Capítulo 2 – O Dono do Jogo

Logan

Ela estava diferente.

Desde o momento em que entrou no prédio com aqueles saltos firmes demais para alguém que não conseguia esconder a confusão no olhar. A saia justa, a blusa branca levemente transparente, o cabelo preso em um coque… Anne Hall achava que ainda podia manter o disfarce de assistente obediente.

Mas eu já tinha visto o que havia por baixo. O desejo reprimido. A fome escondida sob a pele limpa. O fogo de quem prometeu ser santa… e nasceu para queimar no inferno dos meus lençóis.

Ela me viu no palco. Me desejou. Agora, tentava fingir que aquilo não aconteceu.

Pena. Porque eu já decidi: ela vai ser minha. Por bem… ou por muito prazer.

Puxei o nó da gravata com um pouco mais de força que o necessário. As palavras dela ainda ecoavam na minha cabeça:

— “Se você me tocar agora… eu não respondo por mim.”

Ah, Anne… você não faz ideia de quantas vezes eu já imaginei isso. Você perdendo o controle nos meus braços. Implorando pela próxima estocada, suando, gemendo meu nome com a voz rouca e molhada… fechei os olhos por um segundo. Controle, Logan. O jogo está só começando.

Enquanto ela organizava a reunião, eu observava. Discretamente, é claro. Mas eu nunca fui cego.

Anne acha que é invisível, discreta. Que ninguém percebe o quanto ela morde os lábios quando está nervosa, ou como ela desvia o olhar quando está excitada. Eu vejo tudo. E guardo. E exploro.

Durante dois anos, me contive. Mantive as mãos longe. Mas bastou uma dança. Um toque. Uma respiração no pescoço. E eu a desmontei. Agora… ela me teme. Me deseja. Me desafia. E é isso que me vicia.

— Logan, temos reunião com os árabes às 17h. — avisou Veronica, minha secretária.

— Adie para amanhã. Estou ocupado hoje. — respondi, sem desviar os olhos do vidro que dava vista direta para a sala da Anne.

Ela estava lá. Linda. Intocada. Inquieta.

De vez em quando, lançava olhares em minha direção. E quando achava que eu não via… mordia a ponta da caneta, como se fosse meu pau. Ela está implodindo por dentro. E isso me alimenta.

Pelo interfone, murmurei:

— Senhorita Hall, preciso de você aqui. Agora.

Cinco minutos depois, ela entrou. O blazer azul apertado realçava cada curva. E o nervosismo nos olhos era puro combustível.

— Senhor Gray… — disse, tentando soar profissional.

Deus, como eu amava quando ela me chamava assim com a voz falhando.

— Fecha a porta. — ordenei.

Ela hesitou. Mas obedeceu. Adoro quando elas obedecem mesmo sem entender por quê.

— Me diga, Anne… o que você viu ontem à noite? — me aproximei devagar, como um predador que sente o medo da presa. Mas Anne… ela não era fraca. Ela era fogo preso em jaula.

— Vi alguém que eu não reconheço. — respondeu firme, mas sua respiração já estava mais acelerada.

— E gostou do que viu?

Ela hesitou.

— Não é relevante. — disse.

Cheguei mais perto. Muito perto.

— É extremamente relevante. Porque eu senti o seu corpo reagir ao meu. Eu vi os olhos fechando quando meus dedos subiram pela sua perna. Eu escutei o seu gemido preso quando te prendi contra a parede.

— Isso não pode continuar, senhor Gray. Eu sou sua assistente. Você é meu chefe.

Sorri. Um sorriso perigoso.

— E se eu não fosse?

— Mas você é. — rebateu, mais fraca.

— Então vou usar isso ao meu favor. — disse, colando meu corpo ao dela — Você quer regras? Eu crio. Você quer limites? Eu te mostro onde terminam.

Ela estava ofegante. Os olhos tremiam. As mãos agarradas à própria cintura. Como se o toque que ela desejava fosse proibido. E era. Mas era exatamente isso que tornava tudo mais doce.

— Eu nunca fiz sexo com nenhuma funcionária. Nunca. — confessei, roçando os lábios em sua têmpora — Mas com você… não se trata de sexo.

— Não?

— Com você… é guerra. E eu adoro vencer.

Ela gemeu. Fraco. Baixo. Mas suficiente para me deixar duro dentro da calça. Antes que eu avançasse mais, recuei. Deixei o gosto da provocação escorrer entre nós.

— Pode ir, Anne.

— Ir?

— É isso que você quer, não é? Distância. Segurança. Regras.

Ela me olhou como se implorasse para eu não mandar. Mas virou e saiu. Sozinha. E mesmo com o corpo gritando, eu sorri.

Porque agora ela sabia: esse jogo era meu. E ela… era só mais uma peça. Mas a minha favorita.

Fui para casa com ela na mente.

Acordei com o lençol colado ao meu corpo, úmido de suor e… gozo. Merda. Nem nos meus sonhos eu consigo conter o efeito que aquela mulher tem sobre mim.

Anne Hall.

A assistente disciplinada, de olhos doces e convicções puritanas. A maldita virgem que me atormenta com um simples sussurrar do meu nome. A mulher que me faz acordar com o pau latejando e a mente cheia de imagens que deveriam ser ilegais.

Sentei na cama. A cidade ainda dormia, mas meu corpo não. Passei a mão pelos cabelos, respirei fundo, e deixei as imagens do sonho me invadirem de novo.

Ela estava ajoelhada. O coque desfeito. Os olhos marejados de desejo e rendição. E os lábios entreabertos, murmurando:

— “Eu sou sua, senhor Gray…”

Ajoelhada diante de mim, como se nascida para aquele lugar. Lenta, ela puxava minha calça social, libertando meu membro endurecido com reverência. E quando a boca quente envolvia cada centímetro, eu perdia o controle.

Acordei segundos antes de gozar nela. Mas o lençol não teve a mesma sorte. Joguei-o no chão com raiva. Não porque me senti envergonhado, mas porque eu queria que fosse real.

Queria ela ali. De joelhos. Molhada. Dominada. E implorando por mais.

Levantei, ainda com o corpo tenso, o coração batendo como se tivesse acabado de correr uma maratona de luxúria. Fui até o espelho. Os olhos estavam mais escuros. O maxilar travado. O peito arfando. Ela estava me consumindo e eu estava deixando.

Mais tarde, no escritório, me tranquei na minha sala.

Anne passou no corredor. Apenas um vislumbre do quadril dela mexendo sob a saia já bastava para despertar aquele lado meu que eu mantinha sob controle durante anos. Mas com ela, não existia controle. Só necessidade.

Peguei o celular e abri a galeria de fotos. Havia uma imagem que capturei de longe, durante a festa de fim de ano da empresa. Ela sorria para alguém, sem saber que era observada. A luz refletia nos olhos castanhos. Inocente. Perfeita. E minha.

— Senhor Gray? — a voz de Verônica no interfone.

— Diga.

— O detetive particular deixou o envelope com as informações que pediu.

Ah, sim. O passado dela.

Porque mesmo desejando, eu precisava saber onde estava me metendo. Ou onde a estava levando.

Peguei o envelope grosso. Abri. As folhas estavam organizadas. Escola. Faculdade. Endereço dos pais. O óbvio.

Mas um detalhe chamou minha atenção:

Diário escolar, professora da adolescência: “Anne é uma menina doce, porém marcada por perdas familiares e com traços de repressão emocional. Sente culpa ao sentir desejo. Censura o próprio corpo.”

Reprimi um gemido. Meu coração acelerou. Ela era mais do que inocente. Ela era marcada.

E eu adorava cicatrizes invisíveis. Porque eram nelas que eu sabia onde tocar para fazê-las sangrar… ou gozar.

Fechei a pasta com um estalo. Agora eu sabia. Anne não tinha medo de mim. Ela tinha medo do que sente por mim.

E eu… pretendia fazer ela sentir muito mais.

À noite, fui ao clube, mas não subi ao palco.

Fiquei na parte de trás, onde apenas os donos têm acesso. Vesti o mesmo terno escuro de sempre. Apenas observava.

As luzes piscavam, a música estourava nos alto-falantes, e as mulheres gritavam por Pecado.

Mas eu não era Pecado hoje. Era Logan. E Logan só desejava uma mulher.

Meu celular vibrou. Mensagem de um número desconhecido.

— "Sobre ontem. Não posso continuar trabalhando assim. Precisamos manter as coisas estritamente profissionais."

Sorri. Respondi:

— "Você pode tentar, Anne. Mas seu corpo já escolheu. E ele não mente."

Segundos depois, visualizei que ela leu. Nenhuma resposta.

Mas eu já tinha vencido. Porque se ela me enviou uma mensagem… é porque está pensando em mim. Se está pensando… é porque está molhada.

E se está molhada… eu vou provar. Devagar. De joelhos ou de bruços.

Anne Hall ainda acha que pode resistir.

Mas eu sou o jogo. E ela… acabou de fazer a primeira jogada.

Mais populares

Comments

Marilena Yuriko Nishiyama

Marilena Yuriko Nishiyama

ah Logan vc está parecendo mais um adolescente quando se tem um sonho erótico 🤭🤭

2025-06-07

2

Tatiani Monteiro

Tatiani Monteiro

Nossa que capítulo foi esse em ele não vai deixar ela escapar dele de jeito nenhum

2025-06-05

2

Polly 💜

Polly 💜

De vergonha ele não tem nada

2025-06-05

6

Ver todos
Capítulos
1 Avisos & Personagens.
2 Prólogo – Pecado à Primeira Vista
3 Capítulo 1 – O Ceo
4 Capítulo 2 – O Dono do Jogo
5 Capítulo 3 – A Faísca no Escritório
6 Capítulo 4 – Máscaras e Cicatrizes
7 Capítulo 5 – Promessas de Pecado
8 Capítulo 6 – Sob a Mesa, Acima de Tudo
9 Capítulo 7 – O Limite do Pecado
10 Capítulo 8 – O Jogo Está em Chamas
11 Capítulo 9 – Ardendo em Silêncio
12 Capítulo 10 – Entregue ao Pecado
13 Capítulo 11 – Entre Segredos e Promessas
14 Capítulo 12 – A Reunião que Virou Cativeiro
15 Capítulo 13 – Teus Limites São Meus
16 Capítulo 14 – O Prazer Vira Regra
17 Capítulo 15 – A Minha Vontade na Pele Dela
18 Capítulo 16 – Resistir é Inútil
19 Capítulo 17 – Marcada de Prazer
20 Capítulo 18 – Clima Fora da Empresa
21 Capítulo 19 – A Verdade em Silêncio
22 Capítulo 20 – Jogo de Entrega
23 Capítulo 21 – O Jogo Esquenta
24 Capítulo 22 – Ardência no Coração
25 Capítulo 23 – Ciúmes & Limites
26 Capítulo 24 – Verdades Não Ditas
27 Capítulo 25 – Perseguição
28 Capítulo 26 – Ruptura
29 Capítulo 27 – A Queda do Pecado
30 Capítulo 28 – O Reencontro no Escuro
31 Capítulo 29 – Confronto com o Passado
32 Capítulo 30 – A Escolha de Anne
33 Capítulo 31 – Submissa em Treinamento
34 Capítulo 32 – A Visita do Inferno
35 Capítulo 33 – Cura & Cicatrizes
36 Capítulo 34 – Anel & Algemas
37 Capítulo 35 – Cerimônia de Pecado
38 Capítulo 36 – Lua de Mel Sem Regras
39 Capítulo 37 – A Promessa
40 Capítulo 38 – Teste Positivo
41 Capítulo 39 – Último Show
42 Capítulo 40 – A Última Entrega
43 Epílogo – O Ceo da Minha Vida
Capítulos

Atualizado até capítulo 43

1
Avisos & Personagens.
2
Prólogo – Pecado à Primeira Vista
3
Capítulo 1 – O Ceo
4
Capítulo 2 – O Dono do Jogo
5
Capítulo 3 – A Faísca no Escritório
6
Capítulo 4 – Máscaras e Cicatrizes
7
Capítulo 5 – Promessas de Pecado
8
Capítulo 6 – Sob a Mesa, Acima de Tudo
9
Capítulo 7 – O Limite do Pecado
10
Capítulo 8 – O Jogo Está em Chamas
11
Capítulo 9 – Ardendo em Silêncio
12
Capítulo 10 – Entregue ao Pecado
13
Capítulo 11 – Entre Segredos e Promessas
14
Capítulo 12 – A Reunião que Virou Cativeiro
15
Capítulo 13 – Teus Limites São Meus
16
Capítulo 14 – O Prazer Vira Regra
17
Capítulo 15 – A Minha Vontade na Pele Dela
18
Capítulo 16 – Resistir é Inútil
19
Capítulo 17 – Marcada de Prazer
20
Capítulo 18 – Clima Fora da Empresa
21
Capítulo 19 – A Verdade em Silêncio
22
Capítulo 20 – Jogo de Entrega
23
Capítulo 21 – O Jogo Esquenta
24
Capítulo 22 – Ardência no Coração
25
Capítulo 23 – Ciúmes & Limites
26
Capítulo 24 – Verdades Não Ditas
27
Capítulo 25 – Perseguição
28
Capítulo 26 – Ruptura
29
Capítulo 27 – A Queda do Pecado
30
Capítulo 28 – O Reencontro no Escuro
31
Capítulo 29 – Confronto com o Passado
32
Capítulo 30 – A Escolha de Anne
33
Capítulo 31 – Submissa em Treinamento
34
Capítulo 32 – A Visita do Inferno
35
Capítulo 33 – Cura & Cicatrizes
36
Capítulo 34 – Anel & Algemas
37
Capítulo 35 – Cerimônia de Pecado
38
Capítulo 36 – Lua de Mel Sem Regras
39
Capítulo 37 – A Promessa
40
Capítulo 38 – Teste Positivo
41
Capítulo 39 – Último Show
42
Capítulo 40 – A Última Entrega
43
Epílogo – O Ceo da Minha Vida

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!