O Campo da Lua Quebrada era o local onde homens treinados pela Ordem da Lua serviam como soldados, batedores ou escudeiros.
Nenhum deles podia tocar em magia. Nenhum deles podia olhar uma sacerdotisa nos olhos sem ser punido.
Agora, Elior era mais um entre eles… só que diferente.
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Lucas
[Observando o campo pensando]
"Todos esses homens… resignados. Aceitando o que lhes foi imposto.
Mas eu… eu ainda lembro do que era ser livre
As treinadoras — todas mulheres — tratavam os homens como ferramentas: duros exercícios, pouca alimentação, noites em claro.
Qualquer desobediência era punida com chicotadas de magia pura, gravando cicatrizes no corpo e na mente.
Treinadora Lysandra
"Homens! Vocês são escudos! São lâminas sem vontade! A magia pertence às filhas da lua, não a vocês!"
Lucas
[Pensamento]
"Talvez para eles. Mas não para mim."
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Durante uma noite, enquanto dormia isolado, Elior sentiu algo estranho.
A marca de servidão em seu braço queimava. Mas não de dor — era como se algo dentro dele estivesse resistindo.
A runa tremia, piscando como uma estrela à beira da morte.
E então... ela se quebrou.
Por um instante, a magia fluiu livremente por seu corpo, sem a permissão do Conselho.
Lucas
[Arregalando os olhos]
"Quebrar a marca… é impossível! Disseram que era eterna!"
Mas não para ele.
Dentro do sangue de Elior corria um poder ancestral — uma magia ainda mais antiga que a Ordem da Lua:
A Magia Livre, a habilidade de dominar energia sem precisar de permissão, contratos ou runas.
voz desconhecida
[Voz na mente de Elior - a mesma de antes]
“Você é o herdeiro da Magia Livre. Um dom que as mulheres deste mundo enterraram há séculos. Você é o último.”
Lucas
[Suando frio]
"Se descobrirem isso… vão me matar. Não me treinar."
No dia seguinte, durante os treinos, Elior disfarçou seu novo domínio.
Enquanto os outros homens carregavam pesos e obedeciam em silêncio, ele sentia o poder pulsar sob sua pele, pronto para ser liberado.
Mas ele sabia: um erro, uma faísca fora de hora, e as conselheiras o destruiriam antes de deixar que essa "anomalia" crescesse.
Elior agora entendia:
Não bastava sobreviver.
Ele precisaria aprender a jogar o jogo das mulheres poderosas, se infiltrar entre elas...
E, no momento certo, mudar o mundo inteiro.
Mas primeiro, ele precisava de aliados. E, naquele lugar de correntes invisíveis, confiar em alguém seria tão perigoso quanto lutar contra o próprio Conselho.
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