em silêncio por um momento processando as informações então olhando nos olhos de sua mãe perguntou.
- Então porque você não contou antes que já o conhecia se sabia que ele era amigo do nosso pai?
Ainda olhando nos olhos do filho Emily respondeu.
- Porque da forma que ele estava não imaginei que ele sobreviveria a noite e mesmo que sobrevivesse não achei que acordaria tão rápido e não queria dar mais motivos para você e seu irmão encheram ainda mais suas mentes de perguntas que não sei responder sobre um pai que vocês nunca vão conhecer.
Yuji sabia que sua mãe não estava lhe contando toda a verdade tinha mais perguntas que gostaria de fazer agora que eles haviam adentrado um tema quase nunca falado mas vendo o quanto sua mãe parecia estar cansada pelas poucas palavras ditas decidiu esperar outra ocasião afinal Hermann ainda teria de ficar de repouso por vários dias antes de poder partir e provavelmente apareceriam outras oportunidade de voltar ao assunto quando sua mãe estivesse melhor então saindo de seus devaneios Yuji ouviu sua mãe perguntar.
- Poderia nos deixar conversar sozinhos por um momento?
Yuji queria negar o pedido de sua mãe mas antes que pudesse falar notou que ela ainda segurava A ARTE DOS VENENOS nas mãos por isso indo contra todos os seus instintos e curiosidade concordou brevemente com um aceno rápido virando se em seguida para ir embora mas antes que pudesse se afastar ouviu sua mãe falar.
- YUJI? Ele não sabia explicar mais alguma coisa no modo como ela pronunciou seu nome o fez sentir um arrepio percorreu sua espinha assumindo um tom de cautela ao se virar para responder.
- Sim?
Emily abrindo o livro nas mãos falou com um meio sorriso se formando nos lábios.
- Depois conversamos sobre este livro e como você o encontrou.
Sentindo um novo arrepio Yuji concordou com um aceno antes de seguir para seu quarto.
Abrindo a porta se surpreendeu ao encontrar Adam ainda de pé revisando seus alforjes empilhados em um dos cantos do quarto ao vê lo Adam perguntou.
- Você vai desistir de ir a Balem não é?
Yuji foi pego de surpresa pela pergunta pois sabia o quanto ambos tinham esperado pela viagem e se dedicado nas preparações para ela mais ele já havia tomado sua decisão sobre a viagem e não faria diferença contar agora ou depois por isso simplesmente respondeu indo em direção a sua cama.
- Sim. Vendo a decepção de Adam ao assentir rapidamente continuou - Eu já estava pensando em desistir antes devido a doença da mamãe mas agora que estamos com um paciente não acho que possa passar uma semana fora deixando ela sozinha.
Adam abaixou a cabeça e Yuji dando a conversa por terminada puxou as cobertas e deitou se em sua cama ainda vestido com as roupas do dia e imediatamente foi tomado pelo cansaço do dia como era comum quando usava suas habilidades, com os olhos já fechados e quase caindo no sono ouviu a pergunta de Adam através de seu elo empático.
- Ela está tão mau quanto aparenta?
Exausto Yuji respondeu pouco antes de cair no sono.
- Não ela está pior.
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Atualizado até capítulo 24
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