Capítulo 2 – Choque de Culturas e Egos

No Dia Seguinte

O sol começava a nascer no horizonte dourado de Dubai quando Isabela acordou sozinha em sua suíte luxuosa. O jantar da noite anterior ainda queimava em sua memória: os olhares carregados de desejo, as provocações sutis, a tensão cortante entre ela e o Sheik Khaled. Era como um jogo de xadrez sensual, e ela estava decidida a não ser apenas uma peça no tabuleiro dele.

Vestiu uma calça branca de linho e uma blusa de seda leve, os cabelos ruivos soltos, e desceu para tomar café. O restaurante do hotel estava praticamente vazio àquela hora, exceto por um homem imponente de terno escuro, sentado em uma mesa ao canto, de frente para a entrada.

— Você acorda cedo, ruiva. — disse Khaled, sem desviar os olhos dela.

— Eu trabalho, não vivo de conquistar mulheres. — ela rebateu, pegando uma xícara de café antes de se sentar à frente dele.

Ele sorriu, impassível, como se estivesse acostumado a lidar com feras selvagens. Mas Isabela não era selvagem. Era livre.

— Não dormi muito — ele admitiu. — Você me tirou o sono.

Ela o olhou com desdém divertido.

— Vai ter que se acostumar. Eu costumo causar esse tipo de efeito.

— Modéstia nunca foi o forte das brasileiras, não é?

— Não. Assim como arrogância nunca foi exclusividade dos homens árabes.

Os dois se encararam por um segundo. Uma tensão carregada de eletricidade, prestes a explodir. Até que ele soltou uma risada baixa e sincera, jogando-se para trás na cadeira.

— Eu gostei de você.

— Eu ainda estou decidindo se gosto de você. — retrucou, tomando um gole do café.

Khaled se aproximou da mesa, os olhos verdes cravados nela.

— Hoje quero te mostrar um pouco do meu mundo.

Ela arqueou uma sobrancelha.

— Vai me levar pra conhecer suas esposas?

— Não tenho esposas. Nunca encontrei uma mulher que merecesse esse título. Até agora.

Isabela riu alto, atraindo olhares.

— Você é cheio de si, Sheik.

— Não. Eu sou cheio de poder, desejo... e decisões. Hoje, você vai comigo ao meu haras. E depois, ao palácio.

— Palácio? — Ela cruzou os braços, desconfiada. — Eu sou arquiteta, não princesa de contos de fadas.

— Ainda. — ele disse com a voz baixa. — Mas vai ser.

 

O haras de Khaled era um verdadeiro paraíso escondido entre as dunas. Cavalos árabes puro-sangue, estábulos impecáveis, e um jardim exuberante irrigado por sistemas sustentáveis que Isabela admirou com respeito profissional.

— Isso é incrível. — ela disse, olhando um dos cavalos de crina branca. — Eu amo animais.

— Quer montar? — Khaled perguntou.

Ela o olhou.

— Sem sela?

— Selvagem como você merece.

Montar sem sela. No deserto. Com aquele homem perigoso ao lado. Isabela respirou fundo. “Por que não?”, pensou.

Subiu com agilidade no cavalo branco, o vestido leve esvoaçando. Khaled montou ao lado dela em um cavalo negro, e juntos cavalgaram pelas dunas como se fossem parte do cenário.

Na volta, ele a ajudou a descer. As mãos grandes segurando firme sua cintura. Por um segundo, ficaram próximos demais. O coração dela acelerou. Os olhos dele desceram para os lábios dela.

— Você me fascina, Isabela. — disse, com a voz rouca.

Ela engoliu seco, mas manteve o controle.

— Eu não sou como as outras. Se você quiser brincar, procure outra.

— Não. — ele se aproximou ainda mais. — Eu não quero brincar com você. Eu quero queimar com você.

O calor entre os dois era tão intenso que pareciam prestes a explodir ali mesmo. Mas antes que pudesse beijá-la, ele se afastou com um meio sorriso.

— Venha. O palácio espera.

 

O palácio de Khaled era uma obra de arte da arquitetura árabe tradicional misturada com toques contemporâneos. Mármore branco, colunas imensas, lustres de cristal, jardins internos e fontes por todos os lados. Isabela caminhava pelos corredores como quem entra em outra era.

— Tudo isso... é seu? — perguntou, ainda incrédula.

— Parte da minha herança. Parte do que conquistei.

Ele a guiou até uma sala com janelas amplas e cortinas translúcidas. Um cenário digno de cinema. Lá, ele se aproximou por trás dela, lentamente, com os olhos fixos no pescoço exposto pela blusa fina.

— Aqui... ninguém ousaria dizer “não” pra mim.

Ela se virou, encarando-o.

— Então é bom começar a se acostumar com o meu “não”.

— Ou talvez... você esteja morrendo de vontade de dizer “sim”.

Antes que ela pudesse responder, ele colou o corpo no dela, puxando pela cintura, sem pressa, os rostos perigosamente próximos. Os lábios quase se tocando.

— Me diga que não está pensando em como seria me beijar agora... — ele sussurrou.

— E se eu estiver? — ela provocou, sentindo o corpo inteiro vibrar com a proximidade.

Ele sorriu.

— Então pare de lutar.

E ali, entre colunas douradas e tapeçarias finas, ele finalmente a beijou. Um beijo quente, faminto, urgente. As mãos dele deslizaram pela cintura dela, puxando-a contra si com força. Isabela respondeu com igual intensidade, os dedos cravando nos cabelos negros dele, como se esperasse por aquilo desde o primeiro olhar.

A língua dele invadiu sua boca com fome. O gosto era pecado e promessa. O beijo virou fogo. As mãos deles se exploravam com sede. Ele a encostou contra a parede de mármore frio, em contraste com o calor entre os dois.

— Eu vou te possuir de um jeito que você nunca vai esquecer, ruiva. — ele murmurou no ouvido dela, a voz rouca, dominante, selvagem.

— Veremos quem vai dominar quem, Sheik. — ela sussurrou de volta, mordendo o lábio inferior dele com provocação.

E naquele instante, sabiam: aquilo não era apenas desejo.

Era guerra.

E nenhum dos dois queria perder.

 

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