Marcas da magia

Maria, a bruxa, olhava para todos nós com atenção. O alfa, a Luna e Kaleb tinham os olhos cheios de lágrimas. Minha mãe também. Meu pai colocou o braço nos ombros do Alfa para apoiá-lo enquanto minha mãe abraçava Carina e Kaleb.

- O que isso tudo significa\, Maria? Por favor... – Tia Carina suplicou.

- Alguns feitiços deixam marcas. Elas podem ser marcas no corpo de quem faz ou recebe. Podem ser marcas temporais. E podem ser marcas físicas\, se materializando em objetos... como esse. Eles surgem com o tempo e se fazem ser encontrados. E as intenções ficam claras nesses objetos. O arco-íris significa que a princesa foi levada por alguém que não queria fazer mal a ela. As luzes azuladas indicam que ela está protegida ou isolada por magia. E a escuridão mostra que quem irá encontrá-la ainda não está pronto. Isso é tudo o que consigo dizer agora. Mas há esperança.

- Estão a escondendo com magia? – Kaleb perguntou.

- Sim. É provável que até sua loba\, que deveria aparecer no próximo mês\, esteja sendo afastada.

- Então ainda há esperança... – Tia Carina olhava para Tio Marcos com um sorriso.

- Sim. Mas ainda não é o tempo do encontro. Quem vai encontrar a princesa precisa de mais tempo. Quando o reflexo preto se tornar branco\, essa pessoa estará pronta. Ainda não sabemos quem é\, mas irá acontecer. Virei de tempos em tempos testar a luz.

- Obrigado\, Maria! Você foi de grande ajuda!

A velha senhora se curvou para o Alfa, e saiu pela porta, de volta para sua rotina.

- Alguém vai encontrar nossa filha. Ela está bem e viva!

 A noite chegou e meus pais me acompanharam pela floresta até uma clareira, onde a lua cheia brilhava e iluminava todo o espaço. Logo chegaram também o Alfa, a Luna e Kaleb.

- Não poderíamos deixar de estar com você nesse momento\, Alexis. – O Alfa falou para mim.

- Se a Anna estivesse aqui\, ela faria questão de estar com você! – Carina me cumprimentou com um abraço.

Kaleb apertou minha mão e disse:

- Se prepara\, a primeira vez é bem difícil\, mas depois você se acostuma e se torna muito fácil.

Ficamos todos parados olhando para a lua. De repente, um facho de luz parou sobre mim e comecei a sentir uma dor terrível. Ouvi meu pai dizer “começou”. Senti meus ossos se partindo e mudando de lugar. Caí no chão e o ar pareceu faltar por um momento.

- Isso filho\, você está indo bem\, já está quase no final! – Meu pai estava ao meu lado.

A dor parou de forma tão rápida quanto veio. Olhei para baixo e vi minhas roupas rasgadas no chão.

Duas enormes patas cinzentas estavam onde antes eu via meus pés. Logo, mais cinco lobos estavam ao meu redor e uma voz falou em minha cabeça.

“Finalmente juntos, Alexis. Sou Apolo, seu lobo!”.

O instinto me fez correr loucamente pela floresta. Os outros lobos, dois marrons, que eu sabia serem meus pais, uma loba branca que eu sabia ser Tia Carina e dois enormes lobos pretos, nossos alfas, corriam junto comigo. Faltava um lobo nesse grupo... Anna... A imagem dela, ainda menina, com aquele vestido de bolo de aniversário cheio de borboletas, veio na minha mente. O que ela estaria fazendo agora?

“Vamos encontrar a Anna, Alexis. Eu te prometo isso. Vai ser nossa missão!”.

“Obrigado, Apolo.”

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