Primeira vez
Hélio e Ingrid viveram altos e baixos nos últimos minutos, mas no fim a situação de momento é que um homem e uma mulher estão a sós, ambos adultos e com desejo um pelo outro e isso é o bastante, sem contar todo o contexto que havia entre eles.
- Entendo... aqui não - Hélio entende a negação de Ingrid.
- Motel? - ela pergunta, colocando os braços para trás um pouco envergonhada em falar tão abertamente o lugar que pensou.
O CEO acha motel um lugar vulgar, mas não queria correr o risco de estragar tudo. Como sempre, calculando suas ações, decidiu que valia mais a pena ir em um ambiente promíscuo que perder a chance de ter algo com a mulher que desejou há algum tempo. Tudo isso pensado rapidamente tanto que a jovem nem notou nada.
- Um beijo tudo bem, certo? - ele perguntou sorridente.
- Certo - ela respondeu sorrindo da mesma forma.
O beijo rolou com calma no começo, mas depois que as línguas se tocaram um já foi agarrando o corpo do outro... então pararam e se arrumaram para saírem de lá, disfarçando o ocorrido, contudo com muito desejo por continuar em outro lugar.
Os dois saíram de lá juntos. Eles entraram no veículo do empresário, conversaram brevemente sobre preferências na cama e minutos depois estava entrando em um motel. O homem pediu por um quarto e entrou com ela. Estacionou e entraram.
Ao entrarem no lugar, aquele especificamente a primeira vez de ambos, eles olharam ao redor. Ela tomou a atitude de ligar o ar condicionado e sentou-se na cama. Ele se inclinou para beijá-la e depois do beijo o calor interno de ambos aumentou bastante. Antes, ainda, da ação, a moça pediu licença para ir ao banheiro e lá tomou uma ducha.
Trinta minutos depois ela retornou ao banheiro, dessa vez com ele. E depois eles voltaram para o quarto e começaram a se arrumar. Hélio explicou que ainda precisava voltar para trabalhar e Ingrid pediu para que antes a deixasse em casa. E assim ele fez.
A despedida um selinho e uma promessa em trocar mensagens. Ambos estavam um pouco sérios um com o outro, mas depois que cada um seguiu seu rumo os sorrisos eram notáveis em suas faces. Especialmente em Hélio. Ingrid ainda lidava com a pressão de estar desempregada.
A troca de mensagens se deu poucas horas após a primeira vez. Ele tomou a iniciativa. Não demorou muito e ela respondeu. O clima ainda era frio, apesar de tudo que rolou. Aquilo o chateava, porém buscava ser compreensivo e não reclamava de nada. Ela estava machucada com tudo que aconteceu antes e tentava ir devagar.
No dia seguinte foi a vez dela ficar decepcionada. Ao pedir um encontro, à noite, ele negou. Ingrid começou a ficar desconfiada, afinal por que não poderia a encontrar num horário fora de serviço? Hélio disse apenas que tinha trabalho a fazer.
Não era mentira, de fato ele, até pela sua posição na empresa, costuma trabalhar em casa, respondendo e-mails e falando com funcionários. Só que durante o dia ele conseguiu sair e então por qual motivo ele não poderia sair à noite?
Ingrid logo pensou que ele estaria encontrando outra mulher, ou pior, poderia ser comprometido. Hélio não falou nada sobre isso, mas também não foi questionado. A jovem simplesmente havia olhado suas mãos e não vira aliança e aquilo parecia o suficiente. Mas depois ela voltou a forçar sua memória e não viu relógio. Nem acessório nenhum.
Em tempo de ficar louca em sua própria neura, ela decidiu pedir por outra rede social, mas ele só deu a rede social da empresa, que, obviamente, não consta se ele tinha alguém ou não. Sem saída ela decidiu perguntar diretamente se ele era casado.
Ele sempre responde na mesma hora que visualiza. Dessa vez ele viu e demorou para digitar. Então começou a digitar. E apagou. E depois começou de novo. E apagou. E ficou sem digitar. Ingrid já estava para mandar outra mensagem exigindo resposta, mas finalmente Hélio responde.
A resposta era misteriosa. “Se eu fosse eu acho que diria que não sou. Não gosto de mentira, então prefiro não falar sobre isso”. O que se poderia concluir de uma resposta assim? Ingrid então concluiu que ele era casado e já ficou com raiva, mas Hélio manda uma nova mensagem: “Eu era casado antigamente e isso não nos impediu em nada, mas hoje, de fato, estou solteiro”.
De certo modo ela ficou aliviada, então respondeu que “Antigamente não aconteceu nada demais”, e depois ficou pensativa. Então mandou “Por que quis se encontrar comigo se era casado?”. Decidiu tentar entender o ponto dele antes de julgar e ele até percebeu, pois respondeu “Uma decisão acertada em perguntar”.
Então, sem mais delongas, ele respondeu “Eu vi em você uma nova chance. O meu casamento era péssimo. Eu não recebia atenção, nem sexo e era cobrado, sendo que eu estava muito na frente dela, entende? Eu era um bom marido e fazia minhas obrigações, mas ela não era uma boa esposa. E ainda assim me mantive fiel. Eu não planejava atravessar as coisas e ir muito além sabe?”.
Ela ficou surpresa, pois não fazia ideia do que ele passava e então perguntou “Você terminou?” e mais surpresas vieram na resposta dele “Ela faleceu pouco tempo depois”. “Meus pêsames” foi a resposta da jovem, que nem sabia se deveria dizer aquilo ou não, mas de qualquer forma ele agradeceu a consideração.
Houve um pequeno tempo sem que eles se falassem até que ele pediu para ela falar alguma coisa, então ela disse: “Você pensa em casar de novo?”. Claro, uma pergunta nada sutil, mas também queria saber sobre a sanidade mental do CEO, que respondeu “Dificilmente”.
No fim aquela era uma resposta otimista, afinal ele deixou em aberto a possibilidade enquanto muitos já diriam que não. Também mostrava maturidade ao lidar com tudo, o que até que era esperado. Então eles decidiram se dar boa noite.
Algumas coisas do passado estavam voltando... tanto para o bem como para o mau.
Continua...
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Delicia De Souza Brito
tá meio sem sentido ,muito vazio.
2025-05-28
1
bete 💗
interessante ❤️❤️❤️❤️❤️
2025-05-13
2