Capítulo 2

A mansão dos Collins se encheu para o cortejo de Bento, o coronel aposentado da polícia não era visto a anos por seus familiares e amigos mais isto não impediu que uma verdadeira comoção girasse em torno de sua morte, Alice foi vestida como uma boneca por Dora, a menina que em dez anos sequer soube o que era um calçado ou roupa nova foi coberta por luxo de forma que qualquer um que a visse tivesse a certeza que a mesma era tratada como uma princesa pela madrasta.

Alice não havia dito uma única palavra desde o momento em que foi comunicada da morte do pai, quando o caixão com o corpo do mesmo foi posto junto as inúmeras coroas de flores e homenagens simplesmente chorou, não reconhecia o homem deitado na urna, bem mais velho, com a aparência cansada, sem a barba que dás lembranças que ainda tinha era a de maior força, Alice se debruçou sobre o caixão, enquanto sussurrava a canção de ninar que o pai cantarolava quando criança adormeceu, estava exausta, não havia se recuperado completamente do último castigo que recebeu e o seu corpo que havia sucumbido aos poucos cedeu, Alice acordou nos bracos de um jovem rapaz, assustada encarou com atenção os olhos azuis em um tom tão profundo quanto os seus.

— Quem é você?

— Durma, vai ficar tudo bem.

Ele disse baixinho, o corpo coberto por tatuagens coloridas chamou atenção de Alice, apesar de jovem ele era forte, tinha um sorriso bonito, ao abrir a porta do quarto de Dora a deitando sobre a cama a fez entrar em pânico, se provar a comida lhe rendeu um castigo que quase a matou o que a madrasta faria ao vê-la deitada sobre os mesmos lençóis em que dormia?

— Não posso ficar aqui, é o quarto da mamãe, ela vai brigar comigo.

Saltou ao chão caindo de joelhos, o rapaz a encarou com atenção, olhou com pena.

— Ela pediu que a trouxesse para cá.

Alice se encolheu contra a parede, abraçada as próprias pernas fitava o rapaz como um bicho acuado, somente quando ele saiu se levantou, se sentou no chão ao lado do criado, o homem que deixou a suíte encarou firmemente Dora que naquele segundo ja ia ao seu encontro.

— Pobre garota, tão bonita é mesmo louca?

Perguntou de um jeito desconfiado, Dora sorriu.

Dora Collins

— Já menti para você amorzinho?

Beijou sua boca, sequer respeitou o velório do marido que na parte de baixo da casa ainda acontecia.

— Dora, seu marido.

— Não estou entendendo todos esses pudores agora Oliver.

Oliver Ivanov.

O encarou de forma sexy.

— Transamos na frente dele enquanto vegetava naquele quarto.

Oliver a olhou com receio,passou as mãos pelos cabelos.

— Quer saber, que se foda, o velho morreu mesmo.

A beijou na boca, as mãos firmes entraram por baixo de seu vestido afastando a calcinha que ela vestia, Dora gemeu na boca do garoto, Oliver tinha exatamente a mesma idade que Alice, 17 anos recém completados.

— Porra, você é tão gostosa.

Praguejou enquanto vestia o preservativo, no meio do corredor entrou firme em sua intimidade, metia com força quando um barulho de tosse Chegou aos seus ouvidos.

— Senhora.

Oliver abotoou imediatamente a calça, saiu rapidamente de Dora que desceu o vestido desconcertada, havia sido pega no flagra pelo advogado de seu falecido marido.

— Obrigada pela ajuda Oliver, pode ir agora.

— Com licença.

O rapaz andou pelo corredor em silêncio, Dora sorriu de forma falsa.

— Havia algo incomodando em meu olho, Oliver é amigo da minha enteada, ajudou que eu retirasse um cisco que me arranhava.

O advogado não escondeu a repulsa, pensou, será que ela o achava idiota?

— É claro senhora, espero que esteja melhor agora.

Dora arrumou o vestido, alinhou os cabelos.

— O cortejo acaba de sair para o crematório, como já havia deixado explícito que não tinha interesse de estar presente durante a incineração vim informa-la da remoção do corpo.

— Está bem, pode ir agora.

Já dava as costas ao homem que lhe interrompeu.

— Só um momento senhora, antes de ir quero deixá-la a par do horário em que será aberto o testamento do senhor Bento Collin's.

— Testamento?

Dora o encarou confusa, não sabia de nenhum testamento.

— Sim, antes de Bento deixar a mansão e ser levado ao chalé ele me procurou em meu escritório, ainda não entendo como em um dia ele estava tão bem e em outro vegetando em uma cama.

Dora sorriu, quase engasgada com seu próprio veneno.

— Não sabia de nenhum testamento, não entendo a necessidade de um já que somos apenas eu, Suzi nossa filha adotiva e minha enteada, certamente serei a tutora

— Sigo apenas ordens, Bento era um homem muito rico, inteligente, de certo queria apenas se certificar de que a senhora e as filhas ficariam amparadas.

Dora andou até ele, sorrateiramente sexy, tocou a gravata do homem que a encarou sério.

— Pode me adiantar o conteúdo do documento?

Ele a afastou, era um homem casado, justo e que respeitava a memória do amigo que acabava de velar.

— Saberá na terça, é extremamente importante que as meninas estejam presentes, os papéis que trouxe para Alice assinar a alguns dias já foram levados ao cartório e autenticados pela juíza, também comuniquei no internato que Suzi deve ser liberada para estar presente na abertura do testamento, não entendo porque não está aqui velando o pai

— Ainda não me disse o que eram aqueles papéis.

— Apenas um dos desejos anexados ao testamento, a última vontade do pai delas.

Dora o encarou com ódio, raiva.

— Passar bem senhora.

Saiu a deixando sozinha, não continha sua irá, Dora abriu a porta, Alice que dormia encolhida no chão foi arrastada pelos cabelos por ela.

— Mamãe, mamãe.

Chorava, trancada no sótão implorava para não ser deixada no escuro, tinha medo e Dora usava isso contra ela.

— O que tinha nos papéis?

Gritava.

— Eu não sei mamãe, não tive tempo de ler, o advogado disse que não precisava.

Chorava ainda mais desesperada.

— Por favor me tire daqui, está escuro, tenho medo.

Dora sorriu.

— Que seja devorada pelos demônios nesse sótão Maldita.

Alice gritou em desespero até que a voz lhe abandonasse, quando finalmente dormiu já era quase dia, o estômago doía e a garganta arranhava, Dora andava pela casa em sua linda camisola de seda, o telefone foi pego por ela.

— Oliver.

Disse com um sorriso no rosto, a sedução de seu tom ecoou pelo quarto.

— Estou sozinha, usando uma camisola vermelha e com aquele perfume importado que você adora.

O rapaz disse algo obsceno do outro lado.

— Sempre trep@ gostoso amorzinho não demora, sua pantera te espera .

Ela desligou, se deitou sobre a cama com um olhar satisfeito na face, não via a hora de saber o que tinha no tal testamento pois junto dele viria o desfecho que tanto esperava, não havia nada que Bento pudesse fazer, pensou, ela era a única com amparo jurídico para cuidar das garotas, os bens e todo dinheiro indiretamente estariam a sua disposição e o teria, mesmo que para isso tivesse que se livrar definitivamente de Alice e da irmã herdando sozinha a fortuna dos Collin's.

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Comments

Erika Silva

Erika Silva

coitada da Alice, com medo só não fico com mas do pq logo logo eu vou ter inveja dela com os dois bonitão

2025-06-03

4

Celma Rodrigues

Celma Rodrigues

Dora é tia do Oliver, misericórdia, está se vingando duplamente do cunhado Dallas e a irmã.

2025-05-27

2

JannaDIB77💋💋💋🌹🌹🌹

JannaDIB77💋💋💋🌹🌹🌹

Ah meu menininho Oliver queria colocar no colo 🥰🥰😞 só de lembrar o que teve que passar para sobreviver🥺

2025-06-10

1

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