Gustavo Miller ✒️🍷
— Eu não me importo com o que for preciso, eu quero que a encontrem, porra! — quase gritei de raiva. Toda essa situação já estava me estressando.
— Sim, senhor... Faremos de tudo para encontrá-la e também vamos investigar a vida dela — respondeu meu assistente.
Passei a mão pelos cabelos, soltando um suspiro de frustração. — Tá bem, merda... Só façam isso de uma vez. Não bastou termos perdido um monte de armas por culpa dela, ainda me dá uma ajoelhada na porra do meu pau! Essa vadia...—
Peguei a taça de vinho à minha frente e dei um gole. Eu precisava encontrar essa garota. Mas, na verdade, não era para matá-la. Havia algo nos olhos dela... Um fogo. Algo que eu não via há muito tempo. E eu queria vê-lo de novo.
Levantei o olhar e vi que o meu assistente ainda estava parado ali, me encarando.
— O que você ainda está fazendo aqui, porra? Não mandei investigar sobre a Layla? Vai logo! — Agora gritei, furioso. Esses funcionários incompetentes só me dão dor de cabeça.
Recostei-me na cadeira do escritório e fechei os olhos por um instante. Eu precisava de algo para aliviar esse estresse.
Uma noite de sexo, talvez...? Bom, não parecia uma má ideia. Peguei meu celular que estava no bolso e procurei por um contato em específico, mas antes de sequer chegar a entrar no contato alguém bateu na minha porta. Droga...
— Entre! — Exclamei só pra ver o meu pai entrar na porta, agora fudeu mesmo.
O velho entrou com passos firmes, sua presença carregada de autoridade. Ele não precisou dizer nada para que eu soubesse que estava puto. Fechei o celular rapidamente e endireitei a postura na cadeira.
— Posso saber por que diabos estou ouvindo que você perdeu um carregamento inteiro? — sua voz era baixa, mas carregava um peso que fazia até mesmo meus melhores homens estremecerem.
Trinquei o maxilar. Ótimo. Lá vem o sermão.
— Foi um contratempo — respondi, tentando manter a compostura.
Ele riu. Riu.
— Um contratempo? Você chama perder milhões em armas de "contratempo"?
Pisquei devagar, segurando a irritação. — Estou resolvendo isso. Vou encontrar a garota. —
Ele se inclinou sobre a mesa, apoiando as duas mãos no tampo de madeira escura, me encarando como um predador prestes a atacar.
— Você não precisa encontrá-la. Precisa eliminá-la.
Engoli em seco. Eu sabia que ele diria isso, mas ouvir aquelas palavras me incomodou de um jeito que eu não queria admitir.
— Já mandei investigar a vida dela. Assim que soubermos onde ela está, eu... resolvo isso. — ele estudou-me por um instante, os olhos apertados como se tentasse ler cada pedaço da minha alma. E talvez estivesse.
— Não banque o sentimental, Gustavo. Sentimento é fraqueza. E fraqueza não tem lugar na nossa família.
Sentimento? Que porra ele tava falando?
Antes que eu pudesse responder, ele afastou-se e ajeitou o terno.
— Você tem três dias. Se não resolver, eu mesmo cuido disso. — então ele saiu, deixando um silêncio pesado no escritório.
Peguei a taça de vinho e terminei o que restava em um gole só. Três dias. Eu precisava encontrá-la antes dele. Mas a questão era: se eu a encontrasse primeiro...
Eu teria coragem de puxar o gatilho?
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Atualizado até capítulo 86
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