Arrastado pelas guardiãs, Elior foi levado até o Templo de Luenna, o coração de Lourenne, onde apenas mulheres pisavam livremente e decidiam o destino dos reinos.
A grande cúpula do templo era feita de pedra negra e refletia a luz da lua como um espelho líquido. No centro, o Conselho da Lua o aguardava — sete mulheres poderosas, cada uma representando um pilar da sociedade: Sabedoria, Magia, Guerra, Justiça, Riqueza, Agricultura e Ciência.
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Lucas
[Ajoelhado]
“Nesse mundo… ser ouvido é um privilégio para elas. Para mim, é um risco.”
As conselheiras usavam vestes pesadas, coroadas com símbolos lunares. Cada uma delas olhava para Elior com a frieza de quem observa algo perigoso.
Alta Sacerdotisa do Conselho
sumária
Homem de sangue amaldiçoado, reconhece seu crime diante da Ordem da Lua?
Lucas
[Confuso]
"Qual crime? O de nascer? De existir?"
Um murmúrio atravessou a sala. A audácia dele era inédita.
sumária
[fala Fria]
"Seu crime é portar magia sem consentimento. Usar o dom das mulheres.
Sua mãe foi destruída por desafiar nossas leis. Agora, o mesmo destino te aguarda...
A menos que mostre ser útil à ordem."
Lucas
[Pensamento rápido]
“Se eu me rebelar agora, serei esmagado. Tenho que ser mais esperto…”
Lucas
[Em voz alta ele diz:]
"Se magia é controle... então me ensinem a controlar. Eu ofereço minha magia à serviço da ordem."
As conselheiras se entreolharam. Nunca antes um homem tinha se curvado oferecendo magia como moeda de troca.
Nos olhos da maioria, havia desprezo. Mas nos olhos da Conselheira da Magia, Velanna, um brilho diferente — curiosidade.
Velanna
[Levantando-se]
> "O conselho deve considerar:
Um homem que domina magia pode ser uma arma... Uma ferramenta rara em guerras.
Nós o moldamos, ou matamos."
O templo ficou em silêncio mortal. As outras conselheiras ponderavam.
Lucas
[Tenso]
“Ser treinado como arma… ou morrer aqui. Essas são minhas opções.”
sumária
[Autoritária]
"Decidido está. Será treinado sob vigilância.
Mas saiba, homem: jamais terá terras, jamais terá herança, jamais terá voz."
Lucas
[Murmurando]
"Se eu tiver poder... talvez um dia, possa escolher."
Assim, Elior foi marcado com o Símbolo da Servidão, uma runa cravada em sua pele pelo fogo mágico. A marca impedia que ele usasse magia sem permissão do conselho.
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Enquanto era levado para a ala de treinamento, Lucas refletia:
Lucas
[Determinado]
"Esse mundo despreza homens. Mas é nesse mundo que eu vou mudar as regras... ou morrer tentando."
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