Lembranças

Enquanto mancava de volta para casa lentamente Yuji tentava manter seu braço quebrado o mais imóvel possível, mas mesmo assim a dor que sentia era tanta que se não fosse pelo risco de hipotermia devido à nevasca que caia ele ainda estaria deitado na rua dos bordéis onde fora deixado mais cedo depois da surra, ele sabia que sangue lhe escória do nariz quebrado e do lábio cortado, mas não valia a pena tentar limpar não com a dor que sentiria como custo para isso, não algumas manchas seriam melhor que tentar mexer um dos braços ainda mais com o risco de uma fratura exposta e hemorragia. Se aproximando da área dos cortiços ele sabia que ainda faltava boa parte do caminho até sua casa na zona baixa da cidade por isso trincou os dentes de dor ao cair para frente sobre os braços depois de escorregar sobre uma poça recém congelada ele tentou se levantar mais a dor ao tentar se apoiar em seus braços, foi tanta que ele desistiu da ideia optando por apenas rolar para o lado e sair de cima do braço. Ele ficou ali deitado vendo a neve cair até perder a noção do tempo e estar semi enterrado na Neve ele via as silhuetas das pessoas passando ao seu lado e o ignorando enquanto sentia o frio lhe penetrar até os ossos ele pensou em como sua vida tinha mudado em alguns meses e se perguntava o quanto era irônico se ver naquelas condições sendo filho e aprendiz de uma curandeira que tantas vezes havia ajudado muitos daqueles que agora fingiam não o ver ali era tão irônico que ele riu consigo mesmo assustando alguns transeuntes que olharam surpresos para ele no chão mais mesmo assim não tentaram ajudá-lo. Enquanto sentia seu corpo ficar cada vez mais rígido e sua consciência mais e mais distante ele se perguntava se alguém além de seu irmão e Lizy sentiriam sua falta então se lembrou da briga que haviam tido dias antes e imaginou se o veria novamente para poder se desculpar e com esse pensamento fechou os olhos para descansar, instantes depois estava imerso em um sono pesado e profundo revendo diversas cenas de acontecimentos de sua vida alguns bons outros já nem tanto Yuji sentiu seu coração pesar quando as imagens chegaram aos acontecimentos de 6 meses atrás que marcaram o início da guinada para baixo de sua vida. Ele se viu de volta na floresta do lobo caminhando a apressado ao lado de seu irmão enquanto seguiam de volta para casa no final do dia após passarem boa parte do dia tentando caçar qualquer coisa que valesse a pena vender em alguns dias em sua primeira participação

na feira de inverno na vila Gai ou como seu mestre caçador velho Billy costumava dizer a formatura dos verdadeiros caçadores da vila de Kan.

Mesmo sendo uma viagem curta de apenas um dia eles se sentiam empolgados e animados com a ida a vila vizinha que era conhecida por ser almenos 10 vezes maior que a vila Kan conhecida como porta do fim do mundo por ser o último ponto de parada antes da fronteira do lado ocidental do império de Kenzem onde viviam, cada um deles estava criando suas próprias expectativas sobre como seria a vila, como seria a feira, quanto poderiam ganhar com os artigos que tinham para vender e acima de tudo como seria acampar na parte mais distante da floresta e dormir sem a proteção das paredes de uma casa não que fosse a primeira vez que fariam isso mas esta seria a primeira vez que fariam fora da proteção da barreira da vila sem sua mãe e um grupo de mercenários armados m como escolta da caravana como tinha cido quando viajaram pela primeira vez até Kan a 2 dois anos.

Os dois irmãos caminhavam em silêncio com cada um nutrindo sua própria imaginação de como seria a partida no dia seguinte, como caçadores treinados até mesmo seus passos era quase inaudíveis mesmo naquela trilha lamacenta e parcialmente coberta de neve que cortava parte da floresta eles sempre se mantinham atentos aos arredores pois como já haviam aprendido a sempre o risco de serem atacados na floresta ainda mais os possíveis predadores noturnos que poderiam surgir a qualquer momento de entre as árvores devido ao dia nublado e escuro de inverno, quando estavam se aproximando do final daquela trilha um movimento entre as árvores lhes chamou a atenção fazendo com que soltasse seus alforjes e levassem suas mãos as armas que traziam Adam que tinha pedido sua lança trazia uma adaga longa que presa ao cinto e Yuji a um arco curto feito a mão que trazia às costas.

Adam se sentindo desconfortável por não ter sua lança costumeira consigo assumiu a liderança e avançou até o lugar que havia captado sua atenção em quanto Yuji preparava uma flecha no arco para o caso de qualquer eventualidade, aliviado mas ainda em prontidão Yuji observou enquanto Adam guardava novamente a adaga e sinalizava para que ele se aproximasse ainda com o arco nas mãos Yuji se aproximou cautelosamente contornando as árvores pelo lado oposto ao que Adam estava e se surprendeu ao ver um homem que aparentava ter pouco mais de 40 anos caído ali, ele estava envolto em um manto negro como a noite feito de algum tecido que eles até então nunca haviam visto enquanto Yuji guardava novamente o arco para ver o homem ali caído ele escutou a voz de Adam em sua cabeça dizendo.

- Acha que ele está morto?

Rapidamente Yuji se abaixou e verificou a respiração e pulso do homem o pulso estava fraco da respiração irregular e lenta como se estivesse ferido. Antes de verificar suas suspeitas Yuji virou se para Adam respondendo sua pergunta com um aceno rápido de cabeça então conjurando sua habilidade e verificou as auras dos dois e falou normalmente.

- Ele não está morto mais mesmo assim não está nada bem sua aura está muito fraca e fica oscilando assim como seu pulso e respiração se ele não receber tratamento logo provavelmente vai estar morto até o fim da noite.

Então removendo o manto que o envolvia surpreendeu se ao ver a ferida terrível que lhe devia o peito na diagonal relembrando de suas lições e experiências como ajudante de curandeiro Yuji começou a revirar os vários bolsos do casaco atrás do pequeno saco de ervas que havia colhido mais cedo e separando a que precisava falou.

- Ele está pior do que pensei vou ter de tentar estancar o sangramento antes de poder levá lo daqui.

Adam com uma expressão indiferente perguntou.

- Você acha que conseguiremos ir com os outros amanhã de manhã?

Yuji irritado pela indiferença do irmão levantou a cabeça para encara lo e então em tom sério e ríspido falou.

- Eu não me importo com isso! Mais já que você está tão preocupado assim com isso corra até a vila e peça para alguém para vir até aqui com uma carroça e depois avise nossa mãe para preparar todas as plantas e ervas para tratar uma ferida profunda com risco de infecção.

Adam ainda ficou parado por um tempo como se pensasse em algo para dizer mais vendo o olhar irritado de Yuji virou se e começou a correr. Sozinho com o ferido Yuji levantou se e correu para pegar seu alforje então tirou seu odre de água e abrindo o jogou parte da água sobre a ferida do homem em seguida usou um pedaço de tecido para limpar o sangue seco acumulado ao redor do ferimento, dando se por satisfeito pegou duas das várias plantas que trazia uma com efeito anestésico e outra com efeito coagulante e as envolveu em outro pedaço de tecido úmido e as esmagou transformadas em um balsamo grosseiro, em seguida esfregou a mistura sobre o ferimento e verificou novamente a respiração do ferido ficando aliviado ao notar que ela começava a se normalizar Yuji voltou sua atenção aos possíveis animais que poderiam ser atraídos pelo cheiro de sangue voltou a empunhar seu arco após subir uma árvore para ter uma visão melhor dos arredores então novamente se concentrou para ativar sua habilidade que usou para verificar a aura de todas as criaturas vivas escondidas nos arredores sentido se grato por não serem muitas, então ainda com sua habilidade ativa a tirou a primeira flecha que desapareceu na copa de uma árvore a pouco mais de 20 metros a frente dele onde se cravou em um galho alto assustando dois abutres que já estavam a espreita, a segunda flecha disparou para baixo a direita perfurando com perfeição o pescoço de uma raposa velha com sua aura já debilitada a pouco mais de 13 metros, preparou e disparou uma terceira flecha na direção oposta a primeira raposa atingindo o chão a frente de uma segunda acerca de 7 metros dele esta foi esperta o bastante para fugir em seguida preparou uma quarta flecha que atirou para trás na direção de um velho carvalho a 26 metros onde uma criatura com uma aura estranha parecia estar se escondendo sem notar nenhuma reação da criatura Yuji disparou uma segunda flecha fazendo esta atingir mais perto da aura da criatura novamente não houve resposta, já começando a se sentir cansado pelo uso de sua habilidade mas sem querer deixar seu paciente correr riscos Yuji disparou uma terceira flecha desta vez mirando o centro da aura da criatura meio triste viu a flecha seguir com perfeição na trajetória desejada imaginando que tipo de criatura teria matado sem necessidade, deu uma rápida olhada nos arredores então desativou sua habilidade e saltou da árvore e seguiu até a raposa morta arrancou a flecha e arrasto a carcaça até perto de seu alforje indo em seguida na direção da outra criatura que havia atingido mais ficou apreensivo quando ao se aproximar do velho carvalho encontrou apenas suas flechas cravadas na árvore sem sequer um sinal de sangue Yuji preparou novamente o arco girou sobre os calcanhares observando atentamente os arredores em busca de qualquer movimento que indicasse um animal se deslocando em meio aos arbustos mas não conseguiu ver ou ouvir nada e já exausto não podia contar com sua habilidade então decepcionado abaixou se para tentar recuperar alguma de suas flechas presas a árvore e neste momento olhando para o chão mais a frente viu algo que lhe pareceu uma pegada mais escuro como estava não havia maneira de ter certeza ele pensou na possibilidade de tentar acender uma fogueira mas vendo a quantidade de neve que ainda cobria a maior parte do chão ao seu redor imaginou que não seria possível então segurando a haste de uma das flechas que havia conseguido salvar cravou a no chão para marcar o lugar onde a pegada estava e voltou para perto do ferido que se mantinha absolutamente imóvel e inconsciente pensando no que fazer enquanto esperava o regresso de seu irmão com a ajuda decidiu se afastar um pouco do ferido para começar a esfolar a raposa parando ocasionalmente para fazer uma ronda rápida já estava no fim do processo quando durante uma das rondas captou de canto de olho o brilho de uma lanterna irritado pela demora seguiu volto até onde havia deixado suas coisas perto do ferido. Adam que caminhava lentamente vinha seguido de dois aldeões de aparência velha que Yuji não reconheceu um deles guiando uma carroça puxada por uma mula que parecia prestes a desabar, ignorando a ira Yuji fez sinal para se aproximarem e com cuidado acomodou o ferido sobre uma pilha de palha colocada na parte de trás da carroça então oferecendo 10 moedas de bronze ao cocheiro para conduzir assumiu as rédeas cortando caminho por fora da trilha.

Minutos depois estavam sendo recebidos por sua mãe em casa e correndo para acomodar o ferido sobre uma mesa vazia no pequeno depósito de ervas sem perder tempo Yuji acompanhou homem que o havia ajudado a carregar o ferido até a porta e depois de agradecer rapidamente ao cocheiro lhe entregou um punhado de moedas de bronze e correu novamente pra dentro para ajudar sua mãe no tratamento do ferido enquanto Adam acendia a pequena lareira do depósito para ajudar a iluminar e aquecer o lugar e em seguida retornava animado a preparação dos suprimentos para a viagem da manhã seguinte.

Horas depois quando a ferida do homem já estava limpa e perfeitamente costurada e medicada Yuji desabou sobre uma cadeira encostada a parede se perguntando se todo aquele esforço tinha valido a pena de algum modo ou se o paciente apenas morreria durante a noite, sua mãe sentando ao se lado lado lhe envolveu os ombros com um dos braços apertando gentilmente e como se tivesse lido seus pensamentos Emily sorriu para ele e com voz baixa e cansada disse.

- Fizemos tudo ao nosso alcance agora só depende dele acordar ou não.

Yuji concordou com um aceno rápido de cabeça então conjurando sua habilidade rapidamente avaliou novamente a aura do ferido e sorriu para sua mãe ao dizer.

- A aura dele está bem mais forte que antes mais pra ter certeza vou passar a noite para observar melhor.

Emily sorriu de volta para ele então olhando nos olhos do filho disse com voz suave.

- Você tem um dia cheio amanhã então deixe que eu o observo está noite e vá descansar.

Yuji negando com a cabeça disse.

- Eu não estou cansado e mesmo que estivesse não conseguiria dormir essa noite então a senhora pode ir descansar despreocupada e caso ele acorde eu te chamo na mesma hora.

- Mais e a viagem a vila vizinha? Você não vai conseguir acompanhar os outros se não estiver descansado.

Dando de ombros Yuji respondeu.

- Não importa eu posso ir na próxima.

- Mais o Adam estava tão empolgado para vender as peles de vocês na feira de inverno ele vai ficar decepcionado se você não for.

Ele pode vender as peles sozinho além do mais haverá outras oportunidades.

- Tem certeza. Perguntou Emily ao levantar se da cadeira.

Yuji novamente concordou com um aceno rápido então Emily o abraçou rápida mente e sussurrou em seu ouvido.

- Continue sendo gentil meu menino. Em seguida em quanto sentia o rosto corar Yuji viu uma lágrima cortar o rosto de Emily antes dela virar se e seguir apressada na direção da porta.

Emily voltou minutos depois carregando uma bandeja com uma caneca uma vazia, um bule cheio de água fervente, um pote cheio de ervas secas e um prato com alguns pedaços de pão e carne seca. Ela colocou a bandeja em uma bancada vazio perto da lareira abriu o bule e jogou um punhado de ervas dentro depois de esperar um momento para o chá ficar pronto encheu a caneca até perto da borda em seguida a entregou a Yuji junto com o prato de pão e carne e saiu novamente da sala em silêncio, Yuji que ainda não havia comido se sentiu agradecido pela pequena refeição depois de terminar seu primeiro caneco de chá acompanhados da maior parte do conteúdo do prato se levantou para se servir de um segundo mas na metade do caminho até a bancada mudou de direção e contornando a mesa onde o ferido estava deitado se dirigiu a um conjunto de prateleiras altas cheias de frascos de extratos de plantas raras que sua mãe raramente usava então contornando a parede seguiu até pisar sobre a tábua solta do assoalho rapidamente se abaixou remover a tábua em seguida retirou do buraco forrado de palha um livro fino encapado em couro que tinha o título escrito com letras douradas A ARTE DOS VENENOS em seguida recolocou a tábua e voltou a cadeira levando o livro e um lampião a óleo que pendurou em um suporte acima da cadeira depois de acender com uma brasa da lareira.

Passou algum tempo com Yuji completamente entretido em sua leitura de A ARTE DOS VENENOS ele prestava atenção a cada pequeno detalhe enquanto memorizava cada desenho de planta,descrição e nota de rodapé de cada uma das receitas mau percebeu a luz do lampião diminuindo até que está se apagou um tanto decepcionado fez uma pequena dobra na ponta da página que havia parado e levantou se para reabastecer o lampião deixando o livro sobre a cadeira foi em direção a porta mas antes de sair parou por um momento para observar o ferido e levou um susto ao notar que ele o encarava de volta com uma expressão séria e carrancuda, com calma Yuji começou a se aproximar do ferido antes o cumprimentando com um breve aceno de cabeça enquanto pensava em algo para dizer mais antes que tivesse a chance o homem perguntou com cautela em voz baixa.

- Foi você que tratou minha ferida?

Yuji dando de ombros respondeu.

- Em parte sim eu o encontrei na floresta e parei o sangramento então o trouxe até aqui e minha mãe cuidou do resto.

O ferido murmurou um agradecimento em seguida tentando se levantar perguntou.

- Sua mãe é uma sacerdotisa?

Yuji não queria ser desrespeitoso com o homem mais velho e desconhecido mais ao ouvir a pergunta precisou de bastante esforço para não começar a rir ele respirou fundo algumas vezes para acalmar a vontade de rir e só quando conseguiu falou.

- O senhor sabe que apenas as donzelas podem ser sacerdotisas não é?

O homem concordou com a cabeça.

- Então como minha mãe poderia ser uma?

- Desculpe. disse o ferido tocando o curativo no peito.

- Mas é que quando toque este curativo senti a mesma sensação dos efeitos das runas usadas pelas sacerdotisas.

- Não precisa se desculpar, minha mãe realmente tentou usar runas para trata lo mais elas não tiveram efeito então ela usou plantas e ervas para limpar sua ferida e tentar evitar uma infecção.

Sem conter sua incredulidade o ferido perguntou.

- Sua mãe sabe usar runas? mesmo não sendo uma sacerdotisa?

- Sim. respondeu Yuji então abrindo um sorriso cheio de orgulho continuou - e eu também.

Ainda sem acreditar o ferido falou.

- Já andei por quase todo o império mais nunca conheci alguém que fosse capaz de usar runas sem ser um paladino ou sacerdote.

Ainda mais empolgado e orgulhoso Yuji falou.

- Não se preocupe eu apresento vocês assim que ela acordar.

O homem fez uma expressão que Yuji não soube decifrar quando perguntou.

- Se sua mãe é uma curandeira tão boa quanto você diz porque ela está dormindo enquanto te deixa aqui?

Yuji sentiu uma pontada de raiva ao ouvir a pergunta considerando a ofensiva mas o homem ali deitado não parecia querer ofender por isso se esforçando para não ser grosseiro respondeu.

- Pra começar eu não fui deixado aqui eu optei por ficar porque ela estava cansada depois de tratar você e não é só isso, ela está doente desde que saímos da capital cada dia que passa ela tem se tornado cada vez mais fraca e por isso eu decidi ajudá la e me tornar seu aprendiz tenho lido cada livro possível que fale sobre doenças, plantas, maldições e venenos mais ainda não consegui encontra o que ela tem e nem uma possível cura pra isso.

O homem sentindo se culpado por sua pergunta falou em voz baixa.

- Desculpe eu não queria ofender e nem me intrometer em assuntos de família.

Yuji deu de ombros como se o assunto não tivesse importância e enquanto o ferido olhava para o teto rapidamente secou uma lágrima que brilhava em seus olhos, os dois seguiram em silêncio por algum tempo até que o ferido voltando a fitar Yuji perguntou.

- Qual é seu nome garoto?

Yuji estava novamente perdido em seus pensamentos levou um tempo até responder.

- Me chamo Yuji e você?

- Eu me chamo Hermann.

Yuji assentiu rapidamente então com cautela perguntou.

- Então senhor Hermann se em portaria de contar como você se feriu?

Hermann indiferente a cautela do garoto falou calmamente.

- Não se preocupe não sou um criminoso como você deve estar pensando...

- Desculpe. Disse Yuji interrompendo Hermann - Não tive a intenção de te ofender mas precisamos informar os guardas da vila sobre todas as pessoas de fora que tratamos.

- Eu entendo mas como disse não sou criminoso sou apenas um homem sem sorte.

- Então você foi atacado na estrada por ladrões? É por isso que você estava sem nada na floresta?

Hermann inexpressivo respondeu em voz tão baixa se assemelhava a um sussurro.

- Não eu não fui atacado na estrada foi algo muito pior.

*******Nota do Autor ********

A Habilidade de Yuji citada acima é chamada de olho espiritual ou olhos da aura. É uma habilidade rara e não congênita (Herdada ou passada por linhagem de sangue).

Ela dá ao seu usuário a capacidade de ver a aura ou força vital de qualquer ser vivo assim como determinar o estado de espírito ou ler as emoções e ver o fluxo de mana de magos, bestas ou criaturas mágicas e demônios.

Acima também a um momento em que Adam fala diretamente na cabeça de Yuji isso é devido a uma outra habilidade compartilhada entre eles chamada

Elo Empático: (Basicamente eles podem se comunicar mentalmente um com o outro, podem sentir as emoções um do outro e se concentrarem também podem compartilhar uma memória ou imagem assim como saber a localização um do outro) mas depois de dominada eles também podem bloquear a conexão impedindo o outro de ter acesso as essas informações.

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