Capítulo 4: “A Chamada”

A aula de história transcorria normalmente. O professor explicava algo sobre guerras passadas, os alunos mal prestavam atenção, e Bakugou, como de costume, estava jogado na cadeira, entediado.
Izuku, por outro lado, estava atento, anotando tudo em seu caderninho. Sempre concentrado, sempre calmo.
Até que algo diferente aconteceu.
Um leve som de vibração ecoou da mochila de Izuku. Quase imperceptível. Mas Bakugou, sentado ao lado, notou.
Izuku congelou por um segundo, os dedos travados no ar, o lápis ainda encostado no caderno.
Ele abriu discretamente o bolso da mochila, tirou o celular e olhou para a tela. Bakugou, de canto de olho, conseguiu ver apenas um detalhe: o nome do contato não era um nome comum. Era apenas um símbolo estranho, como se fossem letras invertidas ou um código.
Izuku se levantou imediatamente.
Izuku
Izuku
— Professor...
Chamou, com a voz mais firme do que nunca.
Izuku
Izuku
— Eu preciso sair. Agora.
A classe se calou.
O professor o olhou confuso.
Professor
Professor
— Midoriya, estamos no meio da aula...
Izuku
Izuku
— É urgente.
O tom de voz era o mesmo de sempre — gentil — mas havia uma firmeza ali que Bakugou nunca tinha ouvido antes. Não parecia um pedido. Parecia uma ordem disfarçada.
O professor hesitou, mas acabou permitindo. Izuku guardou as coisas depressa e saiu da sala em passos apressados, sem olhar para ninguém. Bakugou levantou a cabeça, curioso. Pela janela, ele acompanhou o garoto descendo as escadas da escola e indo direto para os portões.
E então lá estava ele de novo.
O carro preto. Esperando.
A porta já estava aberta quando Izuku chegou. Sem trocar uma palavra com ninguém, ele entrou no veículo. A porta se fechou automaticamente, e o carro partiu em silêncio, como um vulto negro deslizando pelas ruas.
O mais inquietante?
Bakugou viu novamente aquela mão enluvada, dessa vez acenando brevemente antes da porta se fechar por completo.
Era como se soubessem que ele estava observando.
Bakugou se recostou na cadeira, inquieto.
Algo estava muito errado.
Izuku Midoriya não era só um aluno novo.
Ele era uma peça de um jogo maior. E Bakugou acabara de se ver no tabuleiro.
Continua...

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