Capítulo 4

CAPÍTULO 3.

Saí da mansão com um fervente desejo de vingança no meu coração. Nunca havia experimentado uma emoção tão poderosa: um fogo escuro e cruel que me consumia por dentro. Tinha passado de adorar Dreiner com cada parte do meu ser a desejar vê-lo destruído, convertido em cinzas. Queria esmagá-lo com as minhas próprias mãos, fazê-lo sofrer em cada instante deste tormento que me dilacerava.

Essa noite, enquanto o mundo descansava, elaborei meu plano. Em frente ao espelho, com os olhos inflamados pela ira e a traição, prometi a mim mesma que não deixaria que me arrebatassem nada mais. Nem a minha identidade. Nem a minha liberdade. Tinha claro que Dreiner era ambicioso, que sua cobiça não conhecia limites. E se precisasse prometer minha alma ao diabo para derrotá-lo, o faria sem pensar.

Ao amanhecer, arrumei-me de uma forma que não fazia anos. Vestido preto justo, maquiagem perfeita, cabelo solto ondeando como um estandarte. Já não era a esposa submissa. Já não era a mulher que aguentava em silêncio. Era hora de demonstrar o que realmente era Antonella Bernal.

Fui à empresa como se marchasse para uma batalha.

Mas Dreiner tinha me armado outra armadilha. Uma que nunca vi vir.

Apenas cruzei as portas de cristal, uma rajada de flashes me deslumbrou. Repórteres, câmeras, policiais. . . tudo aconteceu com tal rapidez que mal pude reagir. Me puseram as algemas em frente a todos, entre gritos e empurrões. Minha dignidade foi pisoteada enquanto tiravam minhas pertenças como se fosse uma criminosa.

As acusações não tardaram em chegar: desvio de fundos, aquisição de materiais de má qualidade, licitações falsas, construções ilegais. Apareceram documentos assinados por mim em cada página, provas falsas que me apontavam como a líder de uma fraude milionária.

Meu advogado, com uma expressão de horror, me disse a única verdade que não queria escutar:

—Tudo te envolve, Antonella. Não há forma de escapar. O melhor seria que se declare culpada.

A força que havia reunido durante a noite se desvaneceu como pó no ar.

Não me concederam fiança. Me levaram a uma cela fria onde outras mulheres me receberam com risadas zombeteiras e punhos erguidos. Me golpearam e me tiraram a pouca roupa que levava. Me deixaram em um canto, encolhida, feita um novelo, rota e sem dignidade.

Deixei de falar. De lutar. Para mim, a vida tinha terminado, perdi tudo por um amor que aparentemente só eu sentia, um amor que agora que penso era doentio.

Os dias seguintes foram uma repetição sombria e miserável, a sentença chegou rapidamente, como um machado que corta: delitos federais, prisão perpétua. Também apareceu uma conta secreta na Suíça, cheia de milhões que, supostamente, eu havia roubado. Não podia acreditar. Mas sabia que cada detalhe havia sido meticulosamente planejado por Dreiner. Eu, a esposa leal, a sócia fiel, agora era vista como a única responsável perante todos.

Enquanto me levavam à prisão de máxima segurança, uma pequena televisão na estação me deu o golpe final: Dreiner, impecável, com uma expressão triste, fazia um comovente discurso frente às câmeras.

—Estou destroçado. . . —disse, sua voz tremendo, enquanto Paloma, brilhando radiante ao seu lado, continha lágrimas falsas—. Nunca pensei que Antonella faria algo assim. Mas assumirei a responsabilidade de reparar o dano. . . e seguir em frente.

E eu, com as mãos acorrentadas e o olhar vazio, compreendi finalmente: tudo tinha sido uma armadilha desde o início, uma que eu por estúpida não quis ver.

Passaram os meses. Perdi o apetite. Não conseguia dormir. Cada dia, meu espírito se debilitava um pouco mais. Até que, uma noite, umas sombras entraram na minha cela.

Eram mulheres grandes, com tatuagens, e olhares assassinos. Se aproximaram em silêncio, como lobas famintas. Uma delas, fazendo uma careta cruel, me sussurrou ao ouvido:

—Isto é uma mensagem de Paloma Valencia… Diz que vá direto ao inferno.

Não me defendi. Não gritei. Aceitei cada punhalada como um ato de misericórdia. Senti o sangue quente fluindo pelo meu corpo, manchando o chão. E com cada golpe. . . me afastava um pouco mais deste mundo.

No meu último suspiro, olhando o teto sujo e longínquo, murmurei uma oração dilacerada:

—Deus. . . se me concedesses outra oportunidade. . . te prometo que não serei a mesma. Não mereço este final. Se há justiça divina. . . que os culpados paguem.

Então, a escuridão me envolveu.

E morri.

Ou ao menos. . . isso acreditei.

Boas-vindas a esta nova história, obrigada a todas as que tiram tempo para ler meus romances, como saberão eu publico de segunda a sexta, este romance está em edição, não se irritem é um romance curto, mas sei que gostarão igual que os outros, não se esqueçam de comentar e deixar seus gostos quero saber se gostam desta trama. Obrigada de novo por ler meus romances e não se esqueçam de me seguir para que recebam a notificação cada vez que publico. Beijos a todas e mil obrigadas.

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Comments

MRL-Lima

MRL-Lima

espero que ela der a volta por cima. Que aprenda a se valorizar, a ter amor próprio.
Dar o valor a quem merece.

2025-07-27

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