O corredor parecia infinito. Cada passo de Aria fazia eco nas paredes de pedra polida, como se o próprio castelo estivesse observando.
Ela andava com rigidez, tentando parecer nobre e composta. Por dentro? Um colapso completo.
— Ok, ok, pensa… — murmurava entre os dentes. — Você leu esse mangá! Sabe quem é o Ryker. Frio, calculista, assassino de reinos inteiros. E agora você é a noiva dele. Parabéns, Aria. Mandou bem.
O guarda à sua frente parou diante de uma porta alta de prata.
— O Imperador espera.
Antes que pudesse responder, as portas se abriram sozinhas, com um rangido lento e pesado. Aria engoliu em seco e entrou.
O salão era imenso. Cortinas negras, brasões dourados e um trono elevado. Sentado nele, estava ele.
O Imperador Ryker.
Alto, cabelos negros como a noite e olhos... olhos de puro gelo. O tipo de olhar que poderia atravessar aço.
Aria travou.
Ele a analisava em silêncio, como se tentasse decifrar algo. Ou julgar. Talvez ambos.
— Então… — sua voz cortou o ar como uma lâmina afiada. — Você finalmente acordou.
Ela tentou abrir a boca, mas tudo que saiu foi um som engasgado.
— Não finja surpresa — continuou. — O selo do pacto foi feito. Você me pertence agora.
— Pertencer?! Eu sou uma pessoa, não uma cadeira! — o pensamento gritou dentro dela, mas tudo que conseguiu foi murmurar:
— Deve haver um engano…
Ryker desceu os degraus lentamente, cada passo pesado como um presságio.
— Não há enganos aqui, Lady Aria. Você foi chamada por um antigo feitiço do sangue imperial. É sua alma que responde à linhagem do trono. Sua presença aqui… não é por acaso.
Ela recuou um passo.
— Escuta, eu não sei que tipo de cosplay macabro é esse, mas eu não faço parte dessa história! Eu quero ir pra casa!
Ryker parou diante dela. Estava perto. Muito perto.
— E onde exatamente é… casa?
Aria abriu a boca… mas a resposta sumiu. Porque naquele instante, uma pulseira dourada em seu pulso brilhou suavemente.
Ela não lembrava de colocá-la ali.
— Seu coração… ainda não escolheu — Ryker murmurou, como se falasse para si mesmo. — Interessante.
Antes que ela pudesse perguntar qualquer coisa, ele se virou.
— Preparem os aposentos dela. E reforcem a guarda. — Sua voz soou como ordem e sentença. — Se tentar fugir, cortem as rotas. Mas não toquem nela sem minha permissão.
Aria foi puxada para fora pelos guardas, ainda atordoada.
Enquanto era levada para seus “aposentos”, só uma coisa passava pela sua cabeça:
Isso é sério demais para ser só uma história… e eu tô no centro dela.
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Atualizado até capítulo 60
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