A mansão Castellazzo Ferrari exalava calor e afeto naquela noite especial. O aroma de comida italiana saía da cozinha e se espalhava pelos corredores, enquanto risos e passos ecoavam pelo hall. Era uma noite de celebração: os 21 anos de casamento de Mateus e Luciana. Uma marca que para muitos era apenas número, mas para eles significava resistência, amor e raízes profundas.
A longa mesa na sala de jantar estava posta com esmero. Luciana havia escolhido flores brancas e azuis para compor os arranjos, e Chiara ajudara nos detalhes finais, animada como sempre. Era uma tradição reunir todos naquele dia — não importava onde estivessem ou o que enfrentassem no mundo lá fora, naquela noite a família se reunia como um só.
Mateus, de terno cinza escuro, sorria ao lado de Luciana, que usava um vestido azul marinho e um colar que ganhara do marido no primeiro aniversário de casamento. Os dois pareciam ainda mais apaixonados do que nas fotos antigas que enfeitavam o aparador da sala.
— Vinte e um anos, Bruxinha... — ele disse, segurando sua mão. — E eu ainda acordo todos os dias agradecendo a sorte de ter você ao meu lado.
— Não é sorte, é escolha — ela respondeu, com um sorriso sereno. — Todos os dias, eu escolho você. E escolheria mil vezes.
Os convidados brindaram, emocionados, e os filhos do casal levantaram-se para homenageá-los. Carla, a primogênita, agora com 28 anos, foi a primeira a falar. Grávida de seis meses, com Alexandre ao seu lado e a pequena Luana, de sete anos, nos braços da avó, ela emocionou a todos.
— Crescer vendo vocês dois juntos me ensinou o que é amor de verdade. Amor com paciência, com entrega, com fé. Espero conseguir dar isso ao Alan, que já está aqui dentro de mim aprendendo com vocês.
Daniela, Daiana e Domenico, os trigêmeos de 21 anos, fizeram questão de falar juntos, como sempre faziam quando crianças.
— A gente cresceu vendo vocês dançarem na cozinha — disse Daniela.
— Brigarem por causa do controle remoto e depois fazerem as pazes no sofá — completou Daiana.
— E nunca, nunca, deixarem de se amar — finalizou Domenico.
Luiza e Ricardo chegaram com o pequeno Lucca, agora com quatro anos, correndo pela casa com um dinossauro na mão. Ele pulou direto no colo de Mateus, que o girou no ar entre risos.
— Vovô, olha! T-Rex bravo!
— Mais bravo que o vovô quando perde no dominó — brincou Domenico, arrancando gargalhadas.
Foi então que Enrico entrou com Maria Eduarda. Ao lado dele, seu filho mais velho, Felipe, de 21 anos, caminhava com postura séria, mas um brilho de afeto no olhar. Tinha os traços marcantes do pai e o sorriso calmo da avó. As gêmeas de oito anos, que corriam atrás de Lucca, carregavam nomes fortes e doces: Alissa e Bianca, de apenas sete anos, sempre grudadas uma na outra, de mãos dadas como se fossem uma só.
— Eita, agora sim a bagunça chegou — disse Carla, rindo.
— Onde tem criança, tem alegria — comentou Isabela, a matriarca, sentada com Fabrício ao lado, observando a cena com olhos marejados.
— E também um pouco de caos — completou Lorenzo, chegando com Guiullianna e os gêmeos Marcelo e Théo, de oito anos, que logo se misturaram aos primos na algazarra infantil.
A mesa se encheu de comida, vinho e histórias. Brindes foram feitos, abraços apertados trocados. Luiza, sempre discreto, se aproximou dos tios e entregou a Luciana um presente especial: um porta-retratos com uma colagem de fotos da família ao longo dos anos.
— Vocês são a base de tudo. Essa família só existe porque vocês acreditaram um no outro — disse ela, com a voz firme, mas emocionada.
Arthur observava tudo com atenção. Como chefe da LME, raramente tinha noites tranquilas como aquela, e fazia questão de aproveitar cada segundo. Estava com o semblante sereno, mas no fundo havia a sombra de um irmão ausente: Luiggi. Ele ainda sentia a falta do caçula, que escolhera outro caminho. No entanto, em seu íntimo, guardava a esperança de que um dia ele voltasse a ocupar o lugar vazio naquela mesa.
Mais tarde, após o jantar, Luciana se levantou com sua taça de espumante e olhou em volta.
— Eu não queria um discurso longo, mas também não consigo deixar essa noite passar em branco. Hoje, ao ver cada um de vocês aqui, eu entendo que valeu a pena cada obstáculo, cada renúncia, cada lágrima. Vocês são o reflexo do nosso amor. — Ela olhou para Mateus. — E você, meu amor, é minha vida inteira.
— Você é o meu lar, Bruxinha. Sempre foi — respondeu ele, puxando-a para um beijo demorado.
Os aplausos e os sorrisos completaram a cena. Era impossível não se emocionar diante de tanto amor.
Naquele instante, Arthur olhou ao redor, sentindo-se completo. Não porque tudo estava perfeito, mas porque ali estava o que realmente importava: família, união, afeto. E ele protegeria aquilo com todas as forças.
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Atualizado até capítulo 111
Comments
Marli Batista
Que capítulo maravilhoso vc arrasou família maravilhosa ♥️❤️♥️❤️♥️
2025-04-13
2
Eliana Gomes
oxe ele não estava no Rio de Janeiro?
2025-05-03
0
Regilene Avelino
maravilhosa mesmo mas o Luigi poderia de chegado de surpresa na festa dos pais
2025-04-14
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