o encontro no corredor escuro

Era o final de uma tarde chuvosa no prestigiado Colégio Saint Raven. As luzes do corredor do terceiro andar piscavam intermitentemente, como se sentissem o clima pesado no ar. Os alunos já tinham ido embora — quase todos.

Melissa caminhava rápido, o som dos saltos ecoando no chão encerado. Carregava um caderno contra o peito, os dedos apertando-o com força. Ela não queria cruzar com ninguém. Principalmente com ele.

Mas o destino, ou talvez o destino cruel, não cooperou.

— Você sempre corre desse jeito quando escuta meus passos? — disse uma voz atrás dela, grave, provocante, carregada de um sarcasmo quase sensual.

Melissa parou. Os ombros tensos. Sabia exatamente quem era.

Virou-se devagar, engolindo seco.

— Gabriel... — sussurrou, sem conseguir esconder o tremor na voz.

Ele estava encostado na parede, o uniforme desleixado, gravata solta, blazer aberto. Um cigarro aceso entre os dedos, que ele apagou sem pressa no extintor ao lado.

— Que surpresa-te ver aqui sozinha. Pensei que “nerds” como você não quebrasse regras — ele caminhou até ela, passo a passo, como um predador estudando a sua presa.

— Eu... esqueci um livro na biblioteca. Não é da sua conta.

— Tudo é da minha conta agora, Mel — disse ele, agora a poucos centímetros dela. — Ou você esqueceu o que aconteceu semana passada?

Ela desviou o olhar, o coração disparado.

— Aquilo... não significou nada.

— Jura? — Gabriel inclinou o rosto, os lábios quase tocando a orelha dela. — Porque você estava implorando por mais.

— Cala a boca — ela empurrou o peito dele, mas ele segurou seu pulso com firmeza, sem machucá-la, mas o bastante para fazê-la prender a respiração.

— Você pode mentir pra si mesma o quanto quiser. Mas o seu corpo... — ele puxou-a um pouco mais perto, olhando nos olhos dela — não sabe mentir.

Melissa sentiu os joelhos fraquejarem. O cheiro dele, a intensidade daquele olhar... era perigoso. E ela sabia disso. Gabriel Black era o tipo de garoto que arruinava vidas. Rico, bonito, com um passado sombrio que todos fingiam não ver. E agora, por algum motivo, ele tinha escolhido ela.

— Me deixa em paz — ela sussurrou, mas não se moveu.

Ele sorriu, lento, vitorioso.

— Você pode até fugir, Alana. Mas no fim... vai ser você quem vai implorar pra eu ficar.

Ele soltou o pulso dela e se afastou, virando-se para sair pelo corredor escuro.

Melissa ficou ali, parada, o coração martelando no peito, o gosto amargo do medo e do desejo na boca.

Melissa se apoiou na parede quando Gabriel desapareceu na escuridão do corredor. O som da chuva do lado de fora era abafado, como se o mundo tivesse parado por alguns segundos. Ela sabia precisar ir embora. Precisava esquecer tudo aquilo. Mas seus pés... não obedeciam.

A sua mente não parava de pensar nele… o que estava a acontecer com ela. Tinha que entender que aquilo não teve nenhum significado ou será que ele está certo.

Porque estava mexida daquele forma e por alguém que as vezes lhe dava arrepios,mas fazia seu coração acelerar como ninguém jamais fez.

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