Logan
Ela estava diferente.
Desde o momento em que entrou no prédio com aqueles saltos firmes demais para alguém que não conseguia esconder a confusão no olhar. A saia justa, a blusa branca levemente transparente, o cabelo preso em um coque… Anne Hall achava que ainda podia manter o disfarce de assistente obediente.
Mas eu já tinha visto o que havia por baixo. O desejo reprimido. A fome escondida sob a pele limpa. O fogo de quem prometeu ser santa… e nasceu para queimar no inferno dos meus lençóis.
Ela me viu no palco. Me desejou. Agora, tentava fingir que aquilo não aconteceu.
Pena. Porque eu já decidi: ela vai ser minha. Por bem… ou por muito prazer.
Puxei o nó da gravata com um pouco mais de força que o necessário. As palavras dela ainda ecoavam na minha cabeça:
— “Se você me tocar agora… eu não respondo por mim.”
Ah, Anne… você não faz ideia de quantas vezes eu já imaginei isso. Você perdendo o controle nos meus braços. Implorando pela próxima estocada, suando, gemendo meu nome com a voz rouca e molhada… fechei os olhos por um segundo. Controle, Logan. O jogo está só começando.
Enquanto ela organizava a reunião, eu observava. Discretamente, é claro. Mas eu nunca fui cego.
Anne acha que é invisível, discreta. Que ninguém percebe o quanto ela morde os lábios quando está nervosa, ou como ela desvia o olhar quando está excitada. Eu vejo tudo. E guardo. E exploro.
Durante dois anos, me contive. Mantive as mãos longe. Mas bastou uma dança. Um toque. Uma respiração no pescoço. E eu a desmontei. Agora… ela me teme. Me deseja. Me desafia. E é isso que me vicia.
— Logan, temos reunião com os árabes às 17h. — avisou Veronica, minha secretária.
— Adie para amanhã. Estou ocupado hoje. — respondi, sem desviar os olhos do vidro que dava vista direta para a sala da Anne.
Ela estava lá. Linda. Intocada. Inquieta.
De vez em quando, lançava olhares em minha direção. E quando achava que eu não via… mordia a ponta da caneta, como se fosse meu pau. Ela está implodindo por dentro. E isso me alimenta.
Pelo interfone, murmurei:
— Senhorita Hall, preciso de você aqui. Agora.
Cinco minutos depois, ela entrou. O blazer azul apertado realçava cada curva. E o nervosismo nos olhos era puro combustível.
— Senhor Gray… — disse, tentando soar profissional.
Deus, como eu amava quando ela me chamava assim com a voz falhando.
— Fecha a porta. — ordenei.
Ela hesitou. Mas obedeceu. Adoro quando elas obedecem mesmo sem entender por quê.
— Me diga, Anne… o que você viu ontem à noite? — me aproximei devagar, como um predador que sente o medo da presa. Mas Anne… ela não era fraca. Ela era fogo preso em jaula.
— Vi alguém que eu não reconheço. — respondeu firme, mas sua respiração já estava mais acelerada.
— E gostou do que viu?
Ela hesitou.
— Não é relevante. — disse.
Cheguei mais perto. Muito perto.
— É extremamente relevante. Porque eu senti o seu corpo reagir ao meu. Eu vi os olhos fechando quando meus dedos subiram pela sua perna. Eu escutei o seu gemido preso quando te prendi contra a parede.
— Isso não pode continuar, senhor Gray. Eu sou sua assistente. Você é meu chefe.
Sorri. Um sorriso perigoso.
— E se eu não fosse?
— Mas você é. — rebateu, mais fraca.
— Então vou usar isso ao meu favor. — disse, colando meu corpo ao dela — Você quer regras? Eu crio. Você quer limites? Eu te mostro onde terminam.
Ela estava ofegante. Os olhos tremiam. As mãos agarradas à própria cintura. Como se o toque que ela desejava fosse proibido. E era. Mas era exatamente isso que tornava tudo mais doce.
— Eu nunca fiz sexo com nenhuma funcionária. Nunca. — confessei, roçando os lábios em sua têmpora — Mas com você… não se trata de sexo.
— Não?
— Com você… é guerra. E eu adoro vencer.
Ela gemeu. Fraco. Baixo. Mas suficiente para me deixar duro dentro da calça. Antes que eu avançasse mais, recuei. Deixei o gosto da provocação escorrer entre nós.
— Pode ir, Anne.
— Ir?
— É isso que você quer, não é? Distância. Segurança. Regras.
Ela me olhou como se implorasse para eu não mandar. Mas virou e saiu. Sozinha. E mesmo com o corpo gritando, eu sorri.
Porque agora ela sabia: esse jogo era meu. E ela… era só mais uma peça. Mas a minha favorita.
Fui para casa com ela na mente.
Acordei com o lençol colado ao meu corpo, úmido de suor e… gozo. Merda. Nem nos meus sonhos eu consigo conter o efeito que aquela mulher tem sobre mim.
Anne Hall.
A assistente disciplinada, de olhos doces e convicções puritanas. A maldita virgem que me atormenta com um simples sussurrar do meu nome. A mulher que me faz acordar com o pau latejando e a mente cheia de imagens que deveriam ser ilegais.
Sentei na cama. A cidade ainda dormia, mas meu corpo não. Passei a mão pelos cabelos, respirei fundo, e deixei as imagens do sonho me invadirem de novo.
Ela estava ajoelhada. O coque desfeito. Os olhos marejados de desejo e rendição. E os lábios entreabertos, murmurando:
— “Eu sou sua, senhor Gray…”
Ajoelhada diante de mim, como se nascida para aquele lugar. Lenta, ela puxava minha calça social, libertando meu membro endurecido com reverência. E quando a boca quente envolvia cada centímetro, eu perdia o controle.
Acordei segundos antes de gozar nela. Mas o lençol não teve a mesma sorte. Joguei-o no chão com raiva. Não porque me senti envergonhado, mas porque eu queria que fosse real.
Queria ela ali. De joelhos. Molhada. Dominada. E implorando por mais.
Levantei, ainda com o corpo tenso, o coração batendo como se tivesse acabado de correr uma maratona de luxúria. Fui até o espelho. Os olhos estavam mais escuros. O maxilar travado. O peito arfando. Ela estava me consumindo e eu estava deixando.
Mais tarde, no escritório, me tranquei na minha sala.
Anne passou no corredor. Apenas um vislumbre do quadril dela mexendo sob a saia já bastava para despertar aquele lado meu que eu mantinha sob controle durante anos. Mas com ela, não existia controle. Só necessidade.
Peguei o celular e abri a galeria de fotos. Havia uma imagem que capturei de longe, durante a festa de fim de ano da empresa. Ela sorria para alguém, sem saber que era observada. A luz refletia nos olhos castanhos. Inocente. Perfeita. E minha.
— Senhor Gray? — a voz de Verônica no interfone.
— Diga.
— O detetive particular deixou o envelope com as informações que pediu.
Ah, sim. O passado dela.
Porque mesmo desejando, eu precisava saber onde estava me metendo. Ou onde a estava levando.
Peguei o envelope grosso. Abri. As folhas estavam organizadas. Escola. Faculdade. Endereço dos pais. O óbvio.
Mas um detalhe chamou minha atenção:
Diário escolar, professora da adolescência: “Anne é uma menina doce, porém marcada por perdas familiares e com traços de repressão emocional. Sente culpa ao sentir desejo. Censura o próprio corpo.”
Reprimi um gemido. Meu coração acelerou. Ela era mais do que inocente. Ela era marcada.
E eu adorava cicatrizes invisíveis. Porque eram nelas que eu sabia onde tocar para fazê-las sangrar… ou gozar.
Fechei a pasta com um estalo. Agora eu sabia. Anne não tinha medo de mim. Ela tinha medo do que sente por mim.
E eu… pretendia fazer ela sentir muito mais.
À noite, fui ao clube, mas não subi ao palco.
Fiquei na parte de trás, onde apenas os donos têm acesso. Vesti o mesmo terno escuro de sempre. Apenas observava.
As luzes piscavam, a música estourava nos alto-falantes, e as mulheres gritavam por Pecado.
Mas eu não era Pecado hoje. Era Logan. E Logan só desejava uma mulher.
Meu celular vibrou. Mensagem de um número desconhecido.
— "Sobre ontem. Não posso continuar trabalhando assim. Precisamos manter as coisas estritamente profissionais."
Sorri. Respondi:
— "Você pode tentar, Anne. Mas seu corpo já escolheu. E ele não mente."
Segundos depois, visualizei que ela leu. Nenhuma resposta.
Mas eu já tinha vencido. Porque se ela me enviou uma mensagem… é porque está pensando em mim. Se está pensando… é porque está molhada.
E se está molhada… eu vou provar. Devagar. De joelhos ou de bruços.
Anne Hall ainda acha que pode resistir.
Mas eu sou o jogo. E ela… acabou de fazer a primeira jogada.
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Atualizado até capítulo 43
Comments
Marilena Yuriko Nishiyama
ah Logan vc está parecendo mais um adolescente quando se tem um sonho erótico 🤭🤭
2025-06-07
2
Tatiani Monteiro
Nossa que capítulo foi esse em ele não vai deixar ela escapar dele de jeito nenhum
2025-06-05
2
Polly 💜
De vergonha ele não tem nada
2025-06-05
6