O silêncio do hotel contrastava com o caos da noite anterior.
Damon estava de pé no lobby, com o rosto sério e o cabelo ainda levemente bagunçado. Vestia um robe escuro por cima da camisa branca amassada. Estava calmo, mas seus olhos denunciavam que a cabeça estava a mil.
“Vou pagar o quarto. A garota ainda está dormindo,” ele disse friamente ao recepcionista.
“Claro, senhor Damon,” respondeu o funcionário, sem sequer levantar os olhos. O nome dele era conhecido demais. Respeitado demais. Temido demais.
Damon assinou os papéis, deu ordens para que não incomodassem a garota no quarto e olhou para um dos seguranças:
“Garanta que levem café da manhã pra ela. E deixem um bilhete com meu nome. Só meu nome.”
Minutos depois, dois funcionários do hotel subiram em silêncio, levando uma bandeja de prata com frutas frescas, pão, suco de laranja, café quente e um bilhete dobrado com letras elegantes: “Damon.”
Damon colocou os óculos escuros, saiu do hotel com seus seguranças ao redor e desapareceu na manhã cinzenta de Seul como se nada tivesse acontecido.
Horas depois, já eram 10h da manhã quando SN começou a se mexer entre os lençóis brancos e macios. A luz atravessava as janelas enormes do quarto luxuoso. Ela resmungou, com os olhos fechados e a cabeça latejando.
“Ugh… minha cabeça…” murmurou, tentando sentar na cama.
Olhou ao redor, confusa. O quarto era enorme, moderno e muito caro. As paredes brancas com detalhes em dourado, o chão de madeira impecável, um lustre chique pendurado no teto… definitivamente, aquele não era o quarto dela.
“Que porra… onde eu tô?” sussurrou, com a voz rouca e o coração acelerado.
Ouviu um leve barulho na porta.
SN arregalou os olhos, puxou o cobertor até o pescoço e ficou parada. Passos. E então... silêncio. Quando se levantou devagar e foi até a porta, encontrou uma bandeja de café da manhã sobre a mesinha e um bilhete em cima.
Com as mãos tremendo, ela abriu o papel.
“Damon.”
Seu corpo gelou. O nome soou como uma lembrança turva e intensa da noite anterior. Ela apertou o bilhete contra o peito, tentando juntar as peças.
“O que aconteceu ontem? Por que eu tô aqui? Cadê a Da Hee?” pensou, se sentando na cama novamente.
A cabeça ainda girava. Seu corpo doía. Mas o coração… o coração batia forte, como se dissesse que essa história estava só começando.
E ela ainda não fazia ideia do quanto a vida dela ia virar de cabeça pra baixo.
SN colocou a mão na testa, tentando afastar a dor de cabeça que parecia martelar com cada batida de seu coração. Ela não entendia como tinha ido parar ali. A confusão era tanta que o simples ato de pensar parecia exigir esforço. A noite anterior… o que aconteceu? Ela só lembrava de flashes: o clube, Damon, beijos, o carro… depois, escuridão.
“Quem é essa hora da manhã?” ela murmurou, esfregando os olhos.
A porta do quarto se abriu, interrompendo seus pensamentos. SN se levantou rapidamente, os olhos ainda turvos, e deparou-se com uma moça sorridente, vestindo o uniforme de hotel.
“Bom dia, senhora,” disse a moça com um tom educado. “Trouxe o seu café da manhã, conforme pedido.”
SN ficou parada por um momento, ainda sem entender bem o que estava acontecendo. Ela olhou para a bandeja nas mãos da moça, para o bilhete com o nome de Damon, e sua mente parecia ter falhado em processar tudo. Ela forçou um sorriso fraco, tentando parecer normal, mas sua cabeça ainda estava girando.
“Ah… obrigado,” ela disse, com a voz rouca e baixa.
A moça percebeu que algo estava estranho. “A senhora se sente bem? Está tudo bem com você?”
SN tentou balançar a cabeça, mas a dor aumentou e ela se apoiou na porta. “Sim, só… uma dor de cabeça. Aconteceu algo ontem à noite?”
A moça olhou para a bandeja com os olhos curiosos, mas não respondeu diretamente. Ela se aproximou e colocou a bandeja na mesinha de cabeceira, deixando um sorriso cordial no rosto.
“Não posso dar muitos detalhes, senhora. O senhor Damon pediu que fosse tratado com todo o respeito, então apenas te trouxe o café como ele pediu. Se precisar de algo mais, é só avisar.”
Com isso, a moça se retirou, fechando a porta delicadamente atrás de si.
SN ficou ali, com o bilhete na mão e um nó na garganta. Damon. O nome martelava em sua mente como uma lembrança que ela não sabia se queria ter. De repente, tudo parecia tão distante, mas ao mesmo tempo tão presente. Quem era ele? E por que ela estava ali?
Ela olhou para a bandeja de café da manhã e sentiu uma pontada de fome, mas a dúvida ainda pairava no ar. O que aconteceu ontem à noite? E mais importante, o que Damon queria com ela?
A manhã estava começando a clarear, mas as perguntas só aumentavam. Ela suspirou, pegou o bilhete com o nome dele e se jogou de volta na cama, tentando entender o turbilhão de emoções que estava começando a sentir.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 30
Comments