— Darius, por favor... me leve pra casa. Eu tenho que continuar ao lado do Rodolfo porque eu...
— a voz de Esmeralda vacilou, um tremor quase imperceptível denunciando a dor escondida atrás de sua mentira.
Darius apertou o volante com tanta força que os nós de seus dedos ficaram brancos. Seus olhos ardiam, e o sangue cigano que corria em suas veias já começava a ferver. Ele virou o rosto lentamente, com um sorriso cínico e os olhos mergulhados em uma sombra de fúria contida.
— Vamos... termine a frase. — Sua voz era baixa, mas cortante como uma navalha.
— Você o ama? Mesmo sabendo que ele não te ama? Mesmo sabendo que ele tem outra? É isso? Vai me dizer que escolheu ele porque, assim como seu pai, acredita que sangue nobre compensa tudo? Ele pode ser um fracassado, Esmeralda, mas pelo menos tem o sobrenome certo, não é? Muito diferente de mim, um cigano que, apesar de agora ser bilionário, nunca vou deixar de ser o empregado da fazenda do seu pai que você se divertia.
Ela sentiu o ar faltar. A verdade pesava como chumbo em sua garganta. Esmeralda queria gritar, contar que Rodolfo a ameaçara, que ele era perigoso, que sua vida — e pior, a do filho que ele não sabia existir — estava por um fio. Mas ela conhecia Darius. Impulsivo, selvagem, impiedoso quando movido pela emoção. Contar seria como acender um fósforo dentro de um celeiro cheio de feno.
Então, ela mentiu.
E fez isso com a firmeza de quem quer proteger o que ama, mesmo sendo odiada por isso.
— Sim, é verdade. — disse, mantendo o olhar fixo no dele.
— O Rodolfo pode ser um péssimo marido... mas eu o amo. Não se escolhe quem amar, Darius. E, sinceramente, é melhor ser esposa de um fracassado de sangue azul do que amante de um cigano coberto de ouro... porque, no fim das contas, você nunca vai deixar de ser o que é: um simples cigano.
O silêncio que se seguiu foi denso, quase palpável.
Darius encarou-a como se tivesse levado um soco no estômago. O orgulho ferido faiscava em seus olhos, transformando-se rapidamente em fúria. Sem dizer uma palavra, ele saiu do carro e abriu a porta do lado dela. Antes que Esmeralda pudesse reagir, ele a puxou para fora com violência contida, arrastando-a em direção ao casarão.
— Darius, me solta! — ela protestou, tentando acompanhar seus passos apressados.
— O seu comportamento só prova o que eu disse... você é mesmo um cigano selvagem e grosseiro!
Ele parou subitamente e virou-se para ela, os olhos em brasa.
— Você ainda não viu nada, Esmeralda.
Ela tropeçou nos saltos e quase caiu, mas antes que tocasse o chão, Darius a ergueu nos braços como se ela não pesasse nada. Subiu as escadas de dois em dois degraus, com ela presa contra seu peito, e empurrou a porta do quarto com o pé. Jogou-a na cama com força, mas sem violência — com uma precisão calculada que fazia seu coração disparar.
Esmeralda tentou se levantar, mas ele estava sobre ela num instante, os olhos faiscando.
— Quer dizer então que eu nunca vou passar de um simples cigano? Indigno da princesinha arrogante e mimada dos Alencar? Eu não dou a mínima para o que pensa sobre mim — murmurou, aproximando-se tanto que ela podia sentir sua respiração quente em seu pescoço e depois continuou:
— E nem pense que isso vai me fazer desistir de você... ou melhor, me fazer desistir de me vingar de você. Se no passado eu te amei e não passei de uma diversão para a filhinha do papai rica e mimada, agora é você que será minha diversão, nessa cama, fora dela, onde e quando eu quiser.
Ela o olhou, o coração batendo descompassado. Queria odiá-lo. Queria manter o controle. Mas o cheiro dele, o calor, o magnetismo... tudo nela respondia à presença dele.
Darius afastou-se por um instante, os olhos fixos nela. Então começou a se despir lentamente, como um desafio silencioso. Cada botão desfeito da camisa revelava músculos definidos, o peito marcado por uma fina penugem escura que descia até o cós da calça.
Ela não conseguiu desviar os olhos. O desejo era traiçoeiro, e por mais que sua razão gritasse para resistir, seu corpo pulsava. Principalmente ali — no centro do desejo, onde o calor se acumulava como uma chama silenciosa.
Ele se aproximou dela, agora apenas de calça, o olhar firme.
— Vai continuar fingindo que não sente nada? Vai dizer que prefere ser de um homem que te destrói, quando posso ver que mesmo me achando um ser insignificante, morre de desejo por mim.
Esmeralda se levantou lentamente, desafiadora. Tirou o vestido pela cabeça, sem vergonha ou hesitação, ficando completamente nua diante dele.
— Se tudo isso é só vingança pra você, vá em frente. Mas saiba que terá uma mulher fria em seus braços.
Darius se aproximou mais, e com um toque inesperadamente gentil, segurou o rosto dela.
— Não... você nunca foi fria comigo. Nem agora. Pode odiar o que sente, mas não pode apagar.
O quarto era tomado pelo silêncio tenso que antecede uma tempestade. Os corpos nus, as respirações ofegantes, os olhos em brasa. Darius a fitava como um predador que, depois de anos de fome, finalmente encontrava sua presa — mas ela não era indefesa. Ela era a mulher que o ferira, que agora incendiava tudo ao redor com apenas um olhar.
Ele se aproximou devagar, como se saboreasse o momento. Passou os dedos por sua cintura, subindo com lentidão até alcançar os seios, que arfavam, sensíveis sob seu toque. Ele os apertou com força, explorando cada curva com as palmas quentes, com a urgência de quem precisava se gravar ali, marcar território. Esmeralda gemeu baixo, sentindo os mamilos endurecerem sob suas carícias rudes e precisas.
As mãos dele desceram, firmes, seguras, até encontrarem sua intimidade já úmida. Esmeralda arqueou o corpo, surpresa pelo próprio desejo, que latejava entre as pernas. Darius deslizou os dedos por entre seus lábios sensíveis, provocando-a, fazendo círculos em seu clitóris lentos e depois rápidos, até ela soltar um grito rouco de prazer contido.
— Darius... — ela tentou protestar, mas ele não permitiu.
A virou de costas, puxando seus quadris para si, fazendo-a se apoiar nos cotovelos. O gesto foi bruto, dominador, mas ela sentiu o arrepio do poder dele correr por sua pele. Ele segurou seus cabelos, puxando com firmeza, expondo sua nuca, sua coluna arqueada — toda entregue a ele.
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Atualizado até capítulo 32
Comments
Jeneci Nunes
Esmeralda não negue esse amor.
2025-04-30
2
Dione Lopes
Falei logo a vdd pra ele dizer porque se casou vai ser pior, quando descobrir a verdade.
2025-05-16
0
Anna Lucia Da Silva Pereira
Esmeralda aproveita tudo isso aí minha querida
2025-05-15
0