desconfianças em Rufino...

Meses depois ...Dina estava mostrando amostras de tecido a uma cliente, Sra. Mariana, quando a conversa desviou para os preços.

Sra. Mariana: …e o Rufino, que querido, me fez um preço tão especial! Muito abaixo do que vocês costumam praticar.

Dina sentiu um choque. O sorriso congelou em seu rosto. Ela tentou manter a compostura, mas a irritação a consumia por dentro.

Dina: (forçando um sorriso) Ah, sim… o Rufino às vezes tem… flexibilidade nos preços para clientes especiais.

Sra. Mariana: Especial mesmo! Ele me disse que estava com uma pequena folga na agenda e conseguiu me dar um desconto considerável.

Dina: (tentando disfarçar) Que ótimo para a senhora. Mas… nossos preços são fixos, como a senhora sabe. É importante manter a transparência com todos os clientes.

Nesse momento, Tieta entrou na sala, carregando uma pilha de documentos.

Tieta: Dina, você está atendendo a Sra. Mariana? Que bom! Preciso apenas de um minuto da sua atenção.

Tieta percebeu a tensão no ar e lançou um olhar perspicaz para Dina. Ela sabia que algo estava errado.

Tieta: (baixinho, para Dina) O que foi isso?

Dina: (baixinho, para Tieta) A Sra. Mariana disse que o Rufino deu um desconto enorme para ela. Muito abaixo do nosso preço.

Antes que Dina pudesse continuar, Rômulo entrou na sala, atraído pela conversa baixa.

Rômulo: O que está acontecendo aqui? Vi vocês falando em voz baixa.

Dina, sem conseguir mais esconder sua irritação, explodiu:

Dina: Rômulo, a Sra. Mariana acabou de me dizer que o Rufino deu um desconto enorme para ela, muito abaixo do nosso preço oficial! Isso é inaceitável! Ele está sabotando a empresa!

Rômulo: (surpreso) Rufino? Isso é grave, Dina. Ele nunca faria isso… ou faria?

Sra. Mariana, visivelmente desconfortável, tentou se justificar:

Sra. Mariana: Eu não queria causar problemas… ele simplesmente me ofereceu um preço melhor, bem melhor que esse( vai embora sem graça)

Tieta, interveio:

Tieta: Precisamos conversar sobre isso, é uma acusação grave, acho que meu marido não faria isso, talvez a senhora Mariana, falou isso para ganhar um desconto, o Rufino nunca me falou nada.

Rômulo: fique calma tieta!

Dina: Tem razão, Tieta. Vamos resolver isso internamente. Isso precisa ser esclarecido.

Dina, ainda furiosa, Rômulo e Tieta se entreolharam, sabendo que tinham um problema sério para resolver. A confiança em Rufino, que já havia sido abalada no passado, estava prestes a ser descoberto todas as suas mentiras.

Dina: cadê ele falando nisso?

Tieta: ele disse que não estava se sentindo bem, por isso ficou em casa...

Rômulo: ( olha para as crianças) o que está acontecendo com Cassiano, parece que não está bem amor.

Dina: é mesmo, deve ser alguma coisa que ele comeu, vou ver ( encosta a mão em sua testa e percebe que ele está com febre)

ele nunca deu febre, por isso está tão quetinho...vou levar ele no hospital rapidinho, você cuida da empresa amor!

Rômulo: sim, se quiser eu levo ele.

Dina: não amor eu mesmo levo, fica ajudando a Tieta aí...

Chega uma cliente e Tieta, vai conversar com ela...

Dina chega no hospital, o Cassiano é atendido e medicado e Dina está voltando para a empresa, para o carro no sinaleiro e conversa com o filho e da uma olhada para os lados e vê o carro de Rufino, parado em local de jogos...

Dina: não acredito que ele está fazendo isso, por isso o dinheiro está sumindo e a conta nunca bate, ainda mentiu para a mulher falando que não estava se sentindo bem...

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